LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS

 

 

4º Trimestre de 2016

 

Título: O Deus de toda provisão — Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises

Comentarista: Elienai Cabral

 

 

Lição 7: José: fé em meio às injustiças

Data: 13 de Novembro de 2016

 

 

TEXTO ÁUREO

 

E o SENHOR estava com José, e foi varão próspero [...](Gn 39.2).

 

VERDADE PRÁTICA

 

No enfrentamento de uma crise, a sabedoria divina é indispensável.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda — Gn 37.3,4

Uma túnica colorida e a crise de inveja

 

 

Terça — Gn 37.6-8

Um sonho e o início de várias crises

 

 

Quarta — Gn 37.22

Um plano perverso e a crise da cova

 

 

Quinta — Gn 37.28

Da crise da cova para a crise da escravidão

 

 

Sexta — Gn 39.20

Da crise da escravidão para a crise do cárcere

 

 

Sábado — Gn 39.21

A bênção de Deus e a sua benignidade em tempos de crise

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Gênesis 37.1-11.

 

1 — E Jacó habitou na terra das peregrinações de seu pai, na terra de Canaã.

2 — Estas são as gerações de Jacó: Sendo José de dezessete anos, apascentava as ovelhas com seus irmãos; e estava este jovem com os filhos de Bila e com os filhos de Zilpa, mulheres de seu pai; e José trazia uma má fama deles a seu pai.

3 — E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores.

4 — Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos os seus irmãos, aborreceram-no e não podiam falar com ele pacificamente.

5 — Sonhou também José um sonho, que contou a seus irmãos; por isso, o aborreciam ainda mais.

6 — E disse-lhes: Ouvi, peço-vos, este sonho, que tenho sonhado:

7 — Eis que estávamos atando molhos no meio do campo, e eis que o meu molho se levantava e também ficava em pé; e eis que os vossos molhos o rodeavam e se inclinavam ao meu molho.

8 — Então, lhe disseram seus irmãos: Tu, pois, deveras reinarás sobre nós? Tu deveras terás domínio sobre nós? Por isso, tanto mais o aborreciam por seus sonhos e por suas palavras.

9 — E sonhou ainda outro sonho, e o contou a seus irmãos, e disse: Eis que ainda sonhei um sonho; e eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam a mim.

10 — E, contando-o a seu pai e a seus irmãos, repreendeu-o seu pai e disse-lhe: Que sonho é este que sonhaste? Porventura viremos eu, e tua mãe, e teus irmãos a inclinar-nos perante ti em terra?

11 — Seus irmãos, pois, o invejavam; seu pai, porém, guardava este negócio no seu coração.

 

HINOS SUGERIDOS

 

46, 186 e 609 da Harpa Cristã.

 

OBJETIVO GERAL

 

Ressaltar que Deus deu a José sabedoria para gerenciar a crise da fome no Egito.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 

 

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

 

  • I. Apontar os sonhos de José e as crises que ele teve que enfrentar;
  • II. Ressaltar a crise da cova e da escravidão na vida de José;
  • III. Enfatizar a sabedoria de José para administrar as crises.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

 

José era o filho amado do patriarca Jacó. Deus tinha um plano na vida dele e esse projeto lhe foi revelado, pelo Senhor, por intermédio de alguns sonhos. É importante ressaltar que não eram os sonhos do jovem José, mas sim os planos de Deus para ele e sua família. Mas, José partilhou aquilo que era para ele com seus irmãos e seu pai no momento errado. Os irmãos de José eram invejosos e não aceitaram os seus sonhos. Com certeza, eles perceberam que Deus iria colocar José em uma posição de destaque na família. José tinha promessas de Deus para sua vida, mas isso não o livrou das crises. As crises não endureceram o coração de José, nem o afastaram de Deus. Elas contribuíram para moldar o caráter do jovem e prepará-lo para o palácio de Faraó. Se você está enfrentando algumas crises, assim como José, não desanime. Não permita que a amargura e o sofrimento o afaste de Deus. Quem sabe o Senhor não esteja forjando o seu caráter e o preparando para algo especial?

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

A história de José é uma das mais belas registradas nas Escrituras Sagradas. É uma história que mostra o amor de um pai, a rejeição e a inveja dos irmãos e a beleza dos sonhos de um jovem. São 13 capítulos que revelam os desígnios de Deus na história de Israel. Nesta lição, estudaremos a respeito das crises enfrentadas por José e a sua atitude diante de cada uma delas. Veremos que José nos deixou preciosas lições que nos ensinam como nos conduzir nas mais difíceis situações. As adversidades na vida de José contribuíram para que as promessas feitas a Abraão se cumprissem fielmente (Gn 13).

 

 

PONTO CENTRAL

 

Deus concedeu a José sabedoria para administrar crises.

 

 

I. DOIS SONHOS E MUITAS CRISES

 

1. A família de José. Jacó era o pai de José, e sua família era constituída pelos filhos de Lia e os dois filhos de Raquel, José e Benjamim (Gn 30.22-24; 35.16-18). Levemos também em conta os filhos das servas Zilpa e Bila. Jacó amava José e lhe presenteou com uma túnica colorida. Essa túnica de várias cores revelava uma posição de favoritismo (Gn 37.3). O favoritismo de Jacó por José gerou algumas crises na família. Uma família dividida não pode resistir às crises. Por isso, ame os seus filhos de modo altruísta, e igualitário, evitando qualquer tipo de preferência.

2. A inveja dos irmãos de José. O que fez com que os irmãos de José fossem tomados pela inveja e o ódio? Existem duas razões principais. A primeira está no fato de José denunciar ao pai as más ações cometidas por seus irmãos. Certamente os irmãos viam José como um traidor. A segunda razão estava no fato de José ser um sonhador. Em seus dois sonhos, José aparecia em uma posição de honra. É importante ressaltar que, embora a família de Jacó estivesse enfrentando a crise do favoritismo, do ódio, da inveja e da falsidade, ela era parte dos desígnios de Deus para a formação de um grande povo. Deus não pensa como nós e não julga segundo os critérios humanos. Sua justiça e seus desígnios são perfeitos, embora sejamos injustos e imperfeitos.

3. Os sonhos de José (Gn 37.7,9). Certa noite, Deus deu a José um sonho, e moço precipitadamente contou seu sonho a seus irmãos. Nem sempre podemos partilhar todos os nossos sonhos. Alguns devem ser guardados no coração até que se cumpram integralmente. José tornou a sonhar e, mais uma vez, relatou o sonho aos irmãos e ao pai. Os sonhos de José foram dados pelo Senhor, e um dia se cumpriram fidedignamente. Se Deus tem dado a você um sonho, guarde-o em seu coração e aguarde, pois no tempo do Senhor se cumprirá.

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (I)

 

José revelou seus dois sonhos a sua família e logo teve que enfrentar algumas crises.

 

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO

 

Professor, inicie o tópico fazendo a seguinte indagação: “Quem sabe os nomes de todos os filhos de Jacó?”. Incentive a participação de todos e ouça as respostas com atenção. Em seguida reproduza o esquema abaixo no quadro. Mostre aos alunos a família de Jacó e ressalte que as promessas que Deus fez a Abraão foram passadas a Jacó e seus descendentes, por isso, Deus usou José para preservar sua família da fome e da morte. Da semente de Abraão nasceria aquEle que abençoaria todas as famílias da Terra, Jesus Cristo.

 

 

CONHEÇA MAIS

 

 

FOME NO EGITO

“Registros egípcios contam que a fome, causada pelas estiagens nas cabeceiras do Nilo, durou muitos anos. A agricultura egípcia dependia das enchentes anuais ao longo do rio, que depositavam terra nova fértil tornando a irrigação possível. Também nesse aspecto a autenticidade do relato bíblico tem total sustentação histórica”. Para conhecer mais leia, Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p.46.

 

 

II. A CRISE DA COVA E DA ESCRAVIDÃO

 

1. José é vendido como escravo (Gn 37.27,28). Certo dia, os irmãos de José levaram os rebanhos até Siquém. José foi até lá para ver se tudo estava bem. Mas chegando ali, descobriu que seus irmãos tinham ido a Dotã. Quando os irmãos de José viram que ele vinha se aproximando, decidiram matá-lo. O plano era matar José e, depois, dizer ao pai que um animal selvagem o havia matado. Os irmãos de José tinham uma mente perversa, maligna. Mas Rúben não aceitou tal ideia e aconselhou aos irmãos a jogar José em uma cova. Rúben planejava resgatar o irmão. Porém, Judá também teve uma ideia: “Vendê-lo como escravo”. Assim, os irmãos tiraram José da cova e o venderam como escravo aos mercadores por vinte moedas de prata. Os irmãos de José tomaram sua túnica e a mancharam com o sangue de um animal. O objetivo era enganar a Jacó. Eles fizeram seu pai chorar e sofrer muito. O ciúme e a inveja sempre produzem tristeza e dor na família.

2. José na casa de Potifar. José foi comprado pelos mercadores e levado ao Egito. Chegando ali os mercadores o venderam a Potifar, um dos oficiais de Faraó. No entanto, Deus estava com José na cova e também no Egito. O Senhor não nos abandona diante das situações adversas. José alcançou graça e favor aos olhos de Potifar e este o colocou sobre tudo que possuía.

3. José prosperou na casa de Potifar. José foi elevado à função de mordomo, gerindo todos os negócios da casa de Potifar, que prosperou grandemente, pois Deus era com o jovem. Ele poderia ter deixado que a mágoa e a tristeza lhe dominassem o coração, mas manteve-se puro. José é um exemplo de superação em meio às crises, pois não permitiu que a sua fé em Deus fosse abalada diante das circunstâncias adversas.

Deus estava com José, mas a crise mais uma vez o alcança. A mulher de Potifar, que não tinha escrúpulos nem decência, procurou seduzi-lo. Mas ele era fiel a Deus e ao seu patrão. Por isso, rejeitou a proposta da mulher que, com raiva, armou-lhe uma cilada, acusando-o de sedução (Gn 39.14-18). Potifar ouviu a acusação mentirosa de sua esposa contra José e o mandou para a prisão, onde estavam os oficiais de Faraó. José venceu a tentação, mas foi para a prisão.

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (II)

 

José teve que enfrentar a crise da cova e da escravidão, mas Deus estava com ele.

 

 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

 

“O silêncio de José, a fome e a mulher de Potifar

Muitos tomam José como um tipo de Cristo: uma pessoa inocente que sofreu por causa da maldade dos outros e, através do qual, o povo escolhido foi liberto da morte certa. O silêncio de José enquanto seus irmãos deliberavam seu destino (Gn 37.12-35) prefigura o silêncio de Cristo perante os juízes (cf. Is 53.7; 1Pe 2.23).

O contraste entre Judá e José é forte (Gn 39.15,16). Ambos foram tentados sexualmente. Judá procurou o sexo ilícito, enquanto José recusou repetidos apelos da mulher de seu Senhor. José lembra-nos que nunca podemos dizer que o sexo nos levou a pecar. A escolha é nossa, agir como Judá ou como José” (RICHARDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, pp.45,46).

 

 

III. SABEDORIA PARA ADMINISTRAR A CRISE

 

1. José é abençoado por Deus na prisão (Gn 39.21-23). José foi injustamente lançado na prisão, porém Deus estava com ele e o ajudaria mais uma vez. Havia um propósito maior para a sua vida. Esse propósito já havia sido revelado em seus sonhos. Ele sabia que, de algum modo, Deus cuidaria da sua vida na prisão. Ali, José alcançou graça aos olhos do carcereiro. A mão de Deus estava estendida para abençoá-lo. Por isso, por onde ele passava era bem-sucedido.

2. José e os dois oficiais de Faraó. José foi sustentado na prisão pela benignidade de Deus. Ali, ele encontrou dois presos que serviram a Faraó, um copeiro-mor e um padeiro-mor. Certo dia, ambos tiveram um sonho. Eles contaram a José o que haviam sonhado, e este interpretou o sonho deles. Ao copeiro-mor José disse que dentro de três dias ele seria chamado para servir a Faraó novamente. Ao padeiro-mor, disse que, dentro de três dias, seria executado. Tudo aconteceu do jeito que José havia dito.

3. Da prisão ao palácio de Faraó (Gn 41.1-8). Faraó também teve dois sonhos que o perturbaram muito. Os egípcios acreditavam que os sonhos eram presságios de situações boas ou ruins e o rei não conseguiu compreender o significado dos seus sonhos. Por isso, convocou seus magos e astrólogos para que os interpretassem, mas nenhum deles conseguiu convencê-lo com suas interpretações (Gn 41.8). Então, o copeiro-mor lembrou-se de José e falou a Faraó a respeito do que havia acontecido com ele e com o padeiro-mor. Faraó ordenou que trouxessem José à sua presença. Quando ele chegou perante o rei, com humildade e temor a Deus, ouviu os sonhos e disse que estes se resumiam em um. O Egito passaria por um período de sete anos de grande fartura e depois um período de sete anos de escassez. Então, José orientou Faraó para que encontre um homem sábio a fim de encarregá-lo de ajuntar alimento para os tempos de crise. Assim o rei teria alimento para enfrentar o tempo de crise. Faraó, impressionado com a sabedoria de José, viu que ele seria o homem certo para gerenciar os tempos de fartura e de crise, e nomeou José governador do Egito.

Aprendemos com José que o sofrimento pode moldar nosso caráter e levar-nos a ser bem-sucedidos em todas as áreas de nossas vidas. Os sofrimentos nos ensinam a lidar com circunstâncias adversas. Cada episódio na vida de José fazia parte dos desígnios de Deus.

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (III)

 

Deus é a fonte de toda sabedoria. Ele nos concede sabedoria para administrar as crises.

 

 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

 

“Para simbolizar o novo ofício de José, Faraó lhe deu o anel que usava, no qual estava estampado o selo de autoridade, vestiu-o de vestes de linho fino, e pôs um colar de ouro no seu pescoço. Deu-lhe um carro, no qual desfilou publicamente com a proclamação de que ele deveria ser honrado pela população. Em seguida, mudou-lhe o nome para Zafenate-Paneia, que quer dizer ‘abundância de vida ou o deus fala e vive’. Por fim, José se casou com uma moça de família de alta posição da cidade sacerdotal de Om. José foi lançado em estreito contato com o paganismo do Egito, mas não foi vencido por ele.

[...] Quando se tornou o segundo governante mais poderoso em posição no Egito. Ele sabia exatamente o que fazer. Durante anos de colheitas abundantes, juntou todas as colheitas que iam além das necessidades imediatas do povo e as armazenou em numerosas cidades do Egito. Durante esse tempo, nasceram-lhe dois filhos. O primeiro foi chamado Manassés, ‘que esquece’, como testemunho de que Deus havia apagado dos pensamentos tristes e íntimos de José os anos de trabalho e de toda a casa de seu pai. O segundo filho foi chamado Efraim, ‘dupla fertilidade’, como testemunho das providências misericordiosas de Deus na terra da sua aflição.

Quando chegaram os sete anos de fome, o Egito estava preparado com uma grande provisão de alimentos armazenada para a emergência. Mas a seca cruzou as fronteiras do Egito e atingiu a Palestina e outros países vizinhos. Dentro do próprio Egito, logo as pessoas sentiram fome e pediram comida. Sem demora, José as abasteceu de provisões segundo um plano já em execução. As pessoas tiveram a permissão de comprar os grãos armazenados e, assim, tiveram o suficiente para comer. Habitantes de outros países ficaram sabendo da provisão que havia no Egito e foram comprar alimentos” (Comentário Bíblico Beacon. 1ª Edição. Volume 1. RJ: CPAD, 2005, pp.114,115).

 

 

CONCLUSÃO

 

Todas as dificuldades pelas quais passamos, quando estamos no plano divino, são para nos ensinar. Deus preparou o espírito de José para as crises que enfrentaria e para que pudesse desfrutar de uma posição privilegiada no Egito. José não se esqueceu de que Deus estava com ele, não só nas humilhações, mas também quando exaltado diante dos homens.

 

PARA REFLETIR

 

A respeito de José, fé em meio às injustiças, responda:

 

Quem era o pai de José?

Jacó, neto de Abraão.

 

Qual o presente que Jacó deu a José e que demonstrava seu favoritismo?

Uma capa colorida.

 

O que fez com que os irmãos de José fossem tomados pela inveja?

A revelação dos sonhos de José.

 

Quanto os ismaelitas pagaram por José?

O venderam por vinte moedas de prata.

 

Faraó nomeou José para que cargo?

Para governador do Egito, o segundo cargo mais importante depois de Faraó.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

José: Fé em Meio às Injustiças

 

José era o décimo primeiro filho de Jacó, e primeiro filho da mulher a qual seu pai mais amava: Raquel. Conhecendo o contexto da família em que José nasceu não é difícil compreender o porquê de o futuro maioral do Egito enfrentar tantas crises familiares. Além das crises internacionais, quando José era o maioral do Egito, ou antes, de chegar a ser uma autoridade respeitada na terra do rio Nilo, a crise doméstica do filho amado por Jacó revelava muito do seu caráter. Com José aprendemos que antes de Deus nos levar a enfrentar crises complexas, Ele nos instrui com as pequenas lutas familiares. No seio da família somos forjados para a luta e o encontro com a vida.

A irmã de Raquel, Leia, já havia dado seis filhos e uma filha para Jacó. A relação entre Raquel e Leia era muito difícil, pois enquanto a irmã mais velha havia dado sete filhos a Jacó, Raquel era estéril e, consequentemente, não havia dado nenhum filho para seu amado marido. Não dar à luz na época dos patriarcas era motivo de vergonha e de humilhação. Certamente, a partir de cada encontro entre Raquel e Leia a dor de não ser mãe desaguava na mente e coração da amada de Jacó. Embora o tempo seja outro, qualquer mulher sente a dor incomensurável de quando deseja ser mãe e não consegue. A dor de Raquel é a dor de muitas mulheres do século XXI!

O contexto de desentendimento e de dor entre Leia e Raquel alimentou o ódio dos filhos de Leia para com José, o filho de Raquel. O ódio regado dentro da própria casa quase foi finalizado com uma tragédia. Esta, porém, foi impedida pelo primogênito de Jacó, Rúben. Entretanto, a sua atitude de poupar José não foi suficiente para impedir seus irmãos de vendê-lo para uma caravana de compradores de escravos.

A marca da trajetória do filho amado de Jacó é que mesmo em meio a tanto desprezo e desconsideração, José não permitiu que o seu coração fosse devorado pelo ódio. Humanamente, seria justo José devolver na mesma moeda quando teve a primeira oportunidade de fazê-lo. Mas não o fez. Preferiu compreender que tudo o que ocorreu era o Deus de seus pais preparando o caminho para conservar a sua família num contexto de fome e miséria mundial.

A vida de José nos ensina que devemos guardar o nosso coração do ódio, da vingança e da ação maligna. Saber gerenciar as crises com o olhar e a sabedoria de Jesus é o nosso grande desafio hoje. Sob os cuidados e a orientação do mestre divino isso é possível!