LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

JOVENS

 

 

4º Trimestre de 2016

 

Título: Em Espírito e em verdade — A essência da adoração cristã

Comentarista: Thiago Brazil

 

 

Lição 13: A Igreja louvará eternamente ao Senhor

Data: 25 de Dezembro de 2016

 

 

TEXTO DO DIA

 

Cada dia te bendirei e louvarei o teu nome pelos séculos dos séculos(Sl 145.2).

 

SÍNTESE

 

Se tudo tem uma razão de ser, somente o Criador poderia dar sentido a cada detalhe do universo. Alegre-se, você é a realização do mais lindo projeto de Deus. Por isso, você nasceu para adorar.

 

AGENDA DE LEITURA

 

SEGUNDA — Sl 30.12

O desejo do salmista

 

 

TERÇA — Sl 111.10

O louvor a Deus é o que permanece para sempre

 

 

QUARTA — Ap 7.12

O cântico dos anjos

 

 

QUINTA — Fp 4.20

O único digno de todo louvor

 

 

SEXTA — Jd 25

Um cântico da Igreja Primitiva

 

 

SÁBADO — Sl 79.13

O povo de Deus o louvará para sempre

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • DEMONSTRAR que a adoração é um privilégio da humanidade.
  • REFLETIR a respeito do privilégio de louvar a Deus eternamente.
  • RESSALTAR a verdade de que nascemos para uma vida de adoração.

 

INTERAÇÃO

 

Caro(a) educador(a), como diz o pregador, “melhor é o fim das coisas do que o princípio delas[...]” (Ec 7.8). Sinceramente espero que sua jornada de estudo e ensino tenha sido uma experiência tão gratificante quanto foi desenvolver esta lição bíblica. Torço para que seu ministério seja mais e mais abençoado. São poucas as pessoas que se dedicam ao ensino da Palavra, muito menos aquelas que se especializam em comunicar as verdades profundas do Evangelho na linguagem dos jovens. Se ninguém jamais reconheceu sua chamada, vocação e dedicação, como um mensageiro de Deus, para sua vida desejo declarar: seu trabalho não é inútil, pois é feito para o Senhor!

Aproveite esse final de trimestre para, em particular, fazer uma análise sobre o desenvolvimento das aulas e crescimento de seus alunos. Coletivamente, celebre, louve a Deus, confraternize-se com sua classe, afinal de contas você e eles merecem. PARABÉNS!!!

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

 

Você vai precisar de uma caixa com objetos variados, papel e lápis. Entregue as folhas e lápis aos alunos. Em seguida informe-os que a medida que você for retirando os objetos de dentro da caixa eles terão 30 segundos para escrever qual a finalidade deles. Use a quantidade de objetos que quiser, quanto mais diferentes forem as finalidades dos mesmos melhor. Depois de apresentar os objetos que você selecionou, faça suspense para a última pergunta que você fará, e então os indague: "Você, enquanto pessoa, nasceu para quê?" Seus alunos terão mais dificuldade para responder essa pergunta, lembre-os dos 30 segundos. Concluindo solicite a participação de alguns educandos, especialmente para falarem a respeito de suas respostas a última pergunta. Finalize esse momento afirmando enfaticamente para cada aluno que eles nasceram para adorar ao Pai celeste.

 

TEXTO BÍBLICO

 

Apocalipse 4.6-9.

 

6 — E havia diante do trono um como mar de vidro, semelhante ao cristal, e, no meio do trono e ao redor do trono, quatro animais cheios de olhos por diante e por detrás.

7 — E o primeiro animal era semelhante a um leão; e o segundo animal, semelhante a um bezerro; e tinha o terceiro animal o rosto como de homem; e o quarto animal era semelhante a uma águia voando.

8 — E os quatro animais tinham, cada um, respectivamente, seis asas e, ao redor e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e que há de vir.

9 — E, quando os animais davam glória, e honra, e ações de graças ao que estava assentado sobre o trono, ao que vive para todo o sempre.

 

COMENTÁRIO DA LIÇÃO

 

INTRODUÇÃO

 

É a respeito da vida eterna, e o que faremos no céu diante do trono de Deus, que falaremos nesta última lição do trimestre. Fomos criados para a adoração, salvos para o louvor, e seremos glorificados para eternamente venerar o Criador.

 

I. O FIM DO COMEÇO

 

1. Deus requer adoração de seus filhos. Depois de termos estudado todo um trimestre a respeito da relação entre Deus e a adoração que a Ele oferecemos, devemos ter bastante claro que adoração não é uma necessidade do Senhor, mas um privilégio de toda a criação. Lembremo-nos de que o Criador não tem carência alguma (Rm 11.35,36). O Deus do cristianismo não é como as divindades do panteão grego. Segundo a mitologia grega Zeus, Apolo, Baco, Atenas, etc., eram imortais — não eternos —, e precisavam das orações dos humanos para manter a sua vitalidade. Nosso Deus, ao contrário, é Criador, livre e independente. A adoração do universo a Ele é pura gratidão (Sl 69.34).

2. Tudo que tem fôlego, louve ao Senhor. A finalidade de toda criação é louvar ao Senhor (Sl 19.1). Se a simples existência de algo ou alguém no universo, ou alguma de suas ações, não exaltam ao nome do Criador, este ser, ou suas ações, estão fora do propósito eterno criado por Deus para eles (Is 45.9-12). A redenção oferecida por Jesus tem como finalidade religar todas as conexões que um dia foram quebradas, mas que clamam por restauração. A criação, desta forma, deve ser vista como um ato soberano e gracioso de Deus. O louvor e a adoração por nós oferecidos ao Senhor dota de sentido nossa existência, diante do caos cósmico originado pela Queda.

3. Os efeitos da Queda sobre a totalidade das coisas. Como bem sabemos, não foi apenas a humanidade que herdou consequências tristes depois da Queda (Gn 3.16,17,19). Também a natureza sofreu uma série de revezes que tinham como principal objetivo atingir a relação daquela com o Criador (Gn 3.18). O projeto satânico era impedir que cada ser do universo, especialmente a humanidade, se tornasse pleno por meio da adoração. Já que o Inimigo havia caído de seu estado originário e negado-se a reconhecer ao Senhor como único merecedor de louvor e adoração, este também desejava conduzir o homem e o restante da natureza ao mesmo estado sombrio, solitário e decadente (Gn 3.7; 1Tm 1.17). Foi por isso que ainda no início de tudo, Deus anunciou qual seria o fim (Gn 3.15). Deste ponto em diante da história, iniciou-se uma contagem regressiva de dois momentos: o primeiro, registrando no tempo o sacrifício de restauração de todas as coisas; e o segundo momento, ainda em contagem, marcando o reencontro de todas as coisas com o Criador para, eternamente assim permanecer.

 

 

II. O COMEÇO DO FIM

 

1. Nosso encontro com o Senhor. A imagem predileta que a Bíblia utiliza para falar do futuro encontro do povo de Deus com seu Criador/Salvador é de um momento extremamente feliz: um casamento (Mt 25; Ap 19.7,9). Na cultura do Oriente Antigo esta é uma das celebrações de maior importância social, efusivamente comemorada tanto pelos noivos como pela comunidade convidada. Não pode ser um tempo de tristeza, antes é de completa alegria. Se nossa separação originária foi trágica, mais especificamente, uma expulsão (Gn 3.22-24), nossa reconciliação plena será prazenteira (Is 62.5). A concepção de um tempo de exclusiva celebração deve ser algo para nos alegrar de modo extraordinário. As promessas bíblicas falam sobre o fim de todo tipo de sofrimento (Ap 21.3,4,23-27). Não será um tempo de desocupação, e sim, um ativo período de adoração e contínuo conhecimento do Senhor.

2. O que faremos no céu. Lembremo-nos de que no céu não seremos anjos, continuaremos sendo nós mesmos com corpos glorificados (1Co 15.54). Os santos anjos são mensageiros que adoram a Deus com sua obediência e serviço aos que creem em Jesus. Há até os serafins, que dizem “Santo, Santo, Santo, é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória” (Is 6.3). As descrições que o livro do Apocalipse traz, ainda que em grande parte alegóricas, servem para ilustrar que existe uma arquitetura celeste, uma nova Jerusalém que possui áreas diferentes, cada uma destas com propósitos e componentes específicos. Em resumo, a vida no céu não será monótona e cheia de repetições.

3. A perfeita adoração. É Paulo quem nos assegura que o melhor que apresentamos para Deus hoje ainda está longe de ser tudo o que viveremos enquanto adoradores (1Co 13.9-12). Creia, então, que todas as maravilhosas experiências com Deus, seus mais íntimos momentos de comunhão, são apenas vislumbres, percepções indiretas, da grande verdade que encontraremos no céu. Se hoje, em sua vivência cristã, já há alegria e contentamento por tudo aquilo que Cristo concedeu a você, tente imaginar como será a vida eterna com o Rei do universo (Is 62.8-12; Mt 19.28-30).

 

 

III. UMA ETERNIDADE INTEIRA SÓ PARA ADORAR

 

1. Qual o sentido da vida? Essa talvez seja uma das grandes perguntas que vez por outra, nos interpela. De um modo geral as pessoas buscam respostas em várias fontes: dinheiro, relacionamentos, poder. Para nós, a resposta para essa pergunta deve ser simples: Nascemos para adorar (Jr 17.14). Tudo em nossa vida, literalmente, passará; nossa comunhão com Cristo permanecerá para todo sempre. É possível sofrermos decepções em várias áreas de nossas vidas. Jesus, todavia, sempre nos receberá de braços abertos (Is 40.11). Talvez não sejamos bons em muitas coisas que desejamos ser, entretanto, adorar é algo que fazemos naturalmente, por um impulso originário semeado por Deus em nosso ser. Quanto mais próximo de Deus ficamos, mais evidente torna-se quem o Pai é, e quem somos nós (Tg 4.8).

2. Diga não ao efêmero, a eternidade aguarda-te. Nós devemos deixar-nos afetar muito mais pelo futuro do que pelo passado (Fp 3.13,14). O horizonte de uma vida celeste deve influenciar-nos a tomar decisões corretas e dignas de alguém que passará a eternidade diante de Deus (2Ts 1.5-12). Diante da certeza do céu, e de uma vida eternamente adorando, diga não, cotidianamente, a tudo o que possa afastar você de sua comunhão com o Senhor. Não permita que pequenas coisas, prazeres fugazes, instantes de ilusão, roubem as certezas imperecíveis que Jesus garantiu por seu ato de amor na cruz. Como a Bíblia declara: não sejamos profanos como Esaú (Hb 12.16); maldosos como Caim (1Jo 3.12); avarentos como Ananias e Safira. E sim, excelentes como Daniel (Dn 5.12); cheios do Espírito como José (Gn 41.38); dedicados como Paulo (2Co 11.26).

3. Ser, adorar e amar. A restauração que Deus tem a fazer em todo o universo, reestabelecerá todas as coisas ao seu devido lugar. Por isso, esperemos com grande expectativa o cumprimento das promessas de Cristo, sabendo que o advento integral do Reino de Deus também nos atingirá de forma especial. Nossa interioridade, que hoje passa por aflições, crises, medos e receios, será eternamente sarada (Ef 3.16). Nossas dores, serão finalmente aniquiladas, e tendo nosso homem interior renovado a semelhança de Cristo, poderemos adorar a Deus como nunca fizemos antes, para experimentarmos assim todo o amor que o Pai, desde a fundação do mundo, tem reservado para seus filhos amados (1Pe 1.19-23). Lancemos fora todo medo, não fomos feitos para a condenação ou para o inferno, por isso, aproximemo-nos com confiança daquele que nos fez para sermos plenos adoradores de seu Filho Amado (2Pe 1.17).

Quanto mais próximo de Deus ficamos, mais evidente torna-se quem o Pai é, e quem somos nós.

 

 

CONCLUSÃO

 

Vivemos para adorar ao Pai, tendo sido libertos do domínio do pecado por Jesus e seu sacrifício salvífico, e por meio do Espírito Santo que nos ensina cotidianamente a como apresentar o melhor de nós para Deus.

 

ESTANTE DO PROFESSOR

 

Manual da Bíblia de Aplicação Pessoal. 1ª Edição. RJ: CPAD.

 

HORA DA REVISÃO

 

1. Deus precisa de nossa adoração? Justifique sua resposta.

Não, adoração é um privilégio que Deus concede aos seres criados, nunca uma necessidade sua.

 

2. Qual era o plano eterno de Deus ao criar todas as coisas no início de tudo?

Criá-los para um íntimo e amoroso relacionamento com Ele por meio da adoração.

 

3. Qual a finalidade de tudo o que existe no universo?

Exaltar, louvar e adorar ao Deus Criador.

 

4. Que certeza podemos ter acerca do futuro que Deus tem preparado para nós?

Haverá uma restauração de todos os seres e coisas existentes de tal modo que tudo que existirá será exclusivamente para a glória de Deus.

 

5. Qual o sentido de nossas vidas?

Adorar ao único Deus, criador de todas as coisas.

 

SUBSÍDIO I

 

“Deus não é egoísta a ponto de criar bajuladores para sentarem-se ao seu lado e entoar-lhe louvores. Se assim fosse, teria feito esses seres fracos e dependentes. No entanto, temos a impressão de que Deus criou esses quatro seres tão poderosos e ferozes quanto possível. Apesar disso, estão tão perto do trono de Deus, que se sentem completamente envolvidos por sua presença. Gozando eternamente de sua glória, nada lhes resta a não ser adorá-lo. Mas o que existe em Deus capaz de envolvê-los ou dominá-los? É a sua santidade e não a sua sabedoria, poder ou glória. A santidade de sua presença é tão poderosa que aniquila os impuros que se aproximam (Êx 28.35,43; 30.20,21) e o homem que tocou a arca e morreu (1Cr 13.9,10). Talvez C.S. Lewis tenha expressado melhor essa ideia quando disse que nosso corpo mortal é demasiadamente fraco para suportar uma simples fração da presença de Deus. Certamente nos desfaríamos caso experimentássemos um pouco mais dessa presença. Os nossos corpos não serão glorificados para que estejam protegidos do sofrimento, mas para que sejamos fortalecidos e assim possamos estar na presença de Deus” (Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 4ª Edição. RJ: CPAD, 2006, p.1859).

 

SUBSÍDIO II

 

Apocalipse 21.6 — Assim como Deus terminou o trabalho da criação (Gn 2.1-3), e Jesus concluiu a obra de redenção (Jo 19.30), eles também irão terminar todo o plano de salvação, convidando os redimidos a uma nova criação e proclamando: ‘Está cumprido’. Deus disse: ‘Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim’. Isto repete 1.8 (veja também 1.17; 2.8), onde Cristo tinha dito isto a João. Alfa e ômega são a primeira e a última letra do alfabeto grego. Deus é soberano sobre a história e está no controle de tudo. Deus prometeu que, a quem quer que tiver sede, de graça Ele lhe dará da fonte da água da vida. Esta água também é descrita em 22.1 e simboliza a vida eterna. Jesus tinha falado com a mulher samaritana a respeito desta água (Jo 4.13,14), assim como a todos os que cressem nele (Jo 7.37,38). A água retrata a recompensa daqueles que ‘venceram’ (21.7). Estes já não terão mais necessidades, pois as suas necessidades serão completamente satisfeitas por Deus, por toda a eternidade.

Apocalipse 21.7,8 — Os versículos 7 e 8 formam um intervalo; eles destinam-se aos leitores que precisam fazer uma escolha sobre se farão parte dos vencedores, que herdarão todas as coisas (21.7)” (Comentário do Novo Testamento: Aplicação pessoal. Volume 2. RJ: CPAD, 2010, p.914).