LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS

 

 

3º Trimestre de 2018

 

Título: Adoração, Santidade e Serviço — Os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico

Comentarista: Claudionor de Andrade

 

 

Lição 10: Ofertas pacíficas para um Deus de paz

Data: 02 de Setembro de 2018

 

 

TEXTO ÁUREO

 

Portanto, ofereçamos sempre, por ele, a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome(Hb 13.15).

 

VERDADE PRÁTICA

 

O crente oferece sacrifícios pacíficos a Deus quando pratica e semeia a paz do Senhor Jesus Cristo no poder do Espírito Santo.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda — Sl 103.1,2

Uma alma devotada em bendizer ao Senhor

 

 

Terça — 1Sm 1.24-28

O sacrifício de Ana

 

 

Quarta — Gn 28.20,21

O voto de Jacó

 

 

Quinta — Sl 22.25

O voto de Davi

 

 

Sexta — 1Ts 5.18

Nossos contínuos sacrifícios pacíficos

 

 

Sábado — Rm 12.1

Nossa verdadeira oferta pacífica

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Levítico 7.11-21.

 

11 — E esta é a lei do sacrifício pacífico que se oferecerá ao SENHOR.

12 — Se o oferecer por oferta de louvores, com o sacrifício de louvores, oferecerá bolos asmos amassados com azeite e coscoroes asmos amassados com azeite; e os bolos amassados com azeite serão fritos, de flor de farinha.

13 — Com os bolos oferecerá pão levedado como sua oferta, com o sacrifício de louvores da sua oferta pacífica.

14 — E de toda oferta oferecerá um deles por oferta alçada ao SENHOR, que será do sacerdote que espargir o sangue da oferta pacífica.

15 — Mas a carne do sacrifício de louvores da sua oferta pacífica se comerá no dia do seu oferecimento; nada se deixará dela até à manha.

16 — E, se o sacrifício da sua oferta for voto ou oferta voluntária, no dia em que oferecer o seu sacrifício se comerá; e o que dele ficar também se comerá no dia seguinte.

17 — E o que ainda ficar da carne do sacrifício ao terceiro dia será queimado no fogo.

18 — Porque, se da carne do seu sacrifício pacífico se comer ao terceiro dia, aquele que a ofereceu não será aceito, nem lhe será imputado; coisa abominável será, e a pessoa que comer dela levará a sua iniquidade.

19 — E a carne que tocar alguma coisa imunda não se comerá; com fogo será queimada; mas da outra carne qualquer que estiver limpo comerá dela.

20 — Porém, se alguma pessoa comer a carne do sacrifício pacífico, que é do SENHOR, tendo ela sobre si a sua imundícia, aquela pessoa será extirpada dos seus povos.

21 — E, se uma pessoa tocar alguma coisa imunda, como imundícia de homem, ou gado imundo, ou qualquer abominação imunda, e comer da carne do sacrifício pacífico, que é do SENHOR, aquela pessoa será extirpada dos seus povos.

 

HINOS SUGERIDOS

 

17, 262 e 400 da Harpa Cristã.

 

OBJETIVO GERAL

 

Compreender que o crente oferece sacrifícios pacíficos a Deus quando pratica e semeia a paz do Senhor Jesus Cristo no poder do Espírito Santo.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 

 

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

 

  • I. Mostrar a excelência da oferta pacífica;
  • II. Discutir a respeito da oferta pacífica na história sagrada;
  • III. Compreender a oferta pacífica na vida diária.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

 

Professor (a), na lição de hoje estudaremos as ofertas pacíficas. Veremos a beleza desse sacrifício no culto levítico, os tipos e o objetivo de tais ofertas. Em geral tais sacrifícios eram realizados como forma de gratidão por algum favor recebido, como por exemplo, a cura de alguma enfermidade. Mediante a gratidão a comunhão com Deus era fortalecida e renovada. Sejamos gratos a Deus pelo que Ele é e por tudo que tem feito por nós, oferecendo nossas vidas como sacrifício vivo, santo e agradável.

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

Adoramos a Deus com ofertas pacíficas quando nos apresentamos diante dEle com o propósito de render-lhe graças por todas as bênçãos recebidas. Com tal atitude, honramos o Senhor com um culto racional, agradável e vivo.

Nesta lição, veremos que, das cinco ofertas prescritas no livro de Levítico, a mais excelente em voluntariedade era a pacífica, pois tinha como objetivo aprofundar a comunhão entre Israel e Deus. Ao aproximar-se do Senhor, com tal oferta, o crente do Antigo Testamento manifestava-lhe, em palavras e gestos, que o seu único almejo era agradecê-lo por todos os benefícios recebidos (Sl 103.1,2).

 

 

PONTO CENTRAL

 

Ofereçamos a Deus continuamente sacrifícios de louvor e adoração.

 

 

I. A EXCELÊNCIA DA OFERTA PACÍFICA

 

Os dois sacrifícios mais antigos da História Sagrada são o holocausto e a oferta pacífica. Ambas as oferendas eram tidas, às vezes, como um único ofertório.

1. Oferta pacífica. A voluntariedade da oferta pacífica fica bem evidente no livro de Levítico (Lv 7.12). A oferenda, para ser caracterizada como tal, deveria ser acompanhada de ações de graças; nenhuma petição era admitida. Naquele momento, o crente hebreu tinha como único desejo adorar e agradecer ao Senhor por todas as bênçãos, galardões e livramentos. Nos Salmos, as ofertas pacíficas manifestam-se em louvores ao Senhor por todas as suas benignidades (Sl 106.1). Como nos mostram os salmos 118 e 136.

O apóstolo Paulo ensina-nos a oferecer, de forma contínua, ação de graças a Deus (1Ts 5.18). Se agirmos assim, jamais perderemos a comunhão quer com Deus, quer com a Igreja de Cristo (Cl 3.15).

2. Tipos de ofertas pacíficas. As ofertas pacíficas compreendiam três modalidades ou fases: ação de graças, voto e oferenda movida diante do altar.

a) Ação de graças. A fim de agradecer ao Senhor por um favor recebido, o crente hebreu oferecia-lhe bolos e coscorões ázimos amassados com azeite. Os bolos, feitos da flor de farinha, tinham de ser fritos (Lv 7.12-15). A carne, que acompanhava o sacrifício pacífico, devia ser consumida no mesmo dia (Lv 7.15). Os produtos trazidos a Deus vinham acompanhados de sacrifícios de louvores (Hb 13.15). Tanto ontem quanto hoje, somos exortados a louvar e a enaltecer continuamente o Senhor.

b) Voto. Nos momentos de angústia, os filhos de Israel faziam votos ao Senhor, prometendo-lhe ofertas pacíficas (Gn 28.20; 1Sm 1.11). Nesse caso específico, o sacrifício poderia ser comido tanto no mesmo dia quanto no dia seguinte (Lv 7.15,16). No terceiro dia, porém, nada podia ser ingerido. O voto, por ser uma ação voluntária, requeria uma atitude igualmente voluntária e amorosa. O ofertante, pois, deveria participar das ofertas com alegria, regozijo e ação de graça.

c) Oferta movida. Na última etapa, o adorador entregava a oferta pacífica ao sacerdote, que, seguindo o manual levítico, aspergia o sangue do sacrifício sobre o altar. Em seguida, queimava a gordura do animal (Lv 7.30). O peito era entregue a Arão e a seus filhos. Num último ato do sacrifício, o sacerdote movia a parte mais excelente da oferenda perante o altar: o peito e a coxa (Lv 7.31-35).

3. Objetivos das ofertas pacíficas. Como já dissemos, eram dois os objetivos da oferta pacífica: aprofundar a comunhão entre Deus e o crente, e levar o ofertante a reconhecer que tudo quanto recebemos vem do Senhor, porque dEle é a terra e a sua plenitude (Sl 24.1).

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (I)

 

As ofertas pacíficas eram excelentes pelo fato de serem voluntárias.

 

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO

 

Professor(a), reproduza a tabela abaixo no quadro e utilize-a para mostrar aos alunos os vários tipos de sacrifícios apresentados individualmente pelos israelitas.

 

 

 

II. A OFERTA PACÍFICA NA HISTÓRIA SAGRADA

 

Nesta lição, veremos três exemplos de pessoas que fizeram votos ao Senhor, e foram plenamente atendidas: Jacó, Ana e Davi.

1. Jacó, filho de Isaque. Quando fugia de Esaú, seu irmão, Jacó fez um comovente voto ao Senhor. E, depois de ter visto o céu aberto e os anjos de Deus subirem e descerem sobre uma escada que ligava a Terra ao Céu, prometeu ao Deus de seus pais: “Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer e vestes para vestir, e eu em paz tornar à casa de meu pai, o SENHOR será o meu Deus” (Gn 28.20,21). A partir daí, o patriarca tornou-se um fiel e zeloso adorador (Gn 35.1-3).

2. Ana, mãe de Samuel. Afligida por sua rival porque não dava filhos a Elcana, seu marido, a desolada Ana fez este voto ao Senhor: “Senhor dos Exércitos! Se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, mas à tua serva deres um filho varão, ao SENHOR o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha” (1Sm 1.11). Após haver desmamado a Samuel, entregou-o ao Senhor, cumprindo a ordenança quanto ao sacrifício pacífico (1Sm 1.24-28).

3. Davi, rei de Israel. Pelo que observamos nos Salmos, Davi foi o homem que, em todo o Israel, mais sacrifícios pacíficos apresentou ao Senhor (Sl 22.25; 56.12; 61.5,8). Aliás, os seus cânticos já são, em si mesmos, um sacrifício pacífico ao Senhor.

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (II)

 

As ofertas pacíficas fazem parte da história de Israel.

 

 

SUBSÍDIO BÍBLICO-DIDÁTICO

 

Professor(a), para apresentar de forma mais didática os três exemplos de pessoas que fizeram votos ao Senhor, e foram plenamente atendidas: Jacó, Ana e Davi. Reproduza o quadro abaixo. Depois faça a seguinte indagação: “O que é um voto?”. Ouça os alunos e em seguida, se desejar leia a explicação para que compreendam o significado do termo.

 

 

 

III. A OFERTA PACÍFICA NA VIDA DIÁRIA

 

De que modo apresentaremos, hoje, nossos sacrifícios pacíficos ao Senhor? Há três maneiras: consagrando-nos a nós mesmos; perseverando nos sacrifícios de louvores e adorando a Deus em todo o tempo.

1. Consagração incondicional. O melhor sacrifício que um crente pode oferecer ao Senhor é apresentar a si mesmo a Deus (Rm 12.1). Neste momento, nossa oferenda é, além de pacífica, amorosa e plena de serviços. A partir desse momento, começamos a experimentar as excelências da vontade de Deus. Paulo considerava-se uma libação oferecida ao Senhor Jesus (2Tm 4.6).

2. Sacrifícios de louvores. Fazemos um sacrifício de louvor quando cumprimos plenamente a vontade de Deus (Hb 13.15). Mas, para que a cumpramos, é imprescindível apresentarmo-nos diante de Deus com um espírito quebrantado e ansioso por Ele (Sl 51.17). Portanto, quando cumprimos a vontade divina, apesar das circunstâncias adversas que nos cercam, oferecemos-lhe o mais excelente sacrifício de louvor.

3. Adoração contínua. Paulo e Silas, quando presos, cantavam e adoravam a Deus, ofertando-lhe um sacrifício que, além de pacífico, era profundamente redentor (At 16.25-31). Por isso, o apóstolo recomenda-nos a louvar continuamente a Deus (Ef 5.19; Cl 2.16).

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (III)

 

As ofertas pacíficas devem fazer parte da nossa vida diária.

 

 

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

 

“A natureza e o propósito dos sacrifícios pacíficos estão aqui mais distintamente abertos. Eles eram oferecidos: 1. Em gratidão por alguma misericórdia especial recebida, como a recuperação de uma enfermidade, a proteção em viagem, o livramento no mar, a redenção do cativeiro, tudo que é especificado no Salmo 107, e por estas coisas os homens são convocados a oferecer sacrifícios de gratidão. 2. No cumprimento de algum voto que um homem fez quando estava em aflição, e isto menos honorável do que no caso anterior, embora a omissão de ofertar este sacrifício tivesse sido mais culpável. 3. Em súplica por alguma misericórdia especial que um homem estava buscando com elevada expectativa. Este sacrifício é, aqui, chamado de oferta voluntária. Este sacrifício acompanhava as orações de um homem, assim como o anterior acompanhava os seus louvores. Não encontramos que os homens fossem obrigados pela lei, a menos que tivessem se obrigado — através de um voto — a oferecerem estas ofertas pacíficas em tais ocasiões, da mesma forma que deveriam fazer os seus sacrifícios de expiação no caso de terem cometido pecados. Não que a oração e o louvor sejam tanto nossa obrigação como o arrependimento o é. Mas aqui, nas expressões de seu senso de misericórdia, Deus os deixou mais para a liberdade deles do que nas expressões de seu senso de pecado — para provar a generosidade de sua devoção, e que os seus sacrifícios, sendo ofertas voluntárias, pudessem ser as mais louváveis e aceitáveis. Além disto, obrigando-os a trazer os sacrifícios de expiação, Deus mostraria a necessidade de grande propiciação” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2010, pp.373,374).

 

CONHEÇA MAIS

 

 

Sobre pão levedado

“O pão levedado podia ser usado com a oferta pacífica, porque esta não era colocada no altar (cf.2.11 nota). [2.11] Não podiam ser oferecidos no altar porque eram usados para fomentar a fermentação. A fermentação envolve alteração, decomposição ou deterioração e, geralmente, simboliza o mal” Leia mais em Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, pp.186,93.

 

 

CONCLUSÃO

 

Nestes dias trabalhosos e difíceis, somos instados pelo Espírito Santo a apresentar a Deus sacrifícios pacíficos: gratidão, louvor e amor provado. E, como já vimos, a oferta de maior relevância é o nosso próprio ser. Apresentemo-nos, pois, continuamente diante do Senhor com ofertas voluntárias, para que a nossa vida seja um sacrifício pacífico ao Deus Único e Verdadeiro (Rm 12.1).

 

PARA REFLETIR

 

A respeito de “Ofertas Pacíficas para um Deus de Paz”, responda:

 

Qual é a característica mais importante da oferta pacífica?

A voluntariedade.

 

Quais são os tipos de ofertas pacíficas?

Ação de graças, voto e oferta movida.

 

Quais são os objetivos das ofertas pacíficas?

Os objetivos da oferta pacífica: aprofundar a comunhão entre Deus e o crente, e levar o ofertante a reconhecer que tudo quanto recebemos vem do Senhor, porque dEle é a terra e a sua plenitude (Sl 24.1).

 

Diga o nome de três pessoas que fizeram votos ao Senhor.

Jacó, Ana e Davi.

 

Em que consiste, hoje, o nosso sacrifício pacífico?

Consiste em entregar a Deus o nosso ser; perseverando nos sacrifícios de louvores e adorando a Deus em todo o tempo.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

Ofertas pacíficas para um Deus de paz

 

O objetivo das ofertas pacíficas no livro de Levítico era fazer com que o fiel apresentasse voluntariamente um ato de gratidão a Deus, aprofundando assim, a comunhão dele com o Criador. De maneira coletiva, esse ato significava a ratificação da comunhão da nação de Israel com Deus.

 

Rastreando algumas práticas atuais

Hoje, conhecemos comumente a expressão “culto de ação de graças” ou “fazer votos ao Senhor”. Esses atos têm como raiz bíblica a apresentação das ofertas pacíficas. Uns dos tipos dessas ofertas eram o de fazer um voto voluntário ou apresentar um ato de ação de graças.

Atos voluntários como esses, agradam a Deus. A ideia é expressar gratidão, alegria por muitos benefícios feitos pelo Criador. É a oportunidade de viver devocionalmente o aprofundamento de nossa fé em Cristo. Foi isso que aconteceu com Jacó, quando fez um voto ao Senhor na ocasião que fugia de seu irmão Esaú; com Ana, quando em meio a angústia fez um voto ao Senhor; nas expressões sinceras e belas de Davi em adoração a Deus e muitas bênçãos de livramentos de inimigos. Todas essas pessoas que se colocaram em compromisso com Deus tiveram seus anseios atendidos e, assim, uma experiência de fé que aprofundou a comunhão deles com o Criador.

 

Compromissos e experiências com Deus

Quem já teve a experiência de fazer votos ao Senhor e cumpri-los sabe que resposta de Deus para nós marca a nossa vida para sempre. Não há nada mais sublime e vivificador que as nossas experiências diretas com Deus. Seja por meio de um milagre via a cura de enfermidades, livramentos físicos; ou por meio de pequenas intervenções em fatos corriqueiros, enfim, viver tais experiências fortalece a nossa fé, faz com que tenhamos mais gratidão e demonstra o quanto nosso Deus é pessoal para nós.