LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS

 

 

4º Trimestre de 2019

 

Título: O Governo Divino em Mãos Humanas — Liderança do Povo de Deus em 1º e 2º Samuel

Comentarista: Osiel Gomes

 

 

Lição 5: A Instituição da Monarquia em Israel

Data: 03 de novembro de 2019

 

 

VÍDEO DE APOIO

 

 

 

TEXTO ÁUREO

 

Então, todos os anciãos de Israel se congregaram, e vieram a Samuel, a Ramá, e disseram-lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o têm todas as nações(1Sm 8.4,5).

 

VERDADE PRÁTICA

 

Antes de tomar uma decisão, o crente precisa buscar a orientação de Deus, para que não venha a sofrer dolorosas consequências.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda — Ef 1.6,7

Procure corresponder à sua vocação espiritual

 

 

Terça — Nm 27.15-18

Deus é quem escolhe a liderança de sua Igreja

 

 

Quarta — Mt 9.37,38

Para uma liderança de qualidade é preciso orar

 

 

Quinta — Lc 6.12-14

Jesus escolheu os seus discípulos em oração

 

 

Sexta — Lc 4.18

Para fazer a obra de Deus é preciso unção do Espírito Santo

 

 

Sábado — Js 1.8

Alimentar-se da Palavra é o segredo para o sucesso do ministério

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

1 Samuel 8.4-7; 10.1-7.

 

1 Samuel 8

4 — Então, todos os anciãos de Israel se congregaram, e vieram a Samuel, a Ramá,

5 — e disseram-lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o têm todas as nações.

6 — Porém essa palavra pareceu mal aos olhos de Samuel, quando disseram: Dá-nos um rei, para que nos julgue. E Samuel orou ao SENHOR.

7 — E disse o SENHOR a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te disser, pois não te tem rejeitado a ti; antes, a mim me tem rejeitado, para eu não reinar sobre ele.

 

1 Samuel 10

1 — Então, tomou Samuel um vaso de azeite, e lho derramou sobre a cabeça, e o beijou, e disse: Porventura, te não tem ungido o SENHOR por capitão sobre a sua herdade?

2 — Partindo-te hoje de mim, acharás dois homens junto ao sepulcro de Raquel, no termo de Benjamim, em Zelza, os quais te dirão: Acharam-se as jumentas que foste buscar, e eis que já o teu pai deixou o negócio das jumentas e anda aflito por causa de vós, dizendo: Que farei eu por meu filho?

3 — E, quando dali passares mais adiante e chegares ao carvalho de Tabor, ali te encontrarão três homens, que vão subindo a Deus a Betel: um levando três cabritos, o outro, três bolos de pão, e o outro, um odre de vinho.

4 — E te perguntarão como estás e te darão dois pães, que tomarás da sua mão.

5 — Então, virás ao outeiro de Deus, onde está a guarnição dos filisteus; e há de ser que, entrando ali na cidade, encontrarás um rancho de profetas que descem do alto e trazem diante de si saltérios, e tambores, e flautas, e harpas; e profetizará

6 — E o Espírito do SENHOR se apode-rará de ti, e profetizarás com eles e te mudarás em outro homem.

7 — E há de ser que, quando estes sinais te vierem, faze o que achar a tua mão, porque Deus é contigo.

 

HINOS SUGERIDOS

 

78, 207 e 342 da Harpa Cristã.

 

OBJETIVO GERAL

 

Mostrar que para tomar decisões, o crente deve pedir orientação a Deus.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

 

  • I. Conceituar monarquia;
  • II. Explicitar a escolha de Saul como rei;
  • III. Especificar o rei que o povo escolheu.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

 

A vida cristã passa pela tomada de decisões. Tomá-las sem buscar a direção de Deus pode nos trazer grandes prejuízos. Assim, a lição desta semana trata de um tema importante do Antigo Testamento. O povo de Israel pediu um rei para ser igual às outras nações. A decisão do povo foi marcada pela aparência humana e dados superficiais. Tal pedido, mais adiante, trouxe graves consequências espirituais ao povo de Israel através do rei Saul. Aqui, encontra-se uma ótima oportunidade para refletirmos acerca do grau de dependência que temos do Senhor. Boa aula!

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

Ao tratar da instituição da monarquia em Israel, não podemos ignorar a soberania de Deus ao estabelecer essa forma de governo. Embora a monarquia fosse um desejo nacional, Deus interveio e, segundo a sua vontade, estabeleceu essa forma de governo. Outrora, Ele levantava juízes em diversas regiões, mas agora Ele levantaria uma monarquia em Israel. Nesse sentido, estudaremos a razão da monarquia, a escolha do rei Saul, o primeiro rei de Israel e o mérito dessa escolha.

 

PONTO CENTRAL

 

O crente deve pedir direção a Deus para tomar qualquer decisão.

 

I. POR QUE A MONARQUIA?

 

1. Um sentimento de orgulho nacional (8.4,5). O desvio de Israel teve origem em sua desobediência a Deus. Os israelitas só o buscavam em tempos de crise; então, davam ouvidos à mensagem divina. Segundo a Bíblia, Deus chamou Israel para ser líder espiritual do mundo (1Cr 17.21; Jo 4.22), mas a nação enveredou pelo mesmo caminho das outras nações. Assim, por meio do orgulho nacional, os israelitas foram levados a pedir um rei antes da hora. Nesse caso, adotar o regime monárquico, segundo o modelo pagão, significava rejeitar a liderança divina representada por Samuel. Dessa forma, os israelitas escolheram uma política meramente humana, fugindo de sua real vocação sacerdotal e profética.

Há perigo quando o povo de Deus deixa a sua verdadeira vocação para imitar as instituições terrenas. Embora seja bíblico cumprir nossas obrigações políticas e sociais, a vocação da Igreja é espiritual, como afirmou Jesus: “O meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, lutariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas, agora, o meu Reino não é daqui” (Jo 8.36).

2. O fracasso dos filhos de Samuel. Este era o contexto dos israelitas: a Arca da Aliança não estava mais com o povo; havia ameaças constantes dos filisteus e os filhos de Samuel não andavam em caminhos retos. Nesse sentido, o pedido dos anciãos tocou o coração do profeta; pois ele sabia que os seus filhos não tinham condições morais nem espirituais para substituí-lo. Samuel era um líder fiel, sincero, verdadeiro e, embora fosse duro ouvir, ele sabia que os anciãos falavam a verdade.

Biblicamente, não há problema em um filho de pastor vir a substituir o pai no ministério. Entretanto, isso não pode se dar por causa do amor paterno, mas pela vocação dada por Deus e confirmada pela Igreja de Cristo (1Tm 3.1-7; Tt 1.5-9). O dono da obra é o Senhor!

3. Rejeitando os planos de Deus (10.6,7). Escolher a monarquia, naquele contexto, era rejeitar o propósito divino. Foi algo deliberado do povo contra o plano estabelecido por Deus desde quando Israel ocupou a Terra de Canaã. Deus é onisciente. Ele sabia que esse momento chegaria (Dt 17.14). Assim, no tempo certo, o próprio Deus daria um rei com as qualidades necessárias. É preciso seguir essa diretriz no processo de sucessão de líderes. Não podemos perder a perspectiva de que é Deus que dá seus líderes à Igreja (Mt 9.38; Lc 10.2).

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (I)

O sentimento de orgulho nacional, o fracasso dos filhos de Samuel e a rejeição do plano de Deus contribuíram para o estabelecimento da monarquia.

 

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

 

 

Ao introduzir a lição de hoje, que tem como tema a instituição do primeiro reinado de Israel, faça uma síntese a respeito de como Deus conduzia o seu povo até aquele derradeiro momento. Como sugestão para essa síntese, use o seguinte texto como auxílio: “[…] Desde os dias de Moisés Deus governava Israel através de sacerdotes e juízes especialmente dotados com poder e habilidade. Quando Samuel, o último dos juízes, envelheceu, o povo pediu um rei para que eles fossem como as nações que estavam ao seu redor. O repúdio que demonstravam estava dirigido a Deus e a uma caminhada de fé. Eles desejaram imitar as nações não simplesmente no governo, mas também no espírito, dependendo de suas próprias possibilidades e poder ao invés de depender do Senhor (1Sm 8)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2010, p.1775).

 

 

II. A ESCOLHA DE SAUL COMO REI

 

1. Por que Saul? Quando lemos o livro de 1 Samuel, logo percebemos que o foco do autor sagrado é Davi, e não Saul. Se Saul foi o primeiro rei de Israel, por que o foco da narrativa não recaiu sobre ele? Podemos considerar que, num primeiro momento, o rei Saul foi ungido pela soberana vontade de Deus. Entretanto, ele reinou indiferente aos mandamentos divinos; era um rei falho, egoísta e ciumento. O propósito do autor sagrado é contrastá-lo com Davi, um homem segundo o coração de Deus.

2. A unção de Saul por Samuel (10.1). Na unção de Saul, alguns detalhes devem ser destacados. Samuel o beijou em sinal de afeição e admiração pessoal. A unção era feita com azeite de oliva. A cerimônia simbolizava a investidura divina para o exercício do cargo.

Os que são separados, por Deus, para a sua Obra, têm a unção do Espírito Santo — a capacidade que vem do alto para o exercício do Santo Ministério (Ef 4.11-14). Hoje, não necessitamos do azeite para a separação de obreiros para o ministério da Palavra; basta a imposição de mãos do presbitério (1Tm 4.14; 2Tm 1.6).

3. Os sinais de confirmação da unção (10.2-7). Três são os sinais que confirmaram a unção de Saul como o rei de Israel: (1) Saul encontra as jumentas perdidas de seu pai; (2) ele encontra três homens no Monte Tabor, um levando três cabritos, outro, três bolos de pão, e o outro, um odre de vinho; (3) a capacidade de profetizar pelo Espírito de Deus.

O primeiro sinal representava o trabalho que o rei teria; o segundo apontava para o sustento divino para a tarefa de Saul; e o terceiro, o rei reinaria sob o Espírito de Deus e, assim, salvaria Israel de seus inimigos.

Quem é chamado para o ministério precisa aplicar-se ao trabalho (Jo 5.17); sustentar-se pelo alimento sagrado, a Palavra de Deus (Dt 8.3; Mt 4.4); e estar cheio do Espírito Santo (Ef 5.18). A jornada ministerial é pesada; por isso, é preciso estar centrado em Deus em todo o exercício ministerial.

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (II)

Saul foi ungido rei por Samuel pela vontade soberana de Deus.

 

 

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

 

 

“[…] Quando Saul se virou para partir em direção à sua casa, Deus lhe mudou o coração em outro (9). O humilde trabalhador rural estava a caminho de tornar-se um líder militar e civil. O Espírito de Deus se apoderou dele (10) e os seus conhecidos, ao vê-lo, perguntavam uns aos outros: Está também Saul entre os profetas? (11), uma frase destinada a tornar-se famosa em uma época posterior, sob as mais extremas manifestações de 19.23-24. Tornou-se provérbio (12) não significa necessariamente a partir daquele momento, mas pode ter sido na época posterior narrada no capítulo 19. Os versos 6-11 mostram ‘A criação de um novo homem’, pois Samuel disse a Saul: te mudarás em outro homem, 6. Aqui temos (1) Redenção — Deus lhe mudou o coração em outro, 9; (2) Renovação — O Espírito de Deus se apoderou dele, 10; e (3) Reconhecimento — todos os que dantes o conheciam viram que eis que com os profetas profetizava; então disse o povo, cada qual ao seu companheiro: Que é o que sucedeu ao filho de Quis?” (Comentário Bíblico Beacon: 2 Josué a Ester. RJ: CPAD, 2005, p.197).

 

 

III. O REI QUE O POVO ESCOLHEU

 

1. Uma escolha pautada na aparência. Saul rejeitou a Palavra do Senhor, assim, brevemente, Deus daria ao povo um rei segundo o Seu coração (1Sm 13.13; 15.23). Entretanto, para o povo, Saul era um candidato que enchia os olhos. Fisicamente, era um homem notável (1Sm 9.2). O povo não via nada além que a aparência humana; mas Deus, que sonda todas as coisas, conhecia o coração de Saul. Mesmo não sendo o rei ideal do ponto de vista divino, Deus o designou e o nomeou.

2. Os direitos do novo rei. O profeta Samuel esclareceu que o rei teria os seguintes privilégios: todos estariam sob o poder do novo rei e prontos para servi-lo na guerra, no trabalho do campo e da cozinha real, na implantação de impostos, no confisco de escravos para o trabalho, na produção de perfumes, e na cobrança dos dízimos da produção — no Antigo Testamento essa é a única vez que se trata de dízimo cobrado pelo rei (1Sm 8.10-17).

Assim, as exigências descritas por Samuel faziam parte do novo sistema político que o povo tanto desejava, um padrão desenvolvido pelas nações gentílicas. No Novo Testamento, há recomendação evangélica de como o cristão deve se portar na forma de governo político-temporal vigente (Rm 13.1-7; 1Pe 2.13-17).

3. O novo sistema político e o aspecto teológico. Deus sempre cuidou de Israel; deu-lhe mandamentos, escolheu lideranças para representá-lo em momentos ímpares, fez com que o povo se arrependesse e se voltasse para Ele muitas vezes. Agora, não seria diferente. O Senhor não se afastaria da nação. Se originalmente esta não era a vontade de Deus, o Criador usaria esse modelo para guiar o seu povo. Ele já preparara um rei segundo o coração dEle (1Sm 13.14).

Neste novo modelo, a liderança seria centralizada na pessoa do rei; sacerdotes e profetas representariam o conselho de Deus para o governo monárquico. Assim, o Altíssimo conduziria o seu povo pela história.

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (III)

A escolha do rei Saul foi pautada pela aparência. Ele tinha privilégios e estabeleceu o novo sistema político em Israel.

 

 

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

 

 

“Todos os anciãos de Israel (4) vieram até Samuel, para demonstrar uma ampla insatisfação com a situação. A sua exigência de um rei se baseava em duas razões: já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos (5), além do desejo de que o rei pudesse ser o seu juiz ou líder e de que eles pudessem ser como todas as nações. Este desejo de adequar-se aos outros, rebelando-se contra as características divinas, foi uma fonte de problemas para o povo de Deus em todas as épocas.

O descontentamento de Samuel (6) não ocorreu porque o povo julgou que ele estava velho e que os seus filhos não eram dignos de sucedê-lo, mas porque pediram um rei — fato no qual ele via claramente implicações profundas com envolvimentos morais e espirituais. Os seus receios se confirmaram quando o Senhor lhe disse: o povo não te tem rejeitado a ti; antes, a mim me tem rejeitado, para eu não reinar sobre ele (7). A nação já tinha uma triste história de rebelião e idolatria, e estava, agora, apenas fazendo a Samuel o que já havia feito ao Senhor (8). Esperava-se que o profeta concordasse com o pedido, mas ele protestou e claramente informou os líderes do resultado da sua escolha (9)” (Comentário Bíblico Beacon: 2 Josué a Ester. RJ: CPAD, 2005, p.193).

 

 

CONCLUSÃO

 

Deus é o Senhor da história. Muitas vezes não conhecemos seus caminhos nem propósitos, mas sabemos que sua vontade é sempre a mais perfeita e agradável. Não podemos perder de vista que o Pai é quem governa a nossa vida. Como cristãos, devemos buscar a bênção de que a nossa vontade e escolhas estejam sempre bem alinhadas com as de Deus.

 

PARA REFLETIR

 

A respeito de “A Instituição da Monarquia em Israel”, responda:

 

Onde teve origem o desvio de Israel?

O desvio de Israel teve origem em sua desobediência a Deus.

 

Qual era o contexto dos israelitas quando pediram um novo rei?

Este era o contexto dos israelitas: a Arca da Aliança não estava mais com o povo, havia ameaças constantes dos filisteus, os filhos de Samuel não andavam em caminhos retos.

 

Qual o propósito do autor sagrado ao enfatizar o rei Davi e não o rei Saul?

O propósito do autor sagrado é contrastá-lo as atitudes do rei Davi, que mostram um comportamento completamente diferente do de Saul.

 

Cite os três sinais que confirmaram o reinado de Saul.

Três são os sinais que o texto menciona para confirmar a unção de Saul como o rei de Israel: (1) Saul encontraria as jumentas perdidas de seu pai; (2) ele encontraria três homens no Monte Tabor, um levando três cabritos, outro, três bolos de pão, e o outro, um odre de vinho; (3) a capacidade de profetizar pelo Espírito de Deus.

 

Cite, ao menos, três privilégios do rei de Israel.

Todos estariam sob o poder do novo rei e prontos para servi-lhe na guerra, no trabalho forçado na terra, no trabalho da cozinha real, na apropriação de terras para que fossem dadas aos ministros do rei.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

A INSTITUIÇÃO DA MONARQUIA EM ISRAEL

 

A lição desta semana procura mostrar a tensão entre o desejo de uma nação e a vontade de Deus. Muitas vezes o desejo humano está na contramão da vontade de Deus. Nesse sentido, só há duas decisões possíveis: abandonar a vontade humana e abraçar a divina; insistir com a vontade humana e ignorar a divina. Assim, para sair dessa tensão, as Escrituras nos ensinam que buscar a direção de Deus é a melhor decisão a tomar em qualquer área da vida.

 

Resumo da Lição

Os três tópicos da lição têm os seguintes objetivos: I. Conceituar a palavra monarquia; II. Explicitar a escolha de Saul como rei; III. Especificar rei que o povo escolheu. No primeiro tópico, é importante destacar que o orgulho nacional, o fracasso dos filhos de Samuel e a rejeição ao plano de Deus contribuíram para o estabelecimento da monarquia. No segundo tópico, é importante registrar que a despeito da decisão do povo estar na contramão da vontade de Deus, Saul foi ungido rei pela vontade soberana de Deus. No terceiro tópico, ressalte que o povo estava mais pautado pela aparência do rei, que teria privilégios num novo sistema político em Israel.

 

Aplicação da lição

O Antigo Testamento relata que Deus sempre governou o seu povo por meio de sacerdotes e juízes. Tempos depois, houve uma transição para o governo marcado pela teocracia monárquica. Nesse sentido, o reinado de Israel ficaria parecido com os modelos monárquicos de outras nações. Aqui, é muito interessante fazermos uma reflexão acerca de nossa vida cristã. Quem a rege é o Senhor Jesus por meio do Espírito Santo. Logo, até que ponto se pode negociar os valores do Evangelho a fim de ser “melhor interpretado” pelo mundo?

A história da Igreja mostra que podemos, sim, ser relevantes ao mundo. Mas não podemos, ao mesmo tempo, nos iludir, achando que o mundo nos aceitará quando conhecer o que realmente cremos e pregamos acerca do pecado, da nova vida com Cristo, do ensino sobre os padrões bem delimitados para a ética e moral cristã que vão na contramão do “progressismo” cultuado pelas classes falantes de hoje.

Portanto, qualquer decisão que tomemos em nossa vida pessoal, ou de ação da igreja local, deve estar aos pés de Cristo, pedindo-Lhe orientação e direção para que tudo o que fizermos, Deus seja glorificado.