LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS

 

 

1º Trimestre de 2020

 

Título: A Raça Humana: Origem, Doutrina e Redenção

Comentarista: Claudionor de Andrade

 

 

Lição 13: O Novo Homem em Jesus Cristo

Data: 29 de Março de 2020

 

 

VÍDEO DE APOIO

 

 

Roteiro do vídeo — Lição 13.

 

 

TEXTO ÁUREO

 

Até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo(Ef 4.13).

 

VERDADE PRÁTICA

 

A salvação em Jesus Cristo leva-nos à perfeição espiritual, moral e ética, porque Ele, embora Deus, foi o mais perfeito e completo dos seres humanos.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda — Hb 12.2

Jesus Cristo é o nosso modelo de perfeição

 

 

Terça — Gn 17.1

Deus exige a perfeição de seus fi lhos

 

 

Quarta — Mt 5.48

Jesus exige a perfeição de seus discípulos

 

 

Quinta — Jó 1.1

Jó, exemplo de perfeição espiritual e moral

 

 

Sexta — Ez 14.14,20

Homens que se destacaram pela perfeição

 

 

Sábado — Fp 3.1-16

O alvo de Paulo: a perfeição em Cristo

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

João 3.1-16.

 

1 — E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.

2 — Este foi ter de noite com Jesus e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.

3 — Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.

4 — Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?

5 — Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.

6 — O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.

7 — Não te maravilhes de ter dito: Necessário vos é nascer de novo.

8 — O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.

9 — Nicodemos respondeu e disse-lhe: Como pode ser isso?

10 — Jesus respondeu e disse-lhe: Tu és mestre de Israel e não sabes isso?

11 — Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testifi camos o que vimos, e não aceitais o nosso testemunho.

12 — Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?

13 — Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do Homem, que está no céu.

14 — E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado,

15 — para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

16 — Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

 

HINOS SUGERIDOS

 

111, 282 e 468 da Harpa Cristã.

 

OBJETIVO GERAL

 

Mostrar que a salvação em Cristo implica a geração de um novo homem.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 

 

Abaixo, os objetivos específi cos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

 

  • I. Apresentar o nascimento do Novo Homem;
  • II. Explanar a justificação do Novo Homem;
  • III. Enfatizar a santificação do Novo Homem.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

 

Chegamos à última lição do trimestre. Essa é uma excelente oportunidade para você fazer uma avaliação do seu desempenho ao longo destes meses. O professor da Escola Dominical nunca deve ficar satisfeito com o seu desempenho. Analisá-lo e planejar suas aulas faz parte da função dos Educadores Cristãos. Além de rever o que foi feito ao longo do trimestre, há a possibilidade de fazer ajustes e aperfeiçoamento para o próximo trimestre. Portanto, não perca essa oportunidade. Faça uma avaliação de sua prática educativa.

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

É possível alcançar a perfeição espiritual nesta vida? Do ponto de vista humano, não. Mas, quando abrimos a Bíblia Sagrada, constatamos que tal perfeição não somente é possível, como também desejável e requerida de todo aquele que professa o nome de Deus.

Se nos valermos de nossas forças, jamais a alcançaremos. Mas, em Jesus Cristo, nossa velha natureza renasce para a vida eterna. Dessa forma, o ideal que Deus estabelecera para o primeiro Adão torna-se possível, em seu Filho, o Último Adão.

Nesta última lição do trimestre, estudaremos o nascimento, a justificação, a santificação e a glorificação do novo homem em Cristo.

Que o Espírito Santo nos ilumine nesta aula.

 

PONTO CENTRAL

 

A salvação em Cristo gera um novo homem..

 

I. O NASCIMENTO DO NOVO HOMEM

 

Jesus ensinou a Nicodemos, renomado mestre da Lei, que o novo homem não é gerado nem da carne nem do sangue, mas de Deus, da água e do Espírito.

1. Nascido não do sangue nem da carne. No prólogo de seu evangelho, o apóstolo João afiança que o novo homem, em Cristo, é, antes de tudo, uma criação espiritual; não é gerado nem do sangue nem da carne, mas de Deus (Jo 1.12,13). Apesar do pecado do primeiro Adão, nós podemos renascer para Deus, através dos méritos de Jesus, o Último Adão.

A atuação do Espírito Santo, no interior do ser humano, é o milagre mais expressivo que Deus pode operar em nossa vida. Ao nascer de novo, o homem experimenta um novo gênesis — a comunhão plena com o Pai Celeste (Rm 8.16).

2. Nascido de Deus. O nascimento do novo homem é descrito, pelo Evangelista, como o ato de nascer de Deus (Jo 1.12). Isso implica a aceitação, pela fé, do plano de Salvação que o Pai Celeste elaborou bem antes da fundação do mundo (Ap 13.8). Tornar-se nova criatura, em Cristo, é o auge da bem-aventurança humana (2Co 5.17; Gl 6.15). Logo, nascer de Deus é tornar-se filho de Deus pela fé (Jo 1.12).

3. Nascido da água. O batismo em águas só tem efeito salvador quando recebido pela fé (Mc 16.16). Se devidamente observado, simboliza não apenas a morte e a ressurreição de Cristo, como também o renascimento espiritual daquele que o recebe como Salvador e Senhor (Rm 6.1-12). Dessa forma, cumpre-se o que Paulo escreveu, asseverando que Jesus nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo (Tt 3.5). Dessa experiência ressurge o novo homem em Jesus Cristo.

4. Nascido do Espírito Santo. A regeneração só é possível através da atuação do Espírito Santo na vida do pecador arrependido; é Ele quem opera o novo nascimento (Jo 3.6). Esse ato regenerador não pode ser explicado em linguagem humana (Jo 3.8). Somente a partir dessa ação sobrenatural, em nossa alma, é que o novo homem, em Cristo, torna-se possível (Gl 6.15). Temos, aí, a genuína conversão.

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (I)

O novo homem não nasce do sangue nem da carne, mas de Deus, da água e do Espírito.

 

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO—PEDAGÓGICO

 

O Novo Nascimento é uma das mais gloriosas bênçãos dos que foram regenerados pelo Espírito Santo. É o Espírito Santo que opera o novo nascimento (Jo 3.6). Por isso, neste tópico, é a oportunidade de você reafirmar essa tão bela doutrina do Novo Testamento. Faça uma recapitulação da realidade da Queda humana. E mostre que o Novo Nascimento é a garantia de Deus acerca da restauração do ser humano tragado pelo pecado. Assim, mostre que Deus, por meio da cruz de Cristo, e por intermédio do Espírito Santo, garantiu a salvação a todos os que se arrependem de seus pecados e creem no Filho de Deus. Em Cristo, está firmada a nossa eterna salvação.

 

 

II. A JUSTIFICAÇÃO DO NOVO HOMEM

 

O novo homem nasce, através da fé em Jesus Cristo, num contexto de injustiça e pecado. Por isso, precisa de um novo status diante do tribunal de Deus — a justificação pela fé.

1. A inutilidade da justiça humana. Nossas obras, ainda que boas e aparentemente meritórias, não nos salvam nem nos justificam diante de Deus (Ef 2.8,9). Aliás, são elas consideradas trapos de imundície (Is 64.6). Só existe um meio de obtermos a salvação e de nos justificarmos perante o Justo Juiz: a fé nos méritos perfeitíssimos de Jesus Cristo (Rm 5.1).

A partir desse processo, o novo homem passa a ter um novo status jurídico perante Deus (Rm 5.9).

2. A maravilhosa doutrina da justificação. Ao pecador que, pela fé, recebe a Jesus, Deus lhe concede mais que um mero perdão e muito mais que uma anistia; concede-lhe o status de justo, pois a justiça de Cristo muda por completo a “situação jurídica” do réu (1Co 6.11). Este é completamente perdoado; e seus pecados, inteiramente apagados (Hb 10.17).

3. O novo homem é justo. A partir de sua conversão, o pecador passa a ser visto por Deus como se jamais tivesse cometido qualquer injustiça; de agora em diante, é um justo aos olhos de Deus (1Jo 3.7). Haja vista o que houve com o ladrão que, na cruz, creu no sacrifício de Jesus Cristo (Lc 23.42,43).

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (II)

O novo homem foi justificado pela fé em Jesus Cristo, num contexto de injustiça e pecado.

 

 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

 

 

“Assim como a regeneração leva a efeito uma mudança em nossa natureza, a justificação modifica a nossa situação diante de Deus. O termo ‘justificação’ refere-se ao ato mediante o qual, com base na obra infinitamente justa e satisfatória de Cristo na cruz, Deus declara os pecadores condenados livres de toda a culpa do pecado e de suas consequências eternas, declarando-os plenamente justos aos seus olhos. O Deus que detesta ‘o que justifica o ímpio’ (Pv 17.15) mantém sua própria justiça ao justificá-lo, porque Cristo já pagou a penalidade integral do pecado (Rm 3.21-26). Constamos, portanto, diante de Deus como plenamente absolvidos” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. RJ: CPAD, p.372).

 

 

III. A SANTIFICAÇÃO DO NOVO HOMEM

 

Ao contrário da regeneração, que é um ato instantâneo, a santificação é um processo que demanda toda a nossa vida até alcançarmos a estatura de varões perfeitos.

1. A santificação como posicionamento. No exato instante de sua conversão, o pecador arrependido passa a ser visto não apenas como justo, mas também como santo por Deus e pela Igreja (Lc 23.42; 1Co 1.2). Já separado do mundo, torna-se propriedade exclusiva do Senhor (Êx 19.5; 1Pe 2.9). Posicionalmente é santo, embora esteja ainda em processo de santificação.

2. A santificação como processo. O novo homem, em Cristo, ainda que seja visto como santo, e realmente o é, terá de submeter-se a um longo e disciplinado processo de santificação, até que venha a alcançar a estatura do Filho de Deus (Pv 4.18; Ef 4.13).

Na santificação do novo homem, a Palavra de Deus é imprescindível, pois nos conduz ao ideal cristão: perfeição e santidade, para que em tudo sejamos imagem e semelhança de Deus (Gn 17.1; Mt 5.48; 1Pe 1.16).

3. A santificação é a vontade de Deus no novo homem. O novo homem é impossível sem o processo de santificação (Hb 12.14). Quanto mais nos santificamos, mas parecidos nos tornamos com o Senhor Jesus; somos seus imitadores (1Co 11.1). Logo, devemos ver a santificação como a vontade suprema de Deus para a nossa vida (1Ts 4.3). Mas, se pecarmos, o sangue de Jesus Cristo nos purifica de toda a injustiça e impureza (Jo 1.7).

Que a Igreja de Cristo volte a pregar, com mais instância e urgência, a doutrina da santificação. Nenhum impuro ou profano entrará na Jerusalém Celeste (Ap 21.8).

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (III)

A santificação é um processo que demanda toda a nossa vida até alcançarmos a estatura de varões perfeitos.

 

 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

 

 

“Atualmente, há urgente necessidade de renovada ênfase à doutrina da santificação nos círculos pentecostais. Em primeiro lugar porque são raros os pentecostais que hoje aceitariam a ideia de estar precisando de renovação espiritual. A despeito de muitíssimos crentes terem sido batizados no Espírito Santo, são muitas as igrejas pentecostais que não possuem a vitalidade e a eficácia que nelas se evidenciavam em anos anteriores. Em segundo lugar, a ênfase pentecostal ao batismo no Espírito e aos dons sobre naturais do Espírito tem resultado numa falta de ênfase ao restante da obra do Espírito, inclusive a santificação. Em terceiro lugar, a aceitação mais generalizada dos pentecostais e dos carismáticos parece ter ameaçado a distinção tradicional entre a Igreja e o mundo, lançando dúvidas sobre muitos dos antigos padrões de santidade. E, finalmente, os pentecostais de hoje dão muito valor à popularidade que acabaram de conquistar e, no afã de preservá-la, zelam por evitar qualquer aparência de elitismo espiritual” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. RJ: CPAD, p.412).

 

 

CONCLUSÃO

 

Quem recebeu Jesus como o seu Salvador e Senhor, tomou a melhor decisão, pois os seus pecados foram apagados por Cristo. A nova vida em Jesus é um presente de Deus.

E, quando do arrebatamento da Igreja, você será semelhante ao Senhor Jesus, porque esta é a promessa que Ele nos fez por intermédio do apóstolo João: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos” (1Jo 3.2).

Sim, nós os redimidos do Cordeiro, seremos glorificados. E, nessa bem-aventurança, estaremos para sempre com o Senhor.

Que o Cordeiro de Deus seja eternamente louvado!

 

PARA REFLETIR

 

A respeito de “O Novo Homem em Jesus Cristo”, responda:

 

O que o apóstolo João afiança acerca do novo homem?

No prólogo de seu evangelho, o apóstolo João afiança que o novo homem, em Cristo, é, antes de tudo, uma criação espiritual.

 

De que forma o novo homem é justificado perante Deus?

Na fé nos méritos perfeitíssimos de Jesus Cristo (Rm 5.1).

 

Em que consiste a santificação do novo homem?

A santificação é um processo que demanda toda a nossa vida até alcançarmos a estatura de varões perfeitos.

 

O que ocorre com o pecador no exato instante de sua conversão?

No exato instante de sua conversão, o pecador arrependido passa a ser visto não apenas como justo, mas também como santo por Deus e pela Igreja.

 

O que é imprescindível na santificação do novo homem?

Na santificação do novo homem, a Palavra de Deus é imprescindível.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

 

O NOVO HOMEM EM JESUS CRISTO

 

Nesta lição é preciso ressaltar que pela fé em Cristo o ser humano pode se tornar nova criatura. Nesse aspecto, o passado fica para trás e em Cristo tudo se faz novo. Então, passamos ter um novo olhar, uma nova atitude, um novo comportamento. Assim, ocorre a verdadeira conversão no Senhor.

O novo nascimento é uma das mais importantes doutrinas cristãs, pois ninguém pode fazer parte de Reino de Deus se não passar pelo processo de sincera conversão (Jo 3.3). É quando pela fé em Jesus experimentamos uma metanoia, isto é, uma transformação que se inicia do interior para transbordar para o exterior.

Os sentimentos egoístas do coração são substituídos por aquilo que agrada a Deus, os pensamentos passam pela renovação da nossa mente por ação do Espírito Santo, por isso, temos a mente de Cristo (1Co 2.16). De fato, uma nova vida é implantada em nós. Destacar, exemplificar e explorar as verdades desse ensino deve ser o objetivo maior da presente aula.

 

O Novo Nascimento

Quando o ser humano é regenerado, o que acontece é uma ação decisiva e instantânea do Espírito Santo no ser humano. Podemos dizer que ocorre uma nova criação no interior humano: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2Co 5.17). Chama-nos a atenção a expressão “nova criatura é”. Significa que não “será”, muito menos há qualquer ideia relativizada acerca da natureza do novo nascimento. Simplesmente a pessoa que está em Cristo “é uma nova criatura”. De maneira decidida e espontânea ela foi regenerada pelo Espírito Santo e reconciliada com Deus por intermédio de Cristo Jesus (2Co 5.19). Aqui está a garantia da real conversão, da marca de nova criação. Tal experiência é que traz na vida do novo convertido a certeza de que agora ele está seguro em Deus e nada poderá abalar a sua fé.

 

Um convite a desfrutar da presença de Deus

Deus fez tudo novo em nós. O que Ele faz é bom, agradável e perfeito. O nosso maior desafio é jamais deixar de convivermos diariamente com a presença dEle.

É o elemento mais importante para a nossa sobrevivência espiritual. Por isso, não permitir que a frieza espiritual bata a porta da vida nem que a incredulidade invada a mente e escravize o coração, e que o Espírito Santo ensine a quem nasceu de novo são reflexões que devem ser exploradas ao longo da presente lição.