LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS

 

 

4º Trimestre de 2020

 

Título: A fragilidade humana e a soberania divina — O sofrimento e a restauração de Jó

Comentarista: José Gonçalves

 

 

Lição 13: Quando Deus restaura o justo

Data: 27 de Dezembro de 2020

 

 

VÍDEO DE APOIO

 

 

Notas de Aula — Lição 13.

 

 

TEXTO ÁUREO

 

E o SENHOR virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o SENHOR acrescentou a Jó outro tanto em dobro a tudo quanto dantes possuía(Jó 42.10).

 

VERDADE PRÁTICA

 

A restauração do ser humano acontece em razão do amor e da misericórdia de Deus, e não como consequência do esforço pessoal, piedade ou atos de bondade.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda — Jó 42.2

Deus tudo pode e seus planos serão plenamente executados

 

 

Terça — Jó 42.5

A beleza de uma experiência pessoal com Deus

 

 

Quarta — Jó 42.7,8

A repreensão de Deus aos amigos de Jó

 

 

Quinta — Jó 42.9

Os amigos de Jó obedecem a ordenança de Deus

 

 

Sexta — Jó 42.10

Deus restaura a sorte de Jó e lhe devolve tudo em dobro

 

 

Sábado — Jó 42.12

O último estado de Jó foi melhor que o primeiro

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Jó 42.1-17.

 

1 — Então, respondeu Jó ao SENHOR e disse:

2 — Bem sei eu que tudo podes, e nenhum dos teus pensamentos pode ser impedido.

3 — Quem é aquele, dizes tu, que sem conhecimento encobre o conselho? Por isso, falei do que não entendia; coisas que para mim eram maravilhosíssimas, e que eu não compreendia.

4 — Escuta-me, pois, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu ensina-me.

5 — Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te veem os meus olhos.

6 — Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza.

7 — Sucedeu, pois, que, acabando o SENHOR de dizer a Jó aquelas palavras, o SENHOR disse a Elifaz, o temanita: A minha ira se acendeu contra ti, e contra os teus dois amigos; porque não dissestes de mim o que era reto, como o meu servo Jó.

8 — Tomai, pois, sete bezerros e sete carneiros, e ide ao meu servo Jó, e oferecei holocaustos por vós, e o meu servo Jó orará por vós; porque deveras a ele aceitarei, para que eu vos não trate conforme a vossa loucura; porque vós não falastes de mim o que era reto como o meu servo Jó.

9 — Então, foram Elifaz, o temanita, e Bildade, o suíta, e Zofar, o naamatita, e fizeram como o SENHOR lhes dissera; e o SENHOR aceitou a face de Jó.

10 — E o SENHOR virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o SENHOR acrescentou a Jó outro tanto em dobro a tudo quanto dantes possuía.

11 — Então, vieram a ele todos os seus irmãos e todas as suas irmãs e todos quantos dantes o conheceram, e comeram com ele pão em sua casa, e se condoeram dele, e o consolaram de todo o mal que o SENHOR lhe havia enviado; e cada um deles lhe deu uma peça de dinheiro, e cada um, um pendente de ouro.

12 — E, assim, abençoou o SENHOR o último estado de Jó, mais do que o primeiro; porque teve catorze mil ovelhas, e seis mil camelos, e mil juntas de bois, e mil jumentas.

13 — Também teve sete filhos e três filhas.

14 — E chamou o nome da primeira, Jemima, e o nome da outra, Quezia, e o nome da terceira, Quéren-Hapuque.

15 — E em toda a terra não se acharam mulheres tão formosas como as filhas de Jó; e seu pai lhes deu herança entre seus irmãos.

16 — E, depois disto, viveu Jó cento e quarenta anos; e viu a seus filhos e aos filhos de seus filhos, até à quarta geração.

17 — Então, morreu Jó, velho e farto de dias.

 

HINOS SUGERIDOS

 

46, 108, e 186 da Harpa Cristã.

 

OBJETIVO GERAL

 

Mostrar o grande amor de Deus evidenciado na prosperidade de seus filhos.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

 

  • I. Sublinhar a atitude humilde de Jó em receber a repreensão divina pelos equívocos cometidos;
  • II. Destacar a espiritualidade de Jó demonstrada na intercessão pelos seus amigos;
  • III. Comentar sobre o último estado de Jó e suas implicações positivas para o entendimento do livro.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

 

Chegamos ao encerramento de mais um de trimestre. Essa é uma excelente oportunidade para fazer um diagnóstico de como foi a sua performance de educador ou educadora cristã. Procure avaliar como a sua turma se comportou ao longo do trimestre. Como foi o método usado, a interação e a percepção dos alunos. Isso pode ser feito por meio de perguntas individuais aos alunos. Você pode pesquisar na internet uma série de modelos de avaliação e adaptá-los a fim de que tenha uma amostra em sua classe. O importante é que você não deixe escapar a oportunidade de fazer uma autoavaliação, bem como avaliar toda a classe.

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

Nesta última lição trataremos sobre a restauração de Jó. Veremos que ela se dá quando ele se humilha diante de Deus e intercede por seus amigos. Constataremos também que o testemunho de Deus sobre Jó provou ser verdadeiro, e seus amigos tiveram de se retratar. Durante toda provação, ele se manteve íntegro e não lhe foi atribuída impiedade alguma. Pelo contrário, o Senhor o restaurou de forma grandiosa.

 

PONTO CENTRAL

 

Deus restaura o ser humano por causa de seu amor e misericórdia.

 

I. A HUMILHAÇÃO DE JÓ

 

1. O Jó humilhado. Os capítulos 38, 39 e 40 demonstram como Deus expôs a Jó sua onipotência na Criação e sapiência em preservá-la. Ele mostrou que o patriarca era incapaz de, não apenas compreender a dinâmica da Criação, mas, sobretudo, fazer algo parecido com ela. Jó se convenceu de que seus próprios questionamentos eram injustos. Se ele não era capaz de fazer o que Deus fez, então, com que direito criticava os caminhos divinos? Se apenas uma das criaturas de Deus era capaz de impor terror em Jó, como se comportaria ele diante do Criador dessas criaturas?

2. Reverência e submissão. Diante da assombrosa visão da Criação de Deus, Jó agora exclama: “Bem sei eu que tudo podes” (Jó 42.2). Esse versículo demonstra sua atitude de reverência e submissão diante de Deus. Ele percebe que tudo o que aconteceu em sua vida tinha um desígnio divino e, portanto, era tolice discutir ou questionar com a sapiência divina: “Quem é aquele, dizes tu, que sem conhecimento encobre o conselho? Por isso, falei do que não entendia” (Jó 42.3; cf. 38.2). Ao repetir a censura que Deus lhe fizera anteriormente, no capítulo 38, Jó demonstra não ver mais injustiça alguma nas ações de Deus. Ele admite que agiu com presunção, pois desconhecia os sábios propósitos divinos.

3. Uma experiência viva com Deus. A postura de Jó diante de Deus muda drasticamente. Ele ainda continua a se dirigir a Ele, mas não da mesma forma que fazia. Agora sua atitude é humilde, reflexo de uma experiência viva com Deus, conforme descrita nas seguintes palavras: “Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te veem os meus olhos” (Jó 42.3). Para Jó, Deus era conhecido apenas de ouvido, mas agora o patriarca viu o Criador. Essa experiência mudou-lhe a forma de ser. Segundo o teólogo Roy Zuck, Jó possuía um conhecimento de Deus apenas por tradição, de segunda ou terceira mão; mas agora ele o conhecia por meio de uma experiência pessoal.

Não podemos nos contentar com um conhecimento teórico acerca de Deus, mas devemos experimentá-lo. Quando temos experiências vivas com o Altíssimo, renunciamos aos nossos “achismos” (42.3), confessamos nossa miséria “no pó e na cinza” (42.6), rejeitamos o nosso orgulho e rebeldia. Deus é glorificado em todas as áreas da vida.

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (I)

A humilhação de Jó resultou em humildade, reverência, submissão e experiência com Deus.

 

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO—PEDAGÓGICO

 

Esta lição fala a respeito da restauração do justo. À medida que você desenvolver o assunto, deixe claro a importância de o crente experimentar pessoalmente a Deus. Além de conhecermos a Palavra, precisamos também conhecer o Deus da Palavra. É muito importante que os nossos alunos sejam estimulados a irem além da teoria: experimentar pessoalmente a Deus. Estimule-os para tal realidade. Se puder, busque biografias do meio pentecostal que destacam lindas experiências que homens e mulheres tiveram com o Senhor. Apresente-as à classe. Nesse sentido, a nossa história é muito rica. Aqui, sugerimos a Coleção Clássicos do Movimento Pentecostal, editada pela CPAD, para lhe auxiliar.

 

 

II. A INTERCESSÃO DE JÓ

 

1. A ira de Deus. Após ter se dirigido a Jó, o Senhor volta-se para Elifaz, o temanita: “A minha ira se acendeu contra ti, e contra os teus dois amigos; porque não dissestes de mim o que era reto, como o meu servo Jó” (Jó 42.7). Estas palavras dizem muito sobre o conteúdo teológico do livro de Jó. Demonstram que as exposições feitas pelos seus amigos não eram todas verdadeiras, pois partiam de premissas falsas. Eles não apenas acusaram o patriarca, mas associaram o seu sofrimento a algum pecado cometido por ele. Jó havia se humilhado, mas não do que lhe acusavam. Ele humilhou-se a respeito de suas falas precipitadas que revelavam orgulho e falta de bom senso. Em outras palavras, ele errou durante o seu sofrimento, mas não por conta de pecados cometidos antes do atual sofrimento.

2. O pecado dos amigos de Jó. Representados por Elifaz (42.7,9), o mais velho, o pecado dos amigos de Jó foi evidentemente exaltar a justiça de Deus, mas limitar seu poder soberano. Para eles, todo sofrimento deveria ser uma consequência de um juízo divino como resposta a um pecado praticado. Como o livro de Jó demonstra, quando dentro dos propósitos de Deus, o sofrimento é uma manifestação de seu amor e graça e não uma forma de punição (Jó 1.8-12). Paulo corrobora esse princípio quando diz que nos foi concedida a graça de padecermos por Cristo e não apenas de crermos nele (Fp 1.29). Nisto os amigos de Jó pecaram e, por isso, precisavam da intercessão do homem de Uz.

3. A oração de Jó. Deus dirige-se aos amigos de Jó e aconselha-os irem ao patriarca para que este interceda por eles (Jó 42.7,8). Esse episódio mostra que uma teologia errada, evidentemente, conduz para uma crença igualmente equivocada. Os amigos de Jó defenderam Deus de forma enérgica e sincera, mas errada. O sofrimento do patriarca não veio como uma punição, mas como provação. A fidelidade de Jó foi provada por Deus e ele foi aprovado pelo Criador, pois continuava íntegro e com seu caráter reto, conforme sua humilhação demonstrou. Agora, esse homem, outrora acusado de pecador pelos seus amigos, os socorrerá por meio da oração.

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (II)

Deus fez com que Jó intercedesse pelos seus amigos.

 

 

SUBSÍDIO BÍBLICO—TEOLÓGICO

 

 

“Mesmo em frangalhos, e mesmo não passando de ruínas, deveria Jó, naquele momento, atuar como sacerdote daqueles que muito o feriram com suas palavras. Que incrível semelhança com o Senhor Jesus Cristo! Nosso Salvador, embora tenha sido retratado pelo profeta como alguém desprovido de parecer e formosura, intercedeu por nós pecadores (Is 53.2,3,12). Se este retrato que o profeta revela do Senhor parece forte, o que diremos da pintura que do mesmo Salvador faz Davi: ‘Mas eu sou verme, e não homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo’ (Sl 22.6)? No auge da angústia, Jó era mui semelhante ao Senhor Jesus. Mas quão distante achava-se ele da glória exterior do sacerdócio araônico! No entanto, caber-lhe-ia orar por seus amigos, e por seus amigos oferecer os sacrifícios prescritos pelo Senhor” (ANDRADE, Claudionor de. Jó: O Problema do Sofrimento do Justo e o seu Propósito. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p.191).

 

 

III. A RESTAURAÇÃO DE JÓ

 

1. Restauração moral e espiritual. A restauração de Jó acontece primeiramente nas dimensões moral e espiritual. Convém destacar que as bênçãos recebidas por ele devem ser vistas como uma restauração e não retribuição. Não há uma teologia da retribuição no Livro de Jó, onde o ímpio é sempre punido e o justo sempre recompensado. A mensagem de Jó é diametralmente oposta a esse princípio. A lição moral e espiritual do livro é que Deus abençoa os homens porque os ama e não porque estão envolvidos numa troca de favores em que prevalece uma barganha espiritual.

2. Restauração social e material. A restauração de Jó também aconteceu nas dimensões social e material (Jó 42.11). As calamidades que sobrevieram sobre ele, especialmente, suas feridas físicas e emocionais, o expulsaram do convívio social. Ele suportou sozinho o que pensavam ser um julgamento de Deus. Mas agora todos veem a graça divina derramada de forma abundante sobre ele. Era, portanto, a hora de voltar ao convívio social e desfrutar de tudo o que o Senhor lhe deu, pois “o SENHOR acrescentou a Jó outro tanto em dobro a tudo quanto dantes possuía” (Jó 42.10).

A restauração que o Senhor Jesus faz na vida do ser humano leva em conta todas as dimensões da vida. Ele restaura a vida espiritual, moral, social, material, trazendo dignidade ao homem que teve, por meio da graça divina, a imagem de Deus restaurada.

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (III)

A restauração de Jó se deu nas esferas moral, espiritual, social e material.

 

 

SUBSÍDIO BÍBLICO—TEOLÓGICO

 

 

“Afirmou um crítico literário, certa vez, que dois são os defeitos do Livro de Jó. O primeiro é que o antagonista da história — Satanás — sai de cena ainda no prólogo. E o segundo é que, diferentemente dos dramas gregos, romanos e ingleses, a história de Jó tem um final feliz. Não obstante, acrescenta o crítico literário, o Livro de Jó é o mais belo poema de todos os tempos. O que os críticos literários seculares classificam como defeito, nós chamamos de perfeição. Pois, de uma forma magistral o autor sagrado pôde conduzir o drama de Jó sem a presença do adversário. E se o Livro de Jó é concluído com final feliz, é porque se manteve com absoluta fidelidade aos fatos. Se os gregos, romanos e ingleses não se afeitam aos finais felizes, os que servimos a Deus sabemos que, apesar das intempéries, sempre haverá um final surpreendente venturoso àqueles que confiam nas promessas de Deus. Conforte-se na história de Jó! Se as suas angústias são grandes, maiores ser-lhe-ão as consolações. De toda essa provação, sairá alguém bem melhor. Em sua história, também haverá um final feliz” (ANDRADE, Claudionor de. Jó: O Problema do Sofrimento do Justo e o seu propósito. Rio de Janeiro: CPAD, 2020, pp.196,197).

 

 

CONCLUSÃO

 

Chegamos ao final de mais um trimestre. Aprendemos que nem sempre os ímpios são punidos e nem sempre os justos são recompensados. Mas Deus julga os perversos e abençoa os justos, pois todos fazem parte de um universo governado por leis e princípios morais. Todavia, isso não é tudo. Deus é soberano e pode atuar fora das linhas que habitualmente acreditamos que Ele opere. Assim, podemos aprender que Deus não nos prova porque deseja nos punir, mas porque nos ama. Ele deseja demonstrar ao seu adversário, o Diabo, que os homens podem servi-lo sinceramente, sem uma relação de troca. Jó provou que o Diabo estava errado e que Deus esteve sempre certo.

 

PARA REFLETIR

 

A respeito de “Quando Deus Restaura o Justo”, responda:

 

O que os capítulos 38,39 e 40, do Livro de Jó, demonstram?

Os capítulos 38,39 e 40 demonstram como Deus expôs a Jó sua onipotência na Criação e sua sapiência em preservá-la.

 

Qual era o conhecimento de Jó acerca de Deus?

Segundo o teólogo Roy Zuck, Jó possuía um conhecimento de Deus apenas por tradição, de segunda ou terceira mão; mas agora ele o conhecia por meio de uma experiência pessoal.

 

De quê Jó arrependeu-se?

Jó humilhou-se pelas suas falas precipitadas que revelaram orgulho e falta de bom senso.

 

O que o episódio dos amigos de Jó pedindo-lhe intercessão a Deus mostra?

Esse episódio mostra que uma teologia errada, evidentemente, conduz para uma crença igualmente errada.

 

O que Jó suportou sozinho?

Ele suportou sozinho o que pensavam ser um julgamento de Deus.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

QUANDO DEUS RESTAURA O JUSTO

 

Deus restaura o justo. Nesta última lição analisaremos a ação de Deus para com a situação de Jó. O livro é concluído de maneira positiva. O patriarca recebe tudo o que havia perdido. Todavia, nada disso ocorreu sem que ele se humilhasse e intercedesse pelos seus amigos. Aqui, há uma lição muito bonita: Deus nos abençoa quando os nossos olhos estão voltados para o outro. A humilhação de Jó — que foi tirar os olhos de si — e a intercessão aos seus amigos — que foi olhar para o outro — revelam o quanto Deus se agrada desse ato.

 

RESUMO DA LIÇÃO

Nesta lição, nosso grande objetivo é mostrar o grande amor de Deus evidenciado na prosperidade de seus filhos. Para isso, temos mais três importantes objetivos específicos a serem atingidos.

O primeiro objetivo é sublinhar a atitude humilde de Jó em receber a repreensão divina pelos equívocos cometidos. Deus falou claramente com Jó, e o primeiro tópico revela sua humilhação, reverência e submissão a Deus. Essa postura levou-o a ter uma verdadeira experiência com o Criador. Humilhação diante do Pai nos leva a um verdadeiro e maravilhoso encontro com ele.

O segundo objetivo é destacar a espiritualidade de Jó, demonstrada na intercessão pelos seus amigos. A humilhação diante de Deus o compungiu a olhar para os seus amigos e rogar a Deus por eles. Seus amigos haviam atraído a ira de Deus por causa de todas as duras palavras proferidas por eles. A oração de Jó foi um apelo para que a misericórdia divina estivesse sobre seus amigos. Aprendemos, aqui, que devemos olhar para os que nos atacam com um olhar de misericórdia, de amor. Lembremos da oração de Jesus na cruz (Lc 23.34).

O terceiro objetivo é comentar sobre o último estado de Jó e suas implicações positivas para o entendimento do livro. O terceiro tópico mostra que da mesma forma que Jó foi provado em toda as esferas de sua existência, ele foi restituído de maneira inteira também. Deus restaurou a sua vida moral e espiritual, bem como a social e material. Ele voltou a ter o respeito de seus pares, mas com uma distinção: seus olhos contemplaram diretamente a Deus. O patriarca o conhecia por experiência pessoal.

Se Deus havia provado Jó para ele crescer e aprender mais, pois o Criador também tem prazer em abençoar o justo. E Ele o faz por causa de sua generosidade, misericórdia e amor.