LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

JOVENS

 

 

4º Trimestre de 2021

 

Título: Jesus Cristo voltará — Fé e perseverança para o glorioso Dia com o Senhor da Igreja

Comentarista: Reinaldo Odilo

 

 

Lição 8: A singularidade de Israel nos Últimos Dias

Data: 21 de Novembro de 2021

 

 

TEXTO DO DIA

 

E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.(Gn 12.3).

 

SÍNTESE

 

Israel é a “menina dos olhos” de Deus, para quem foram feitas promessas inefáveis. Deus ainda tem um plano com o seu povo.

 

AGENDA DE LEITURA

 

SEGUNDA — Os 11.1

Israel, o povo amado do Senhor

 

 

TERÇA — Lc 21.29,30

Israel, o relógio de Deus

 

 

QUARTA — Zc 2.8

Israel, a “menina dos olhos” de Deus

 

 

QUINTA — Jr 31.31-34

A aliança de Deus com Israel

 

 

SEXTA — Rm 9.3,4

Israel, de quem são “a glória… e as promessas”

 

 

SÁBADO — Sl 89.36,37

Israel, um povo que durará para sempre

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • MOSTRAR o plano divino para Israel;
  • EXPLICAR o juízo e a redenção para Israel;
  • COMPREENDER por que devemos orar por Israel.

 

INTERAÇÃO

 

Professor(a), nesta lição estudaremos a singularidade de Israel nos últimos dias. Vemos na Síntese da lição que “Israel é a ‘menina dos olhos’ de Deus, para quem foram feitas promessas inefáveis”. Ao longo da história o Senhor sempre se manteve fiel ao seu povo, livrando-os e guardando dos seus inimigos. A criação do Estado de Israel é na verdade um milagre divino. É uma mostra da aliança feita ao patriarca Abraão no livro de Gênesis 12. Ao longo dos anos, muitas são as tentativas de destruir Israel. Diariamente vemos nos noticiários vários ataques aos judeus, pois quase que diariamente mísseis são enviados contra o território de Israel. Nesta aula mostre algumas notícias veiculadas na mídia envolvendo o Estado de Israel. Explique que Israel é o “relógio escatológico” divino.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

 

Professor(a), para a introdução da lição faça a seguinte pergunta aos alunos: “Quem deu a terra de Israel ao povo judeu?”. Ouça os alunos com atenção e incentive a participação de todos. Em seguida, mostre algumas reportagens, extraídas de sites de notícias da internet a respeito de conflitos de terra envolvendo os israelitas. Explique aos alunos que de acordo com a obra “Em Defesa de Israel” de John Hagee, página 66, “Deus deu ao povo judeu a terra de Israel, por concerto divino (Gn 15.17-21; 17.7,8). Esse concerto é um concerto de sangue; é eterno e imutável. E não pode ser recomendada pelas Nações Unidas nem pelo Departamento de Estado Americano. Qualquer nação que forçar Israel a ‘repartir a terra’ se colocará sob o juízo rápido e certo de Deus (Jl 3.2). Os concertos que Deus faz com o seu povo são eternos, não terão fim. Eles não se baseiam na fidelidade dos homens a Deus; baseiam-se na fidelidade de Deus aos homens”.

 

TEXTO BÍBLICO

 

Salmos 89.29-34.

 

29 — E conservarei para sempre a sua descendência; e, o seu trono, como os dias do céu.

30 — Se os seus filhos deixarem a minha lei e não andarem nos meus juízos.

31 — Se profanarem os meus preceitos e não guardarem os meus mandamentos.

32 — então, visitarei com vara a sua transgressão, e a sua iniquidade, com açoites.

33 — Mas não retirarei totalmente dele a minha benignidade, nem faltarei à minha fidelidade.

34 — Não quebrarei o meu concerto, não alterarei o que saiu dos meus lábios.

 

COMENTÁRIO DA LIÇÃO

 

INTRODUÇÃO

 

Deus escolheu os israelitas com um propósito. Em todo o Antigo Testamento podemos ver a trajetória desse povo que, desde os primórdios, prospera abundantemente, mas que também sofre perseguições e tentativas de extermínio. Hoje estudaremos as promessas e propósitos de Deus para a nação de Israel que se cumprirão no futuro.

 

I. O PLANO DIVINO PARA ISRAEL

 

1. Um povo escolhido. Deus escolheu, chamou Abrão e ordenou que ele saísse de sua terra, do meio da sua parentela para uma terra que Ele lhe mostraria. Posteriormente, o Senhor fez uma promessa ao patriarca: “E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção” (Gn 12.2). Algum tempo depois, a descendência de Abrão cresceu e formou o povo hebreu.

Ao longo da história bíblica, podemos observar que Deus manteve-se fiel à sua aliança com Israel. Além disso, o fato de os judeus permanecerem presente no cenário geopolítico ainda hoje demonstra, à toda prova, que se trata de um povo distinto. É importante lembrar que os babilônicos, assírios, filisteus, edomitas, amalequitas, dentre tantos outros que quiseram destruí-lo, foram objetos de juízo e hoje já não existem mais. A bênção do Senhor permanece sobre os israelitas.

2. Um povo com propósito. Após chamar a Abrão, e prometer fazer dele uma grande nação, Deus estabeleceu um propósito: “E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). Israel, portanto, foi escolhido para ser canal de bênção para todas as nações. Por intermédio de Israel todos os povos da terra iriam conhecer o Todo-Poderoso.

3. Um povo com um futuro. O futuro glorioso de Israel é uma certeza profética. Podemos observar esta esperança nas Escrituras ao considerarmos as promessas feitas aos patriarcas, ao rei Davi e aos profetas. Essa esperança também está implícita nas palavras de Jesus quando inquirido, pelos discípulos, sobre o momento em que restauraria o reino a Israel. O Mestre disse que não lhes competia saber aquela informação (At 1.7), deixando subentendido, que tal fato aconteceria no futuro.

Também vemos esse tema nos escritos de Paulo. Ele afirma que assim como os gentios estão sendo alcançados pelas misericórdias de Deus por meio de Cristo, ainda chegará o tempo em que Israel será novamente envolvido na mesma misericórdia (Rm 11.30-32).

 

 

Pense!

Por qual motivo Israel sempre foi, e é, odiado por tantos países?

 

 

Ponto Importante

Observando a História, podemos perceber que Deus manteve-se fiel à sua aliança com o povo de Israel.

 

 

II. JUÍZO E REDENÇÃO PARA ISRAEL

 

1. O tempo da “angústia para Jacó”. “Ah! Porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! E é tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será salvo dela” (Jr 30.7). Com essas palavras, Deus anunciava, peto profeta Jeremias, como seria o tempo da Grande Tributação para os judeus.

Segundo o pastor Antônio Gilberto, na obra Calendário da Profecia, “a Grande Tributação visa em primeiro plano os judeus, mas o mundo todo sofrerá também. Deus entrará em juízo com o seu antigo povo, para expurgá-lo e levá-lo ao arrependimento e conversão”. Ninguém deve estranhar esse sofrimento nacional necessário para os judeus, tantas vezes já vivido ao longo da História, sempre como reação de Deus às decisões equivocadas dos filhos de Israel.

Essa tributação derradeira, porém, será a mais dramática e angustiante de todas, como já anunciou o profeta Malaquias (Ml 4.1).

Durante a Grande Tributação, após um período de três anos e meio de aparente harmonia, haverá um rompimento entre a Besta e o povo de Israel, pois ela porá uma imagem sua no Templo de Jerusalém. E após isso, ela manifestará o seu caráter diabólico e começará uma efetiva perseguição contra os judeus (Dn 9.27; Mt 24.15; 2Ts 2.4; Ap 11.2). Diante de um ataque ferrenho, Israel compreenderá que estará à beira da extinção, mas esse não será o seu fim, pois os judeus clamarão pela vinda do Messias prometido, o qual os ouvirá e virá em socorro (Ml 4.2a).

2. O tempo da vitória de Jacó. É nesse contexto de grande aflição que Jesus descerá para socorrer ao povo de Israel. Ele descerá sobre o Monte das Oliveiras, em Jerusalém (Zc 14.4).

As Escrituras Sagradas afirmam que todas as nações vão se unir para pelejarem contra Jerusalém. A cidade será tomada, e as casas serão saqueadas e destruídas (Zc 14.2). Contudo, haverá um tempo de glória e restauração para Jerusalém. Isaías profetizou dizendo que a cidade de Davi será um centro de adoração para as nações (Is 2.2,3). No Milênio ela será a sede do governo do Messias sobre as nações, o qual trará paz sobre todo o mundo (Is 2.4).

3. O tempo da glorificação de Jacó. Enquanto nação, Israel não creu em Jesus como o Cristo. Entretanto, nesses últimos dias, haverá um remanescente judaico que reconhecerá a Jesus como o seu Messias Redentor prometido e, em escala nacional, todos o aceitarão, chorando (Is 4.3; 59.20,21; 60.21; Rm 9.27; 11.25-27).

Israel será salvo pelo Senhor, o qual destruirá seus inimigos e exaltará Jerusalém sobre todas as cidades da Terra (Zc 14.8-11).

 

 

Pense!

O “tempo da angústia de Jacó” ainda é uma manifestação da misericórdia de Deus, pois é nesse tempo que o povo de Israel se converterá ao Messias.

 

 

Ponto Importante

No momento mais tenebroso para os descendentes de Jacó, Jesus voltará em glória, com sua Noiva, para dar a vitória a Israel.

 

 

III. OREMOS POR ISRAEL

 

1. Deus pede que oremos por Israel. O salmista Davi, inspirado pelo Espírito, pediu que orássemos “pela paz de Jerusalém” (Sl 122.6). Em Jerusalém o Senhor Jesus ao ver a cidade, chorou e disse: “Ah! Se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence!” (Lc 19.42a).

2. Jesus pede que oremos por Israel. No sermão profético, Jesus “pediu oração” para que a fuga dos judeus, às vésperas da batalha do Armagedom, não acontecesse na estação do inverno, e que esse dia específico não fosse sábado (Mt 24.20).

É da vontade de Deus que oremos por Israel. Muitos criticam, acusam, hostilizam e odeiam os judeus, demonstrando um sentimento antissemita, contudo o crente deve amar e orar, diariamente, pela paz de Israel.

Deus se apresenta no Antigo Testamento como o Jeová-Shalom, ou seja, o Deus de paz. Jesus também é apresentado pelo profeta Isaías como o Príncipe da Paz. Então, podemos afirmar que Deus deseja que a paz repouse sobre a cidade de Davi.

3. O ódio do Inimigo por Israel. À primeira vista, pode parecer “apenas” uma antipatia contra os judeus, entretanto, trata-se, na verdade, de um ódio estabelecido a partir de uma inspiração diabólica.

O Senhor deseja que o povo de Israel seja alvo das nossas orações e amor, pois temos uma grande dívida com ele, que é, e sempre será, canal de bênçãos para os povos do mundo (Gn 12.3).

 

 

Pense!

Quais as razões para se afirmar que Israel é um canal de bênçãos para o mundo?

 

 

Ponto Importante

A Bíblia foi escrita, quase em sua totalidade, por judeus. A salvação vem dos judeus (Jo 4.22). Jesus e os apóstolos eram judeus. Isso é o suficiente para você entender nossa dívida com eles?

 

 

CONCLUSÃO

 

Israel é um povo escolhido por Deus. Os descendentes de Abraão receberam as promessas do Senhor e um grande propósito, como vimos nesta lição. Deus ainda tem planos com o seu povo, que terá um reencontro com Ele em meio a uma terrível dor. O Altíssimo completará sua obra com o povo de Israel restaurando-o.

 

ESTANTE DO PROFESSOR

 

 

HAGEE, John. Em Defesa de Israel: Um Mandato Bíblico para Apoiar o Estado Judeu. Rio de Janeiro: CPAD. 2009.

 

HORA DA REVISÃO

 

1. Qual texto bíblico registra as primeiras promessas de Deus feitas para Abrão e seus descendentes?

Gênesis 12.

 

2. Deus tinha um plano com o povo de Israel no passado e ainda tem um plano com esse povo no futuro?

Sim. Israel é a “menina dos olhos” de Deus (Zc 2.8).

 

3. Segundo a lição, como a Grande Tributação é referida em Jeremias 30.7?

Como um tempo de angústia tão grande como nunca houve sobre a terra.

 

4. Durante a Grande Tributação, quando Israel clamará a Deus por socorro?

Quando estiver à beira da extinção.

 

5. Por que devemos orar por Israel?

Porque é uma ordenança bíblica. O salmista pede, inspirado pelo Espírito Santo, que oremos pela paz de Jerusalém (Sl 122.6).

 

SUBSÍDIO I

 

 

“Desde 1948, Israel jamais desfrutou de um momento de paz e segurança, no qual pudesse baixar sua guarda. A nação de Israel moderna nunca teve realmente um tempo de paz, mas apenas pequenas tréguas sem guerras. Quando contemplamos a volátil situação do Oriente Médio em nossos dias, podemos refletir: ‘Quando Israel desfrutará de um tempo de paz e segurança tal qual descrito em Ezequiel 38?’.

A Bíblia menciona apenas dois momentos no futuro de Israel em que a nação terá paz. Há o período de três anos e meio que perfaz a primeira parte da Grande Tributação, período que terá início quando o Anticristo firmar um tratado de paz com Israel (Dn 9.27).

O segundo momento de paz virá quando o Príncipe da Paz, o Senhor Jesus, retornar do céu para a terra a fim de destruir os inimigos de Israel e inaugurar seu reino milenial de regozijo e paz a partir de Israel. Isaías 2.4 afirma de forma explícita que aquele será um tempo de paz: ‘E ele exercerá o seu juízo sobre as nações e repreenderá a muitos povos: e estes converterão as suas espadas em enxadões e as suas lanças, em foices: não levantará espada nação contra nação, nem aprenderão mais a guerrear’” (LAHAYE, Tim (Ed.). Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2008. pp.245,246).

 

SUBSÍDIO II

 

 

“Ezequiel 38.1-6 lista dez nomes próprios que ajudam a identificar a força invasora, dentre os quais nove descrevem localizações geográficas. ‘Gogue’ constitui a única exceção. Esta palavra não é um local ou um nome próprio de pessoa, mas é um título, como Faraó, César ou Presidente. ‘Gogue’ significa uma montanha elevada, um ápice, algo supremo ou um monte. Gogue será o líder desta invasão. Ele também é chamado de príncipe.

Os nomes apresentados por Ezequiel são denominações antigas, pertencentes a nações que existiam em sua época. Eram nações conhecidas em seus dias, mas totalmente estranha para nós. Nossa tarefa é determinar que países, hoje em dia, habitam aquelas antigas terras.

Ezequiel 38.7-9 explica que eles invadirão as terras de Israel e que virão a partir dos ‘montes de Israel’.

Ezequiel dá três pistas importantes a respeito do momento da invasão. Em primeiro lugar, ele afirma claramente que a invasão acontecerá ‘no fim dos anos’ (Ez 38.8). Em todo o Antigo Testamento, somente aqui vemos esta frase. Outra frase semelhante aparece em Ezequiel 38.16: ‘Nos últimos dias, hei de trazer-te contra a minha terra’. Esta expressão é utilizada no Antigo Testamento em relação ao fim da tributação de Israel ou à derradeira restauração de Israel no reino messiânico (Is 2.2; Jr 23.20; 30.24)” (LAHAYE, Tim (Ed.). Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, pp.244,245).