LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS

 

 

3º Trimestre de 2022

 

Título: Os ataques contra a Igreja de Cristo — As sutilezas de Satanás nestes dias que antecedem a volta de Jesus Cristo

Comentarista: José Gonçalves

 

 

Lição 3: A sutileza da imoralidade sexual

Data: 17 de Julho de 2022

 

 

VÍDEO DE APOIO

 

 

Notas de Aula — Lição 3.

 

 

TEXTO ÁUREO

 

Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo.(1Co 6.18).

 

VERDADE PRÁTICA

 

As Escrituras condenam toda forma de prática sexual fora da esfera do casamento constituído por Deus.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda — Gn 1.27

O padrão divino para expressão sexual

 

 

Terça — 1Co 6.13

A sacralidade do corpo humano

 

 

Quarta — 1Co 6.15

O cristão como membro do Corpo de Cristo

 

 

Quinta — Mt 5.31,32; 1Co 6.9

A condenação do adultério

 

 

Sexta — Mt 19.5

A relação sexual na esfera do casamento

 

 

Sábado — 1Co 6.20

A necessidade de glorificar a Deus com o corpo

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

1 Coríntios 6.15-20; Romanos 1.26-28.

 

1 Coríntios 6

15 — Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, pois, os membros de Cristo e fá-los-ei membros de uma meretriz? Não, por certo.

16 — Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só carne.

17 — Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito.

18 — Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo.

19 — Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?

20 — Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.

 

Romanos 1

26 — Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza.

27 — E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.

28 — E, como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convém;

 

HINOS SUGERIDOS

 

60, 75 e 76 da Harpa Cristã.

 

PLANO DE AULA

 

1. INTRODUÇÃO

 

A presente lição tem o objetivo de destacar o processo de distorção da moralidade sexual que a sociedade atual vem passando. Invariavelmente, esse processo atinge a igreja local. Por isso, iniciamos a lição contextualizando historicamente o início da denominada Revolução Sexual. Demos como exemplos dessa revolução: a banalização do sexo pré-conjugal, do extraconjugal e, consequentemente, a normalização da homossexualidade. Finalmente, apresentamos o padrão bíblico da moralidade sexual cristã.

 

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

 

A) Objetivos da Lição: I) Explicar a Revolução Sexual na sociedade atual; II) Pontuar a pecaminosidade do relacionamento pré-conjugal, extraconjugal e homossexual; III) Apresentar o padrão bíblico para o relacionamento sexual sadio.

B) Motivação: É notório a banalização do relacionamento sexual na sociedade atual. Por isso, é importante refletir acerca de um sentido mais profundo, segundo as Escrituras apresentam, da moralidade sexual na fé cristã.

C) Sugestão de Método: Para ampliar mais o primeiro tópico, pesquise a respeito do Movimento de Maio de 1968. Foi um movimento de estudantes franceses em Paris que se levantaram contra a separação entre rapazes e moças no alojamento da Universidade de Paris. Esse fenômeno ficou conhecido pela seguinte frase: “É proibido proibir”. Pesquise esse movimento por meio de sites especializados para contextualizar o primeiro tópico.

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

 

A) Aplicação: O padrão bíblico para o relacionamento sexual envolve trazer a vida ao mundo por meio da procriação e da satisfação sexual do casal. Esse é um ponto importante a ser ressaltado, pois a revolução sexual descartou o primeiro propósito e banalizou o segundo. É preciso adequar, do ponto de vista bíblico, o propósito de Deus para o relacionamento sexual sadio.

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

 

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio às Lições Bíblicas Adultos. Na edição 91, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “A Revolução Sexual” amplia o primeiro tópico; 2) O texto “Uma Grande Contradição” traz uma exemplificação da contradição natural, psicológica e espiritual da homossexualidade.

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

Nesta lição abordaremos questões relacionadas à sexualidade. Destacaremos que a revolução sexual provocou grandes mudanças na forma como a sexualidade era vista e praticada no Ocidente. Práticas antes vistas como pecaminosas e, até mesmo criminosas, passaram a ser tratadas com naturalidade e normalidade. Por exemplo, o sexo antes do casamento e entre pessoas solteiras, que era visto como fornicação, passou a ser uma prática cada vez mais aceita e tolerada. Da mesma forma, o adultério, que já foi tratado como crime, também passou a ser visto com naturalidade, bem como a normalização da homossexualidade.

 

 

Palavra-Chave:

 

IMORALIDADE

 

 

I. A REVOLUÇÃO SEXUAL

 

1. Um novo paradigma para a sexualidade. O paradigma judaico-cristão moldou a cultura ocidental durante séculos. Dentro desse modelo cultural, os valores morais prevalecentes eram aqueles extraídos da Bíblia ou inferidos a partir dela.

Nesse aspecto, a sexualidade humana era vista como algo sagrado e que, portanto, deveria ser exercida dentro dos parâmetros estabelecidos por esse modelo. Dessa forma, as relações sexuais deveriam ser heterossexuais e monogâmicas, não sendo consideradas normais ou aceitas nenhuma outra forma de expressão sexual (Gn 1.27). Havia, portanto, uma visão conservadora sobre a forma como a sexualidade deveria se expressar.

2. A quebra de um “tabu”. A partir dos anos de 1960, o Ocidente passa por grandes mudanças sociais. Os movimentos de contestação, principalmente da moral cristã, ganham cada vez mais visibilidade. Com a chegada da TV, a contracultura chega com muito mais força e de uma forma muito mais presente nos lares. Os historiadores observam, por exemplo, que a contracepção e a nudez em público, e outras formas alternativas de sexualidade, bem como a legalização do aborto, foram fenômenos que começaram a ganhar força nas sociedades ocidentais a partir dessa época. Dessa forma, a sexualidade, conforme defendida pelo Cristianismo, passou a ser considerada um tabu a ser quebrado. A partir dos anos 1980 cresce a indústria pornográfica, e a relação sexual antes do casamento torna-se uma prática cada vez mais aceita. Sentindo a pressão social e cultural, muitos dentre os evangélicos passam a fazer concessões a essa nova moralidade. A relação sexual entre pessoas solteiras, o relacionamento extraconjugal e a homossexualidade passam a ser vistos com mais naturalidade.

 

 

SINOPSE I

A Revolução Sexual trouxe um novo paradigma para a sexualidade moderna.

 

AUXÍLIO APOLOGÉTICO

 

 

A REVOLUÇÃO SEXUAL

“A vida humana e a sexualidade tornaram-se as questões morais divisoras de águas de nossa época. Todos os dias, o ciclo de 24 horas de notícias relata o avanço de uma revolução moral secular em áreas como sexualidade, aborto, suicídio assistido, homossexualidade e transgenerismo. A nova ortodoxia secular está sendo imposta por intermédio de quase todas as grandes instituições sociais: academia, mídia, escolas públicas, Hollywood, corporações privadas e a lei.

[…] Aqueles que discordam do ethos secular corrente apelam ao direito à liberdade religiosa. Já o presidente da Comissão de Direitos Civis dos Estados Unidos escreveu com desdém que ‘a expressão ‘liberdade religiosa’ não representará nada, a não ser hipocrisia, enquanto permanecer como código para a discriminação, intolerância, racismo, sexismo, homofobia, islamofobia, supremacia cristã ou qualquer outra forma de intolerância. Observe que a expressão ‘liberdade religiosa’ é colocada entre aspas, como se fosse um direito ilegítimo, e não um direito fundamental em uma sociedade livre.

O próximo passo será negar aos cidadãos a sua liberdade religiosa — e isso já começou. Aqueles que resistem à revolução moral secular têm perdido empregos, negócios e posições de ensino” (PEARCEY, Nancy. Ama o teu Corpo: Contrapondo a cultura que fragmenta o ser humano criado à imagem de Deus. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2021, pp.11,12).

 

 

II. AS PRINCIPAIS DISTORÇÕES DA SEXUALIDADE SADIA

 

1. A prática da fornicação. No contexto evangélico, o termo fornicação passou a ser entendido como a prática não aceita e reprovável do sexo antes do casamento realizada por pessoas solteiras. Contudo, o termo grego usado no Novo Testamento porneia, que dá origem às palavras já cunhadas na língua portuguesa como pornô, pornografia etc., possui um sentido muito mais amplo. Significa qualquer tipo de ato sexual considerado pecaminoso, incluindo adultério, prostituição, impureza e fornicação. Na verdade, porneia classifica as palavras prostituição e fornicação como sinônimas. Em 1 Coríntios 6.18, Paulo usa o termo com os sentidos de “fornicação” e “prostituição”, considerando como prática pecaminosa e extremamente maléfica para a vida cristã.

2. Adultério: Não é crime, mas é pecado. O adultério já foi considerado crime pela legislação brasileira até a revogação da lei que o regulamentava. Hoje não é considerado mais um crime, contudo, à luz da Bíblia não deixou de ser um pecado. A Bíblia Sagrada reprova veementemente a prática do adultério. Quando o rei Davi adulterou com Bate-seba, o profeta Natã, a mando de Deus, condenou de forma dura seu ato pecaminoso (2Sm 11.1-5; 12.9,10). Na literatura sapiencial, especialmente os Provérbios, sobejam as advertências contra essa prática (Pv 5.1-23). Jesus e seus apóstolos condenaram o adultério (Mt 5.31,32; 1Co 6.9).

3. Homossexualidade: Uma contradição da ordem natural. Os cristãos que têm na Bíblia sua única regra de fé compreendem a homossexualidade como um comportamento adquirido, e não como um determinismo biológico. Não há nenhum dado científico confiável que diga que a homossexualidade seja genética. Em outras palavras, não há como dizer que alguém nasce homossexual. A homossexualidade é um comportamento adquirido e vários fatores fazem parte desse processo. Por exemplo, o caso dos gêmeos idênticos comprova isso. A realidade tem mostrado, e as pesquisas confirmam, que há gêmeos em que um é homossexual e o outro não. Se a homossexualidade fosse genética isso jamais aconteceria. Em outras palavras, os gêmeos seriam homossexuais, pois possuem a mesma constituição genética.

Assim, os cristãos conservadores, que amam a Palavra de Deus e o Corpo de Cristo, entendem que a reprovação da prática homossexual se dá por conta de esta ser contrária a ordem natural da criação, conforme registrada na Bíblia e não um fruto de preconceito (Gn 1-2; Rm 1.26; 1Co 6.9,10; 1Tm 1.10).

 

 

SINOPSE II

O relacionamento pré-conjugal, extraconjugal e homossexual é uma prática que distorce o propósito de Deus.

 

AUXÍLIO APOLOGÉTICO

 

 

UMA GRANDE CONTRADIÇÃO

“Tim Wilkins viveu por muitos anos como homossexual, mas agora está casado com uma mulher e tem filhos. ‘Se Deus criou algumas pessoas gays’, diz ele, então ‘Deus está fazendo um jogo cruel com elas. Ele projetou as mentes e emoções para a atração pelo mesmo sexo, mas criou a sua fisiologia em oposição direta a essa atração’. Não podemos ser pessoas completas quando as nossas emoções estão em guerra com a nossa fisiologia. O ideal é a integração — a harmonia entre as nossas identidades sexuais e psicológica” (PEARCEY, Nancy. Ama o teu Corpo: Contrapondo a cultura que fragmenta o ser humano criado à imagem de Deus. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2021, p.175).

 

 

III. O PADRÃO BÍBLICO PARA UMA SEXUALIDADE SADIA

 

1. O sexo atende uma necessidade da criação. Uma das principais razões da prática sexual está associada à procriação. Deus disse para o primeiro casal se multiplicar e encher a terra (Gn 1.28). Sem a procriação, não haveria a perpetuação da espécie humana. O sexo, portanto, atende a uma necessidade premente da criação.

2. O sexo como complementação e satisfação. Além da procriação, o sexo deve atender à necessidade de complementação e satisfação. A Bíblia não condena a prática sexual quando ela é experienciada dentro dos limites que o Criador estipulou: o casamento (Mt 19.5). A maneira que o Criador deixou para guardar o casal contra suas mais diferentes formas de impureza, como a fornicação, o adultério e a homossexualidade, foi o sexo praticado dentro da esfera do casamento monogâmico e heterossexual. Contudo, convém dizer que o sexo no casamento não deve ser visto como um fardo, mas como um espaço no qual um se complementa no outro. Também não deve ser visto apenas como um dever ou obrigação a ser praticado de forma mecânica e sem amor. Deve ser feito com amor, de forma que o casal se sinta satisfeito e realizado (Pv 5.18,19).

3. O pastoreio cristão e a prática homossexual. Mesmo reprovando o comportamento homossexual, por ser incompatível com os valores cristãos, a igreja não deve, de forma alguma, deixar de enxergar a pessoa do homossexual como alguém que foi feito a imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26), e que, portanto, também por Ele é amado (Jo 3.16). Mesmo que tenha sido desbotada pelo pecado, contudo, nenhum homem ou mulher deixou de ser a imagem de Deus e como tal devem ser vistos e respeitados como pessoas. A igreja, portanto, não deve rejeitar o homossexual como não deve rejeitar as demais pessoas que agem de forma contrária aos valores cristãos. Todavia, por acreditar que a homossexualidade deve ser vista como comportamento adquirido e que, como prática se afasta daquilo que preceitua a Bíblia sobre a correta expressão da sexualidade, ensina e ordena o abandono e a abstinência da prática por parte daqueles que se converteram à fé cristã. A igreja crê e defende que qualquer forma de expressão sexual fora do casamento ou praticada por pessoas do mesmo sexo é mostrada nas Escrituras como pecaminosa. Por outro lado, acredita que o Evangelho é poderoso para transformar todo o que crê em Jesus como Salvador e isso inclui os homossexuais.

 

 

SINOPSE III

Segundo o padrão bíblico, o sexo atende a necessidade da procriação e da satisfação do casal.

 

 

CONCLUSÃO

 

Nesta lição aprendemos sobre três dos principais desvios do modelo de sexualidade bíblica — a fornicação, o adultério e a homossexualidade. Essas três práticas pecaminosas têm ganhado cada vez mais espaço na sociedade nas últimas décadas. Muitos crentes têm negligenciado o ensino bíblico e também se rendido a essas sutilezas pecaminosas. Qualquer prática sexual fora do modelo bíblico traz consequências morais e espirituais. Deus quer que vivamos o sexo no padrão por Ele estabelecido, o que de fato vai nos fazer realizados e plenificados.

 

VOCABULÁRIO

 

Paradigma: Um exemplo que serve como modelo; padrão.

Premente: Que exige solução rápida; urgente.

Sobejam: Sobram, excedem os limites do necessário ou do preciso; demasiado.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

 

1. A partir de que ano o movimento de contestação da moral cristã ganha mais visibilidade?

1960.

 

2. Qual é o sentido mais amplo da palavra grega porneia?

Significa qualquer tipo de ato sexual considerado pecaminoso, incluindo adultério, prostituição, impureza e fornicação.

 

3. Cite pelo menos uma base bíblica que reprova o adultério.

Quando o rei Davi adulterou com Bate-seba, o profeta Natã, a mando de Deus, condenou de forma dura seu ato pecaminoso (2Sm 11.1-5; 12.9,10).

 

4. Como o cristão compreende a homossexualidade?

Os cristãos conservadores, que têm na Bíblia sua única regra de fé, compreendem a homossexualidade como um comportamento adquirido e não como um determinismo biológico.

 

5. Qual a maneira que o Criador deixou para guardar o casal contra as suas mais diferentes formas de impureza?

A maneira que o criador deixou para guardar o casal contra suas mais diferentes formas de impureza, como a fornicação e o adultério, foi o sexo praticado dentro da esfera do casamento.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

 

A SUTILEZA DA IMORALIDADE SEXUAL

 

A sociedade atual enxerga a sexualidade de forma controversa. Os valores bíblicos que influenciavam as sociedades ocidentais há alguns anos foram substituídos por pensamentos humanistas com a finalidade de atender aos anseios libertinos de alguns setores que encaravam as ideias conservadoras e as boas práticas familiares como retrógradas. Com a justificativa de que era necessário haver uma quebra de “tabu” na sociedade, muitas práticas, antes vistas como imorais, foram sutilmente aceitas como normais. O resultado foi a inversão de valores e a deterioração da família, a base da sociedade.

Diante de tais mudanças, a igreja não pode estar à margem de discutir esses assuntos que, apesar do elevado nível de complexidade, não estão distantes das famílias cristãs que prezam pela preservação de bons costumes pautados na Palavra de Deus. Dentre as principais distorções da sexualidade pregadas nos dias atuais está a prática da fornicação. De acordo com o Dicionário Vine (CPAD, 2002), a palavra “fornicação” vem do grego “porneia”, que tem o mesmo sentido de prostituição. Para a sociedade atual secularizada, a conduta daqueles que praticam a fornicação não deve ser encarada como problemática, mas como um processo natural decorrente das “relações abertas”. Para estes, o compromisso e as promessas feitas na aliança matrimonial não fazem sentido algum. Em contrapartida, para os cristãos que consideram a Bíblia como regra de fé e prática, essa conduta é considerada pecaminosa e maléfica para a vida cristã. Deus estabeleceu nas Escrituras Sagradas um padrão de comportamento que deve nortear os cristãos para uma conduta que seja agradável a Ele. O cuidado com o corpo e o relacionamento de respeito e amor ao próximo constituem o padrão bíblico para uma sexualidade sadia (1Co 6.18-20; Hb 13.4).

Há muitos adolescentes que têm como referência familiar o relacionamento controverso dos pais que enxergam o casamento como troca de interesses. Em razão disso, muitos já não almejam casar ou constituir família; o foco agora é a independência financeira, a ausência de compromissos decorrentes de compor um lar etc. O resultado tem sido a desconstrução dos valores familiares e a normatização de práticas sexuais descompromissadas com a ordem natural criada por Deus. Nesse contexto, a igreja precisa atentar para a qualidade das relações familiares. O tempo juntos, o compartilhar da refeição, o diálogo entre casais sobre o relacionamento familiar, a relação entre pais e filhos, o culto doméstico, dentre outras práticas bíblicas, são fundamentais para proteger a família das sutilezas da imoralidade sexual que tem destruído muitas famílias.