LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS

 

 

4º Trimestre de 2022

 

Título: A Justiça Divina — A preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro de Ezequiel

Comentarista: Esequias Soares

 

 

Lição 5: Contra os falsos profetas

Data: 30 de Outubro de 2022

 

 

VÍDEO DE APOIO

 

 

Notas de Aula — Lição 5

 

 

TEXTO ÁUREO

 

E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.(2Pe 2.1).

 

VERDADE PRÁTICA

 

Os falsos profetas contrapõem a Palavra de Deus e lançam dúvidas no coração do seu povo.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda — Dt 18.20-22

Os falsos profetas e predições não cumpridas

 

 

Terça — Mt 7.15-20

Os falsos profetas, suas heresias e erros doutrinários

 

 

Quarta — 1Rs 22.24

Os falsos profetas se apresentam como exclusivos de Deus

 

 

Quinta — Jr 28.15

Uma das especialidades dos falsos profetas é enganar o povo

 

 

Sexta — 2Tm 3.8

A verdade e as falsificações

 

 

Sábado — Mt 24.11

A multiplicação dos falsos profetas indica um sinal dos tempos

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Ezequiel 13.1-10.

 

1 — E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:

2 — Filho do homem, profetiza contra os profetas de Israel que são profetizadores e dize aos que só profetizam o que vê o seu coração: Ouvi a palavra do SENHOR.

3 — Assim diz o Senhor JEOVÁ: Ai dos profetas loucos, que seguem o seu próprio espírito e coisas que não viram!

4 — Os teus profetas, ó Israel, são como raposas nos desertos.

5 — Não subistes às brechas, nem reparastes a fenda da casa de Israel, para estardes na peleja no dia do SENHOR.

6 — Veem vaidade e adivinhação mentirosa os que dizem: O SENHOR disse; quando o Senhor os não enviou; e fazem que se espere o cumprimento da palavra.

7 — Não vedes visão de vaidade e não falais adivinhação mentirosa, quando dizeis: o SENHOR diz, sendo que eu tal não falei?

8 — Portanto, assim diz o Senhor JEOVÁ: Como falais vaidade e vedes a mentira, portanto, eis que eu sou contra vós, diz o Senhor JEOVÁ.

9 — E a minha mão será contra os profetas que veem vaidade e que adivinham mentira; na congregação do meu povo, não estarão, nem nos registros da casa de Israel se escreverão, nem entrarão na terra de Israel; e sabereis que eu sou o Senhor JEOVÁ.

10 — Visto que, sim, visto que andam enganando o meu povo, dizendo: Paz, não havendo paz; e um edifica a parede de lodo, e outros a rebocam de cal não adubada.

 

HINOS SUGERIDOS

 

127, 386 e 505 da Harpa Cristã.

 

PLANO DE AULA

 

1. INTRODUÇÃO

 

A Palavra de Deus deixa claro a existência dos falsos profetas no meio do povo de Deus. O Senhor Jesus falou a respeito disso no Evangelho de Mateus: “porque surgirão […] falsos profetas” (Mt 24.24). Essa trágica realidade também estava presente no ministério do profeta Ezequiel. Este tinha uma palavra de juízo; os falsos profetas tinham “palavras de bênçãos”. A presente lição é um alerta para o crente viver de maneira prudente. É preciso sensibilidade e discernimento espiritual para discernir a fonte das profecias.

 

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

 

A) Objetivos da Lição: I) Conceituar o termo profeta; II) Refletir a respeito dos falsos profetas; III) Conscientizar a respeito das mensagens falsas.

B) Motivação: A função do profeta do Antigo Testamento era a de transmitir a mensagem de Deus ao povo; ao passo que os falsos profetas transmitiam a mensagem do próprio coração. Que perigo é atribuir a Deus uma mensagem falsa proveniente do coração humano. É preciso refletir a respeito das implicações disso para a vida cristã.

C) Sugestão de Método: Na lição anterior, apresentamos a lei do professor como a primeira lei do ensino. Nesta lição, apresentaremos a segunda lei do ensino: a lei do aluno. Essa lei pode ser sintetizada assim: “o aluno deve estar interessado na verdade a ser aprendida”. Essa lei não quer dizer que depende só do aluno o interesse em aprender. Se o professor sabe o que ensina, como na lei anterior, ele também deve ser capaz de estimular esse interesse do aluno. É uma via de mão dupla. Por isso, 1) ouça os alunos antes de ensinar, certificando que eles realmente entenderam o que você ensinou; 2) engaje-se com esforço sincero, de maneira que haja resposta positiva para a seguinte pergunta: “como vou conseguir a atenção dos alunos?”; 3) Seja um catalizador de boas estratégias, pois estas são essenciais para engajar alunos para a disposição de aprender.

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

 

A) Aplicação: Não esqueça que para uma boa conclusão é importante uma revisão. Procure aplicar aos alunos o tema com exemplos vivos que eles os identifiquem no cotidiano. Era assim que Jesus ensinou as maiores lições.

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

 

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 91, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Os Profetas do AT” traz uma perspectiva geral do ministério dos profetas no AT; 2) O texto “Profetas apóstatas” traz um aprofundamento a respeito dos falsos profetas em Ezequiel.

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

Depois do pronunciamento do juízo divino sobre a cidade de Jerusalém com seus príncipes e o próprio rei de Judá, Ezequiel se dirige agora contra os falsos profetas. Foi um longo e doloroso combate contra esses inimigos de Deus, dos profetas verdadeiros e da nação. O desafio maior para Jeremias, na cidade de Jerusalém, e para Ezequiel, na Babilônia, era o fato de esses embusteiros estarem blindados por uma liderança religiosa e civil que havia se apostatado.

 

 

Palavra-Chave:

 

FALSIDADE

 

 

I. SOBRE OS PROFETAS

 

A função dos profetas era apresentar Deus ao povo e ensinar a lei de Moisés, ao passo que os sacerdotes apresentavam o povo a Deus. Os falsos profetas, pelo contrário, tinham a função de contrapor os profetas de Javé e desencaminhar o povo dos caminhos do SENHOR.

1. O termo “profeta”. A palavra hebraica usada para “profeta” é naví’, cuja etimologia é ainda discutida, mas a ideia primária é de “porta-voz, orador”. Isso pode ser compreendido no relato do chamado de Moisés, em Horebe (Êx 4.10-15), e o próprio texto esclarece o significado do ofício: “Eis que te tenho posto por Deus sobre Faraó; e Arão, teu irmão, será o teu profeta” (Êx 7.1). Mas as três principais palavras hebraicas são naví’, roeh e hozeh, como aparecem em 1 Crônicas 29.29: “Os atos, pois, do rei Davi, assim os primeiros como os últimos, eis que estão escritos nas crônicas de Samuel, o vidente, e nas crônicas do profeta Natã, e nas crônicas de Gade, o vidente”.

2. Outros termos para designar os profetas de Deus. Há diversos termos usados para os profetas como mensageiro (2Cr 36.15,16); embaixador (Ag 1.13); servo de Deus e do Senhor (1Rs 14.18; 2Rs 9.7); e homem de Deus (Dt 33.1; 1Sm 9.6). A palavra “profeta” é de origem grega, prophētēs, de pro, “antes”, e da raiz, phe, do verbo phēmi, “falar”. Isso talvez justifique o conceito que mais se popularizou, com o passar do tempo, de “prever o futuro”, revelar algo impossível de se saber por meio de recursos naturais (1Sm 9.6).

3. Os falsos profetas. Profetizar falsamente era crime em Israel sob pena de morte conforme a lei de Moisés (Dt 13.1-5; 18.20-22). Curiosamente, os mesmos termos hebraicos naví’, roeh e hozeh, usados para os profetas do Deus vivo, ou videntes como Samuel e Gade, são também aplicados aos falsos profetas, é o contexto que vai identificar entre o verdadeiro e o falso no Antigo Testamento. Às vezes, quando o sentido não se refere aos profetas legítimos, a Septuaginta é mais específica e emprega a palavra grega pseudoprophētēs, “falso profeta” (Jr 6.13; Zc 13.2). É a mesma palavra usada pelo apóstolo Pedro (2Pe 2.1).

 

 

SINOPSE I

Além do termo “profeta” há outros que a Bíblia apresenta para esse ofício: mensageiro, embaixador, servo de Deus e do Senhor.

 

AUXÍLIO TEOLÓGICO

 

 

OS PROFETAS DO AT

“Os profetas do AT eram homens de Deus que, espiritualmente, achavam-se muito acima de seus contemporâneos. Nenhuma categoria, em toda a literatura, apresenta um quadro mais dramático do que os profetas do AT. Os sacerdotes, juízes, reis, conselheiros e os salmistas, tinham cada um, lugar distintivo na história de Israel, mas nenhum deles, logrou alcançar a estatura dos profetas, nem chegou a exercer tanta influência na história da redenção. […] Os profetas exerceram considerável influência sobre a composição do AT. Tal fato fica evidente na divisão tríplice da Bíblia Hebraica: a Torá, os Profetas e os Escritos (cf. Lc 24.44)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.1001).

 

 

II. SOBRE OS FALSOS PROFETAS EM EZEQUIEL

 

1. Os dois lados. Tudo na vida tem seu lado positivo e seu lado negativo. Como há o bem, há também o mal; como há galardão, há castigo; como há amigos, há inimigos; como há bênção, há maldição; como há verdadeiro, há mentiroso; como há justo, há injusto; como há vida, há morte; como há céu, há inferno. Assim também como há profetas legítimos enviados por Deus, há falsos profetas provenientes da parte de Satanás.

2. Apresentação (v.2). A expressão “profetas de Israel” só aparece mais duas vezes no Antigo Testamento e somente em Ezequiel (13.16; 38.17). Não existe, nas Escrituras hebraicas, uma palavra específica para “falso profeta”. O termo “profeta” pode se aplicar a falsos profetas, tanto os de Jerusalém (Jr 5.30,31; 14.13-18) quanto os que estavam entre os exilados na Babilônia (Jr 29.8-10,21-23) e também aos falsos doutrinadores da atualidade (2Pe 2.1). Ezequiel descreve ainda a natureza da atividade profética desses enganadores do povo. Os “profetizadores”, ou “que profetizam”, ou ainda, “estão profetizando”, é um pleonasmo, uma redundância até certo ponto sarcástica. Ele denuncia os falsos profetas que “profetizam o que vê o seu coração” (v.2).

3. O desserviço dos falsos profetas (v.3). Eles são chamados de “loucos”, em hebraico é nabal, “ser insensato, tolo”. O nabal afronta a Deus (Sl 74.22), zomba daqueles que confiam em Deus (Sl 39.8) e não acredita em Deus (Sl 14.1; 53.1). Ezequiel afirma que eles “seguem o seu próprio espírito e coisas que não viram!” (v.3). Não se trata de mera tolice, mas de alguém que blasfema contra Deus: “que o inimigo afrontou ao SENHOR, e que um povo louco blasfemou o teu nome” (Sl 74.18).

4. As “raposas do deserto” (v.4). Esse quadro é uma metáfora dos chacais em meio às ruínas em cidades e civilizações devastadas. Isso significa, na verdade, que eles estão sendo chamados de “profetas-chacais”. Essa linguagem é uma demonstração do caráter destrutivo e o perigo que os falsos profetas representam à nação, e hoje, à Igreja de Cristo (2Co 11.3,4,13-15). Jeremias apresenta um duro discurso contra eles em Jerusalém (Jr 23.9-40). Os israelitas caminhavam para a ruína ao passo que eles deveriam se ajuntar aos profetas de Deus para ajudar a reparar “a fenda da casa de Israel” (v.5).

 

 

SINOPSE II

Assim como há profetas legítimos enviados por Deus, há falsos profetas provenientes da parte de Satanás.

 

AUXÍLIO TEOLÓGICO

 

 

PROFETAS APÓSTATAS

“Em total descaso dos grandes princípios do concerto que eles tinham jurado cumprir, o povo de Deus havia tomado para si outros deuses e feito outras alianças. Não admira que o Senhor levantasse Ezequiel e outros profetas para confrontar o povo por essa apostasia. Para piorar as coisas, muitos dos próprios profetas conduziram ao caminho do declínio espiritual. É verdade que na maioria dos casos eles eram autodesignados porta-vozes sem terem a mensagem do Senhor (Ez 13.1-7). Tinham tampado as rachaduras dos muros de segurança do concerto de Israel, muros que estavam em desintegração (v.10), anunciando paz onde não havia paz (v.16). Por fim, estes charlatões, com todos os instrumentos de adivinhação, seriam expostos ao que verdadeiramente são — cegos que guiam cegos — e cairiam na arruína (vv.8,9,17-21)” (ZUCK, Roy. (Ed). Teologia do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.401,402).

 

 

III. SOBRE A GERAÇÃO DAS MENSAGENS FALSAS

 

Israel já havia experimentado falsos profetas e opositores à obra de Deus, como Zedequias, filho de Quenaana, (1Rs 22.11,12,24,25). Mas a febre da crença em mentiras e em falsas profecias é semelhante ao interesse e à busca com avidez espantosa pelas mensagens falsas na atualidade.

1. O profeta no Antigo Testamento. A palavra “profeta”, quando se refere aos profetas legítimos, vem sempre acompanhada de um qualificativo que o identifica como tal, “mensageiros de Deus, e desprezaram as suas palavras, e escarneceram dos seus profetas” (2Cr 36.16); “a qual dissera pelo ministério de seu servo Aías, o profeta” (1Rs 14.18). Deus fala deles no Antigo Testamento usando a expressão “meus servos, os profetas” (2Rs 9.7; 17.23; Jr 7.25). A maioria deles era malvista pelas autoridades corruptas que se apartaram da lei de Moisés. O povo de Deus foi e sempre será destratado pelo mundo. Jesus disse: “Se o mundo vos aborrece, sabei que, primeiro do que a vós, me aborreceu a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos aborrece” (Jo 15.18,19). A Igreja experimenta ainda esse desprezo no mundo inteiro.

2. Os portadores de mensagens falsas (vv.6-8). Deus revelou a Ezequiel as fraudes divulgadas pelos falsos profetas. Eles se posicionam como porta-vozes de Deus e se apresentam como enviados por Deus. Javé não os enviou e a mensagem que eles anunciam ao povo é “adivinhação mentirosa” (vv.6,7,9). Isso porque eles desencaminhavam o povo com notícias falsas, não somente sobre a verdade de Javé, mas também sobre assuntos políticos, militares e administrativos da nação (1Rs 22.11,12; Jr 28.1-5). Essa mensagem desestruturava toda a sociedade, como as mensagens falsas de hoje. A mentira é o oposto à verdade; trata-se da prática do engano, da falsidade e da traição. No contexto bíblico, a mentira vai além da prática intelectual da desonestidade; é uma distorção do verdadeiro eu e da nossa relação com Deus e o próximo (1Jo 2.4; 4.20).

3. A ira de Deus contra os falsos profetas (v.10). A sentença contra eles vinha desde Moisés (Dt 13.1-5; 18.20-22). Falar em nome de Javé sem que Ele tivesse autorizado era crime, mas parece que isso não intimidava os falsos profetas porque se sentiam favorecidos pelos governantes. Eles contavam com a proteção do estado, pois seus discursos agradavam às autoridades e a maior parte do povo, e às vezes, eram até mesmo encomendados pela corte. Na época, eram funcionários públicos (Ez 13.19). Os discípulos desses falsos profetas e/ou falsos doutores (2Pe 2.1,2) ainda estão por aí desencaminhando o povo e disseminando heresias. Devemos estar atentos a todos os movimentos estranhos que aparecem nas igrejas.

 

 

SINOPSE III

No AT, a palavra “profeta” quando se refere ao legítimo, aparece com a expressão qualificativa tal como “mensageiro de Deus”.

 

 

CONCLUSÃO

 

O apóstolo Pedro deixa claro que onde há o verdadeiro há também o falso como aconteceu em Israel entre os profetas e isso haveria de acontecer também na igreja (2Pe 2.1). O boato é a propagação de uma notícia infundada, não oficial e de fonte desconhecida. O contexto mostra que divulgar informação enganosa é associação com o ímpio para se tornar falsa testemunha.

Mesmo as coisas triviais do dia a dia podem terminar na justiça, pois elas destroem a reputação de qualquer pessoa.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

 

1. Qual era a sentença para os falsos profetas segundo a lei de Moisés?

Profetizar falsamente era crime em Israel sob pena de morte conforme a lei de Moisés (Dt 13.1-5; 18.20-22).

 

2. Qual a palavra grega empregada na Septuaginta para os falsos profetas?

A Septuaginta emprega a palavra grega pseudoprophêtês, “falso profeta” (Jr 6.13; Zc 13.2). É a mesma palavra usada pelo apóstolo Pedro (2Pe 2.1).

 

3. O que indica o emprego metafórico da expressão “raposas do deserto”?

É uma metáfora dos chacais em meio às ruínas em cidades e civilizações devastadas. Isso significa, na verdade, que eles estão sendo chamados de “profetas-chacais”.

 

4. Por que os falsos profetas não se intimidavam em seu ofício em relação à lei?

Eles contavam com a proteção do estado, pois seus discursos agradavam às autoridades e a maior parte do povo, e às vezes, eram até mesmo encomendados pela corte. Eram na época funcionários públicos (Ez 13.19).

 

5. Onde estão os atuais discípulos dos falsos profetas e o que estão fazendo?

Eles ainda estão por aí desencaminhando o povo e disseminando heresias.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

 

CONTRA OS FALSOS PROFETAS

 

A paz de Cristo, caríssimo(a) professor(a). Esta lição tem como finalidade destacar que há falsos profetas que contrapõem a Palavra de Deus e lançam dúvidas no coração do seu povo. Trata-se de uma artimanha de Satanás para desestabilizar a confiança do povo em Deus e provocar confusão na mente dos mais simples para que não compreendam a vontade do Senhor.

Nos dias de Ezequiel, a palavra advinda dos verdadeiros profetas entrava continuamente em conflito com as mentiras proferidas pelos falsos profetas. O surgimento de um grande número de falsos profetas se devia justamente à desastrosa liderança que ocupava os cargos de importância no reino. A corrupção havia tomado completamente a cúpula política e religiosa da nação israelita de modo que muitos falsos profetas surgiram como forma de manipular o povo para que rejeitassem a ideia de que haveria um juízo divino iminente a castigá-los. Outra característica da mensagem anunciada pelos falsos profetas era a falta de confronto contra o pecado e a idolatria. Isso gerava no povo a falsa segurança de que Deus era tolerante quanto às suas práticas idólatras e de rebeldia às leis. Havia uma falsa promessa de paz e livramento que alimentava no coração do povo a falta de temor e a decadência espiritual. Ezequiel, dessa vez, tem uma mensagem direcionada aos falsos profetas que faziam o povo desviar-se do Senhor para não se arrependerem de seus pecados. A mensagem anunciada por Ezequiel era bem direta: “Eu sou contra vós” (v.8). O próprio Deus declara que estava se posicionando para fazer cessar do meio do seu povo toda a palavra mentirosa proferida por aqueles falsos profetas (vv.21-23).

Semelhantemente, nos dias atuais, a igreja se depara muitas vezes com pregações que não confrontam o pecado e com lideranças que permitem práticas contrárias aos valores do Reino de Deus. O comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal menciona que “hoje, há falsos profetas na igreja que ensinam ser possível ter a vida eterna em Cristo e, ao mesmo tempo, viver na prática da imoralidade, do homossexualismo, feitiçaria, ou de qualquer outro tipo de abominação. O apóstolo Paulo previne que o crente não deve se deixar enganar por mentiras (Ef 5.6), pois os que tais coisas praticam não terão herança no reino de Deus (1Co 6.9; Gl 5.21; Ef 5.5)” (CPAD, 1995, p.1188). Nestes dias difíceis, a Igreja carece de profetas que tenham compromisso com o Evangelho e possam ser usados por Deus para trazer uma mensagem genuína de arrependimento ao coração dos crentes para que vivam a verdade bíblica.