LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS

 

 

1º Trimestre de 2023

 

Título: Aviva a Tua Obra — O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus

Comentarista: Elinaldo Renovato

 

 

Lição 6: O avivamento no ministério de Pedro

Data: 5 de Fevereiro de 2023

 

 

TEXTO ÁUREO

 

Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras.(At 2.14).

 

VERDADE PRÁTICA

 

A vida de um crente pode ser comparada entre o antes e o depois de um avivamento.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda — Mt 26.41

Vigilância e oração, pois a carne é fraca

 

 

Terça — Mt 6.9-13

Modelo de oração ensinado por Jesus

 

 

Quarta — At 10.45,46

Línguas e magnificação a Deus no Espírito

 

 

Quinta — At 19.1-6

Batismo no Espírito Santo e imposição de mãos

 

 

Sexta — 1Co 13.1

O falar em línguas e a prática do amor

 

 

Sábado — 1Co 14.39

Não deve haver proibição para o falar em línguas

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Atos 2.14-24.

 

14 — Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras.

15 — Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo esta a terceira hora do dia.

16 — Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel:

17 — E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos;

18 — e também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e minhas servas, naqueles dias, e profetizarão;

19 — e farei aparecer prodígios em cima no céu e sinais em baixo na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça.

20 — O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes de chegar o grande e glorioso Dia do Senhor;

21 — e acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.

22 — Varões israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, varão aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis;

23 — a este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, tomando-o vós, o crucificastes e matastes pelas mãos de injustos;

24 — ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela.

 

HINOS SUGERIDOS

 

24, 249 e 470 da Harpa Cristã.

 

PLANO DE AULA

 

1. INTRODUÇÃO

 

Caro(a) professor(a), nesta lição veremos o avivamento espiritual na vida do apóstolo Pedro após o Batismo no Espírito Santo. Antes do Dia de Pentecostes, os Evangelhos revelam características de um homem impulsivo, de caráter volúvel e indisciplinado. Após reencontrar o Senhor ressuscitado e receber a missão de apascentar as suas ovelhas, Pedro assume papel proeminente na liderança da igreja primitiva. Mas para o exercício pleno de seu ministério, bem como de todos os demais discípulos de Cristo, faltava-lhe experimentar o revestimento de poder do Alto. Esse poder transformador capacitou o apóstolo, não apenas a operar milagres, como também a testemunhar a fé em Jesus por meio de uma mudança de caráter. A partir da experiência do apóstolo Pedro, sua classe aprenderá importantes lições no tocante às mudanças que o avivamento espiritual provoca no caráter do crente.

 

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

 

A) Objetivos da Lição: I) Destacar as características do apóstolo Pedro antes da experiência do Pentecostes; II) Compreender o impacto do Batismo no Espírito Santo no caráter do apóstolo Pedro; III) Ressaltar a importância do avivamento espiritual para a igreja dos dias atuais mediante a experiência do Batismo no Espírito Santo.

B) Motivação: O apóstolo Pedro experimentou uma mudança significativa de caráter porque permitiu que o Batismo no Espírito Santo não se resumisse a uma experiência espiritual do Dia de Pentecostes e, sim, que se tornasse um avivamento contínuo em seu ministério. Para termos êxito no exercício de nosso ministério cristão, semelhantemente, precisamos permitir que a ação do Espírito Santo esteja permanente em nossas vidas. Para tanto, é necessário que a reflexão sobre os princípios bíblicos, adicionada a busca contínua pelo poder do Alto, gere mudanças expressivas em nossa forma de pensar e agir. Nesta ocasião, reflita com seus alunos a respeito da relação entre a experiência do Batismo no Espírito e o testemunho cristão.

C) Sugestão de Método: Professor(a), realize um “estudo de caso” com seus alunos. Descreva a experiência vivenciada pelos apóstolos no Dia de Pentecostes (At 2.1-13), explique a natureza daquele evento e como ocorreu entre os crentes daqueles dias. Em seguida, analise com seus alunos quais foram as mudanças que o revestimento de poder do Alto trouxe para o relacionamento entre os crentes da igreja primitiva. Ao final, relacione a importância desse mesmo avivamento para a igreja dos dias atuais.

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

 

A) Aplicação: Após estudar o impacto do Batismo no Espírito Santo na vida do apóstolo Pedro, faça a seguinte pergunta: que mudanças o Espírito Santo tem provocado na sua conduta? Além de experimentar os dons espirituais e ministeriais, você tem produzido o Fruto do Espírito? Ressalte a importância dessa reflexão para a vida cristã, haja vista que o poder do Alto deve ser compreendido como uma experiência que potencializa a nossa vida espiritual.

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

 

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 92, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) Para aprofundar o primeiro tópico, o texto “Pedro em Jerusalém” apresenta a trajetória do apóstolo Pedro após a ascensão de Cristo até o momento em que ele assume o papel de liderança proeminente na igreja primitiva; 2) Para aprofundar o segundo tópico, o texto “O propósito do Pentecostes” destaca o propósito da experiência do derramamento do Espírito no dia de Pentecostes. A nova vida em Cristo se expressa não somente por meio do poder e do dom do Espírito para o exercício do ministério, mas envolve também o compromisso com os novos irmãos comprometidos com Cristo e uns com os outros.

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

Nesta lição, veremos o protagonismo do apóstolo Pedro, um dos mais destacados discípulos de Jesus Cristo, em dois momentos de sua vida. Primeiro, antes de ser batizado no Espírito Santo, apresentava-se como um homem impulsivo, voluntarioso e espiritualmente débil; segundo, depois do Pentecostes, foi transformado em um homem cheio de unção e revestido do poder do Alto. Temos preciosos ensinamentos para extrair dessa experiência na vida do apóstolo Pedro.

 

 

Palavra-Chave:

 

MINISTÉRIO

 

 

I. PEDRO ANTES DO PENTECOSTES

 

1. As duas atitudes de Pedro. Certo dia, Jesus perguntou aos discípulos a respeito de como as pessoas o identificavam. As respostas foram diversas: uns entendiam que Jesus era João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou um dos profetas. A partir dessas respostas, Jesus indagou-lhes a respeito da opinião deles acerca de sua identidade. Tomando a palavra, Pedro respondeu prontamente: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus” (Mt 16.16,17). Certamente, Pedro se sentiu gratificado, até mesmo, lisonjeado, com a resposta de Jesus a seu respeito diante dos outros discípulos.

Imediatamente após esse episódio, Pedro recebe uma reprimenda de Jesus. Nosso Senhor havia dito que Ele iria para Jerusalém e padeceria nas mãos dos religiosos, mas ressuscitaria ao terceiro dia.

Em seguida, o mesmo Pedro retrucou: “Senhor tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso” (Mt 16.22). De pronto, Jesus o repreendeu: “Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens” (Mt 16.23). Como deve ter sido desconfortável para Pedro ouvir uma pesada reprimenda após uma palavra de aprovação.2. Pedro nega Jesus três vezes. Outro episódio revelador foi quando Pedro afirmou que jamais negaria o Senhor e Jesus lhe diz que ele o negaria três vezes (Mt 26.31-35). A primeira vez, negou-o diante de uma criada (26.69,70). A segunda, diante de outra criada que dissera que o vira com Jesus (26.71,72). E, pela terceira vez, Pedro negou Cristo diante de várias pessoas, praguejando e jurando (26.73,74). Depois desse momento, o galo cantou, e Pedro sentiu profundo arrependimento (26.75). Nosso Senhor, todavia, não o desprezou. Pelo contrário, quando ressuscitou, o anjo disse às mulheres que fossem dar a boa nova a seus discípulos; e o nome de Pedro foi destacado (Mc 16.7). Devemos ter o cuidado de não descartar pessoas por causa de alguma falha, pois Deus pode restaurar o espiritualmente fraco.

 

 

SINOPSE I

O Espírito Santo transformou o Pedro, até então espiritualmente fraco, em apóstolo do Evangelho de Cristo.

 

AUXÍLIO TEOLÓGICO

 

 

PEDRO EM JERUSALÉM

 

“Depois da ascensão de Jesus, os discípulos estavam reunidos em um aposento para orar, aguardando a promessa do dom do Espírito Santo. Pedro sugeriu que um deles fosse escolhido para ocupar o lugar de Judas, para que o apostolado fosse completo. No dia de Pentecostes, ele pregou a mensagem inicial à multidão que se reuniu, e declarou que eles deveriam arrepender-se e ser batizados no nome do Senhor Jesus. Cerca de 3 mil pessoas converteram-se, e a Igreja começou (At 2.14-42).

Durante os primeiros anos da Igreja em Jerusalém, Pedro foi reconhecido como seu líder. Ele realizou grandes milagres (At 3.1-10; 5.12-16), defendeu a causa perante o Sinédrio (4.5-12), e disciplinou ofensores como Ananias e Safira (5.1-11). Embora tenha saído da cidade depois da perseguição de Herodes em 44 d.C. (At 12.1-17), ele retornou a Jerusalém para participar do conselho relacionado à liberdade dos gentios (15.6-11). Ele concordou com Paulo contra os legalistas, onde os gentios não deveriam ser obrigados a obedecer à lei cerimonial como uma condição de salvação além da fé em Cristo” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.1492).

 

 

II. PEDRO APÓS O PENTECOSTES

 

1. Pedro batizado no Espírito Santo. Após ser batizado no Espírito Santo, Pedro tornou-se outro homem. Devido ao espanto das pessoas diante daquele fenômeno espiritual, o apóstolo dos judeus levantou a voz e, com eloquência, falou a respeito da promessa de Deus proferida pelo profeta Joel: “do meu Espírito derramarei sobre toda a carne” (At 2.18).

A pregação do apóstolo Pedro teve tão grande impacto sobre os ouvintes, que muitos deles, compungidos no coração, indagavam-lhe a respeito do que deveriam fazer. Assim, Pedro concluiu sua calorosa pregação apelando para que se arrependessem e fossem batizados em nome de Jesus Cristo para receberem “o dom do Espírito Santo” (At 2.38). Resultado: quase três mil almas foram batizadas (At 2.41).

2. Pedro e a cura do coxo. Juntamente com João, Pedro chegou à Porta Formosa do Templo em Jerusalém. Eles viram um paralítico pedindo uma esmola. Em lugar de dar-lhe o que pedia, cheio do Espírito Santo, o apóstolo ordenou que o paralítico se levantasse e andasse “em nome de Jesus Cristo”. Imediatamente, o homem foi curado, entrou no Templo, saltando e louvando a Deus. Isso causou grande espanto entre os que estavam ali (At 3.10,11). Logo depois, o apóstolo Pedro aproveitou a ocasião do milagre para pregar a respeito da morte e da ressurreição de Cristo, enfatizando que o enfermo recebeu “perfeita saúde” no nome de Jesus (At 3.16).

3. Pedro avivado em outras ocasiões. O avivamento do Espírito Santo na vida de Pedro foi notório em outras ocasiões. Quase cinco mil pessoas aceitaram a Cristo como Salvador com a mensagem dos apóstolos (At 4.1- 4). Esse fato teve repercussão junto ao Sinédrio, o tribunal religioso dos judeus. Os apóstolos foram interrogados pelo Sumo Sacerdote sobre com que autoridade eles faziam milagres, quando responderam com ousadia que era “em nome de Jesus Cristo”, a quem os judeus crucificaram injustamente (At 4.6-11). Após serem liberados da prisão, Pedro e João reuniram-se com os demais discípulos e relataram o ocorrido; até o lugar onde oraram, tremeu (At 4.29-31).

Em Lida, houve um grandioso avivamento. Quando Pedro ali chegou, orou por um homem chamado Eneias que estava paralítico há oito anos. Eneias foi curado e, por isso, houve muitas conversões ao Senhor (At 9.34-35); por sua oração, Dorcas ressuscitou dentre os mortos em Jope (At 9.36-42).

 

 

SINOPSE II

O avivamento do Espírito Santo na vida de Pedro foi notório em muitas ocasiões.

 

AUXÍLIO TEOLÓGICO

 

 

O PROPÓSITO DO PENTECOSTES

 

“No âmago do resultado da nova vida do Espírito não estão somente o poder e o dom do Espírito para o ministério, mas o que nós poderíamos chamar (na linguagem de Paulo) de ‘fruto’ do Espírito. Os crentes empoderados pelo Espírito amavam-se tanto que valorizavam uns aos outros mais do que valorizavam as suas propriedades. […] Em Lucas-Atos, a verdadeira conversão envolve arrependimento e compromisso com um novo Senhor. Tal compromisso com o novo Senhor também envolve compromisso com os novos irmãos na nova comunidade (11.30; 12.25). À medida que Atos avança, fica claro que essa nova comunidade não pertencerá a uma só cultura, sua comunhão à mesa circunscrita por hábitos alimentares sagrados (10.28; 16.34; 27.35,36). Algumas vezes, os cristãos em Atos realmente se mostram relutantes em cruzar tais fronteiras (10.28; 11.3; cf. Gl 2.11-14), exatamente como os fariseus fizeram por ocasião da comunhão de Jesus à mesa com pecadores em arrependimento no primeiro livro de Lucas (e.g., Lc 5.30; 7.34; 15.2); mas Deus não alivia até fazê-los cruzar essas fronteiras humanas. Deus empodera seu povo com o Espírito para cruzar as barreiras culturais, para adorar a Deus e para formar uma nova comunidade multicultural de adoradores comprometidos com Cristo e uns com os outros” (KEENER, Craig S. Entre a História e o Espírito. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2021, pp.252,253).

 

 

III. A IGREJA DE HOJE E O AVIVAMENTO DO PENTECOSTES

 

1. A Igreja atual e o Pentecostes. O Senhor Jesus previu que, antes da sua volta, haveria uma grande falta de fé; daí a reveladora pergunta: “[…] Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra?” (Lc 18.8). Num tempo como esse, a necessidade de um grande avivamento é imensa. Segundo a Bíblia, só pode haver um tempo de avivamento nos dias presentes se os crentes buscarem o derramamento do Espírito Santo como no Dia de Pentecostes (At 2.1).

2. Tempos de multiplicação da iniquidade. Jesus alertou aos seus discípulos para as principais características dos fins dos tempos. Será uma época marcada pela multiplicação da iniquidade e do esfriamento do amor. Entretanto, o Senhor Jesus também previu um sinal altamente positivo a respeito da pregação do Evangelho por todo o mundo (Mt 24.4-14). Nesse sentido, para pregar o Evangelho nesses “tempos trabalhosos”, como o apóstolo Paulo escreveu a Timóteo (2Tm 3.1-5), a igreja deve estar avivada da mesma maneira que o apóstolo Pedro estava quando desempenhou seu ministério em Atos.

3. A Igreja será arrebatada. A Parábola das dez virgens (Mt 25.1-13), mais especialmente, as cinco prudentes, traz a imagem de uma Igreja santa, consagrada a Deus, ungida pelo Espírito Santo. É uma virgem preparada para o Noivo (Ef 5.26,27). É a Igreja que subirá na ocasião do Arrebatamento. Como o apóstolo Pedro que anelava pela vinda do Senhor de maneira avivada, estejamos também avivados e preparados para ouvir o toque da trombeta por ocasião do Arrebatamento da Igreja.

 

 

SINOPSE III

O avivamento espiritual é uma necessidade imediata da Igreja que aguarda esperançosa pelo grande Dia do Arrebatamento.

 

 

CONCLUSÃO

 

O ministério do apóstolo Pedro mudou completamente após ser revestido do poder de Deus. Antes do Pentecostes, ele não tinha firmeza, era precipitado e voluntarioso; mas depois, passou a existir um Pedro cheio da graça de Deus, de unção, de sabedoria e de poder para cumprir a missão confiada por Jesus aos discípulos. Sem dúvida, o apóstolo Pedro é um modelo de vida e de ministério avivado sob o poder do Espírito Santo.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

 

1. Diante de quem Pedro negou Jesus três vezes?

Diante das duas criadas e perante várias pessoas.

 

2. Qual foi o impacto dos ouvintes com a pregação de Pedro?

A pregação do apóstolo Pedro teve tão grande impacto sobre os ouvintes, que muitos deles, compungidos no coração, indagavam-lhe a respeito do que deveriam fazer.

 

3. Qual foi o tema da pregação de Pedro após o milagre do coxo?

Logo depois, o apóstolo Pedro aproveitou a ocasião do milagre para pregar a respeito da morte e da ressurreição de Cristo, enfatizando que o enfermo recebeu “perfeita saúde” no nome de Jesus (At 3.16).

 

4. Como pode haver um tempo de avivamento nos dias presentes?

Segundo a Bíblia, só pode haver um tempo de avivamento nos dias presentes se os crentes buscarem o derramamento do Espírito Santo como no Dia de Pentecostes (At 2.1).

 

5. O que o Senhor Jesus previu que aconteceria antes de sua volta?

O Senhor Jesus previu um sinal altamente positivo que, antes da sua volta, o Evangelho seria pregado em todo o mundo.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

 

O AVIVAMENTO NO MINISTÉRIO DE PEDRO

 

A paz do Senhor, professor(a). Nesta lição, veremos o impacto do derramamento do Espírito sobre a vida de Pedro. Antes de experimentar o derramamento do Espírito, ele era um homem caracterizado como alguém impulsivo, que não tinha domínio próprio e que se deixava dominar fortemente pelas emoções. Entretanto, o Senhor Jesus o escolheu para ser um grande líder na Igreja Primitiva.

Apesar das suas fraquezas e limitações, depois que experimentou o poder de Deus, Pedro transformou-se em um ousado pregador do Evangelho. As primeiras experiências dele como pregador após isso resultaram na salvação de muitas almas (At 2.37-41; 4.1-4). De fato, cumpriu-se no ministério do recém-chamado apóstolo as palavras do Mestre: “E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens” (Mt 4.19). Sob a palavra do Senhor, Pedro lançou a rede e grande foi a “pescaria”.

O avivamento espiritual experimentado pelo apóstolo nos remete a entender alguns aspectos fundamentais do avivamento na vida do crente. Em primeiro lugar, vale destacar que o avivamento resulta em mudança de comportamento. O genuíno avivamento provocado pela ação do Espírito Santo confronta a antiga forma de pensar do crente e o faz refletir que não há mais espaço para o pecado e para práticas que são incoerentes com a conduta da vida cristã. Em segundo lugar, o apóstolo Pedro entendeu que o Evangelho não se tratava de conhecimento teórico. O revestimento de poder do Alto o sensibilizou de tal forma que tanto o seu agir como o seu efetuar foram impactados pela presença do Espírito Santo (Fp 2.13). Ele, de fato, estava confirmando aos irmãos a verdadeira conversão (Lc 22.32).

O conceito da “conversão”, conforme discorre o Dicionário Bíblico Wycliffe, “quando usada em relação a incrédulos, denota a mudança de coração ou de pensamento (relacionado ao arrependimento e à fé) que permite que alguém receba a graça de Deus na salvação (cf. At 3.19). […] A conversão completa só pode ser conquistada com a ajuda do Espírito Santo. A conversão implica em completo repúdio ao pecado e uma fiel rendição a Cristo como Senhor. Quando usada em relação aos crentes, ela denota um retorno ao correto relacionamento com Deus, que pode ter estado rompido por um fracasso moral (como no caso de Pedro, em Lucas 22.32) ou devido ao abandono da doutrina verdadeira (cf. Tg 5.19,20)”.

Nesse sentido, o verdadeiro impacto do avivamento espiritual na Igreja ocorre quando há mudança na perspectiva de vida do cristão. Significa que o crente já não anda mais por vista, e, sim, pela fé no Filho de Deus (2Co 5.7; Gl 2.20).