LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS

 

 

2º Trimestre de 2024

 

Título: A carreira que nos está proposta — O caminho da salvação, santidade e perseverança para chegar ao céu

Comentarista: Osiel Gomes

 

 

Lição 6: As nossas armas espirituais

Data: 12 de Maio de 2024

 

 

TEXTO ÁUREO

 

Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas.(2Co 10.4).

 

VERDADE PRÁTICA

 

Diante da batalha espiritual, temos poderosas armas espirituais a nossa disposição: a Palavra de Deus, a oração e o jejum.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda — Ef 6.1,2

As armas do crente são espirituais e devem ser usadas na jornada

 

 

Terça — 1Pe 5.8

O Inimigo apresenta diversas estratégias contra nós

 

 

Quarta — Mt 4.4; 1Pe 2.2

A Palavra de Deus, uma poderosa arma espiritual

 

 

Quinta — Sl 55.17; Ef 6.18

A oração, uma arma espiritual indispensável

 

 

Sexta — Mt 4.1-4; At 13.2,3

O jejum, um instrumento espiritual indispensável na caminhada

 

 

Sábado — 2Tm 3.16; Jo 17.9,20-22; At 14.23

Estudando a Palavra, orando e jejuando

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Lucas 4.1-4,16-20.

 

1 — E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto.

2 — E quarenta dias foi tentado pelo diabo, e, naqueles dias, não comeu coisa alguma, e, terminados eles, teve fome.

3 — E disse-lhe o diabo: Se tu és o Filho de Deus, dize a esta pedra que se transforme em pão.

4 — E Jesus lhe respondeu, dizendo: Escrito está que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra de Deus.

16 — E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga e levantou-se para ler.

17 — E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito:

18 — O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração,

19 — a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.

20 — E, cerrando o livro e tornando a dá-lo ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.

 

HINOS SUGERIDOS

 

212, 225 e 305 da Harpa Cristã.

 

PLANO DE AULA

 

1. INTRODUÇÃO

 

Travamos uma grande Batalha Espiritual. Essa batalha não é contra pessoas, mas contra principados e potestades no mundo espiritual. Por isso, nossas armas não podem ser humanas nem carnais. Na Batalha Espiritual lutamos com armas espirituais. Por isso, nesta lição estudaremos sobre a realidade dessa batalha, mostraremos a três grandes armas espirituais que o crente tem a sua disposição e o maior modelo que temos em Jesus no uso dessas “armas celestiais”.

 

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

 

A) Objetivos da Lição: I) Enfatizar o sentido que as armas do crente recebem nas Escrituras; II) Esclarecer a respeito das três principais armas espirituais do crente; III) Mostrar Jesus Cristo como o nosso maior modelo de quem usou as armas espirituais.

B) Motivação: A Batalha Espiritual é real. Por isso, para lutarmos essa batalha, devemos usar as armas espirituais. Nesse caso, o crente em Jesus vence as suas lutas com o uso da Palavra de Deus, do Jejum e da Oração. Essas são as armas legítimas de todo salvo em Cristo. Que armas você tem usado na Batalha Espiritual?

C) Sugestão de Método: Inicie a exposição do segundo tópico, dizendo à classe que na história do Cristianismo três disciplinas sempre estiveram em destaque: a meditação na Palavra de Deus, a prática da oração e a prática do jejum. Essas disciplinas sempre acompanharam o ministério pastores, evangelistas e avivalistas ao longo do tempo. Por isso, peça aos alunos que digam o que eles pensam a respeito do valor dessas disciplinas para as suas vidas. Dê um tempo para eles se expressarem e os ouça com atenção. Em seguida, enfatize que essas disciplinas espirituais estão presentes como prática na Bíblia e confirmadas ao longo da história. Assim, informe que o propósito de estudarmos sobre elas é para que essas disciplinas estejam presentes em nossa vida como estavam no ministério de Jesus, da Igreja Primitiva e dos grandes líderes de nossa história.

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

 

A) Aplicação: Conclua a lição desta semana, afirmando que precisamos meditar na Palavra de Deus, jejuar e orar. Por meio dessas disciplinas espirituais temos experiências gloriosas com Deus. Assim, nossa vida com Cristo nunca mais é a mesma.

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

 

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 97, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Contra as astutas ciladas do Diabo”, localizado depois do primeiro tópico, destaca a batalha espiritual do crente para aprofundar o tópico; 2) O texto “Jejuando quarenta dias”, ao final do segundo tópico, expande a reflexão a respeito da prática piedosa do Senhor Jesus.

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

Na lição anterior, estudamos a respeito de três opositores que se mostram como obstáculos de nossa jornada: o Diabo, a Carne e o Mundo. Nesta lição, enfatizaremos três armas, isto é, recursos espirituais em que todo crente precisa lançar mão diante dos obstáculos da jornada: a Palavra de Deus, a oração e o jejum. Desde o início de nosso andar com Cristo, estamos diante de uma batalha espiritual que só terá fim com o Arrebatamento da Igreja para o céu.

 

 

Palavra-Chave:

 

ARMAS

 

 

I. AS ARMAS DO CRENTE

 

1. As armas. De modo geral, podemos classificar as armas como instrumentos de ataque e de defesa. Nas Escrituras, os principais instrumentos de ataque são: espada (1Sm 17.45), vara (Sl 23.4), funda (1Sm 17.40), arco e flecha (2Rs 13.15), lança (Js 8.18) e dardo (2Sm 18.14). Os de defesa são: escudo (Ef 6.16), capacete (1Sm 17.5), couraça (1Sm 17.5) e caneleiras (1Sm 17.6). Essas armas eram usadas pelos exércitos antigos, bem como pelo exército de Israel, com a diferença de que este era instado a colocar a sua confiança no Senhor (Sl 20.7). Entretanto, para os cristãos, “armas” aqui tem um sentido metafórico, pois nosso combate não é de corpo a corpo com outra pessoa, mas contra o mal encabeçado pelo Diabo e seus demônios, que se valem do Mundo e da Carne.

2. As estratégias do Inimigo. Não podemos desprezar o conhecimento a respeito da força do Inimigo de nossas almas. O Novo Testamento revela o que o Diabo é capaz de fazer para ludibriar as pessoas: arrebatar a boa Palavra do coração (Mt 13.19), buscar altas posições com mentiras (At 5.3), usar pessoas para trair (Lc 22.3,4), escravizar (2Tm 2.26), enfraquecer a fé do crente (Lc 22.32) e enganar com doutrinas demoníacas (1Tm 4.1). Não por acaso, o apóstolo Pedro nos alertou a respeito da sagacidade do Inimigo: “Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1Pe 5.8).

3. O chefe de toda força do mal. O apóstolo Paulo escreve claramente que o Diabo é o chefe de todos os poderes das trevas que batalham contra nós (Ef 6.11; Rm 13.12). Até mesmo o apóstolo dos gentios foi por vezes impedido pelo Inimigo por meio de instrumentos humanos (1Ts 2.18). Essa é uma das razões que o apóstolo cunha Satanás como o “príncipe da potestade do ar” (Ef 2.2). Destacando ainda sua força e autoridade na hierarquia do mal, o Diabo é denominado de “o deus deste século” (2Co 4.4). Portanto, não podemos ignorar que o Inimigo tem um reino organizado com seus servos, emissários, principados e potestades (Lc 11.17-22).

 

 

SINOPSE I

As armas do crente devem ser usadas contra as estratégias do Inimigo, o chefe de toda força do mal.

 

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

 

 

“[Efésios] 6.11

 

Contra as astutas ciladas do Diabo. Os cristãos estão envolvidos em um conflito espiritual com o maligno. Este conflito é descrito como uma guerra de fé (2Co 10.4; 1Tm 1.18-19; 6.12) que continua até que eles passam da vida presente e entram na vida porvir (2Tm 4.7-8; veja Gl 5.17, nota). Satanás é um mestre estrategista que visa nos ferir e destruir por meio de suas várias ciladas. Instigar a divisão da igreja e a descrença nas promessas de Deus está entre ‘as ciladas do diabo’. As estratégias de Satanás incluem o desânimo, a tentação, a falta de perdão, o medo, a acusação, a atitude de agradarmos os nossos desejos pecaminosos (especialmente em relação às coisas que repetidamente tiram o melhor de nós), preguiça espiritual e assim por diante. Ele fará o que for preciso para seduzir os crentes a comprometerem a sua consciência e distraí-los da devoção a Jesus. Paulo instrui os seguidores de Cristo a permanecerem firmes em sua posição contra as ciladas do diabo” (Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp.2191,2192).

 

 

II. AS TRÊS ARMAS ESPIRITUAIS DO CRISTÃO

 

1. A Palavra de Deus. O Senhor Jesus disse que não vivemos apenas de pão, mas de toda a Palavra de Deus (Mt 4.4). Dessa maneira, o apóstolo Pedro aconselha que “desejemos afetuosamente” o “leite racional” para o desenvolvimento da nossa salvação, isto é, o estudo perseverante da Palavra de Deus para o nosso crescimento espiritual (1Pe 2.2). Uma vez nutrido e solidificado com a Palavra, estamos firmados em Deus para resistir às influências malignas, às armadilhas de Satanás e demais estratégias (Mt 7.24,25). Logo, quem se rende à Palavra de Deus experimenta a influência frutífera da verdade divina (Jo 17.17).

2. A oração. Aliada ao estudo da Palavra, a oração é uma das mais importantes armas espirituais que o crente tem ao longo de sua jornada para o Céu (Sl 55.17). Prestemos atenção para a seguinte declaração: “orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito” (Ef 6.18). Note que o apóstolo Paulo não insere a oração como uma peça da armadura, pois na verdade, é como se ela trouxesse um ajuste ou alinhamento para a armadura toda. Nesse aspecto, essa imagem traz uma ideia de que a oração fortalece todas as esferas da nossa vida.

3. O jejum. Aliado à Palavra de Deus e à oração, a prática do jejum é uma terceira arma espiritual do crente durante a jornada para o Céu. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, o jejum é uma prática presente. Esse ato é usado no contexto de busca de uma orientação divina (Êx 34.28; Dt 9.9; 2Sm 12.16-23). No Novo Testamento, o Senhor Jesus jejuou (Mt 4.1-4) e disse que seus discípulos também o fariam (Mt 9.14-17; Lc 5.33-39). A Igreja Primitiva observava a prática do jejum, buscando orientação divina para o envio de obreiros (At 13.2,3; 14.23). O apóstolo Paulo também jejuava por ocasião de seu ministério (2Co 6.5; 11.27). Logo, o jejum tem um valor glorioso para a vida do crente, pois é um ato que nos auxilia a ter mais intimidade com Deus.

 

 

SINOPSE II

As três armas espirituais que o cristão tem a sua disposição são a Palavra de Deus, o jejum e a oração.

 

 

III. JESUS CRISTO: O NOSSO MAIOR MODELO

 

1. Vencendo o Diabo com a Palavra. Há dois episódios importantes que relatam o destaque especial que o Senhor Jesus deu à Palavra em Lucas 4. O primeiro enfatiza que o Senhor Jesus venceu o Tentador com a Palavra de Deus (Lc 4.4; cf. Dt 8.3). No segundo, Ele leu uma passagem do profeta Isaías na sinagoga em Nazaré e tomou para si o cumprimento do texto lido (Lc 4.16-20; cf. Is 61.1,2). Nosso Senhor deixou claro nesses episódios que os princípios da Palavra de Deus devem estar presentes em nossa vida na batalha contra o Maligno. Por isso, nessa contenda, o apóstolo Paulo aconselha-nos a tomar a espada do Espírito, ou seja, a Palavra de Deus, a única arma de ataque na armadura do crente (Ef 6.17), uma arma poderosa e eficaz que provém do Espírito Santo de Deus (2Tm 3.16).

2. Vivendo em oração. O evangelista Lucas mostra que Jesus se retirava para os lugares desertos para orar (Lc 5.16; 6.12; 9.28). Ele orava pelos apóstolos e pela Igreja (Jo 17.9,20-22), pelos seus algozes (Lc 23.34), por Simão (Lc 22.31,32), pelos que se encontravam junto ao túmulo de Lázaro (Jo 11.41,42). Ele sabia bem do valor da oração e, por isso, gastava muito tempo falando com Deus. Nesse sentido, nosso Senhor conta conosco para que nos dediquemos à prática da oração, selecionando um local reservado, horário e prioridade para buscar a Deus em súplicas (Mt 6.6).

3. Vivendo em jejum. Além de meditar na Palavra e perseverar em oração, o Senhor Jesus jejuava (Lc 4.2). Ora, Ele também espera que o imitemos, jejuando. Infelizmente, há quem ensine que não precisamos jejuar. Exceto os que têm problemas de saúde, por isso é muito importante estarmos sob orientação médica, todo seguidor de Cristo é estimulado pela Bíblia a jejuar. Ademais, quando aliamos o estudo da Palavra e a oração ao jejum, aprofundamos a nossa intimidade com Deus e nos tornamos mais sensíveis à sua voz, conforme acontecia com a liderança e os membros da igreja antiga que jejuavam como o Senhor Jesus (At 9.9; 13.2,3).

 

 

SINOPSE III

Jesus Cristo é o nosso maior modelo de quem usou estas três armas espirituais: a Palavra de Deus, o Jejum e a Oração.

 

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

 

 

“Jejuando quarenta dias

 

Depois de jejuar (isto é, passar um período sem comida a fim de dar maior atenção aos assuntos espirituais) ‘quarenta dias e quarenta noites’, Jesus ‘teve fome’, de forma que a primeira tentação da parte de Satanás foi simplesmente comer. Isso parece indicar que Cristo se absteve de comida, mas não de água (veja Lc 4.2). Abster-se de água por quarenta dias teria exigido um milagre. Visto que a fome é um dos impulsos humanos mais básicos e intensos, esta foi certamente uma legítima tentação à qual deve ter sido muito difícil resistir. No entanto, a fim de se relacionar com as nossas lutas humanas (cf. Hb 2.17; 4.15) e para vencer a tentação da mesma maneira que devemos, Jesus teve que confiar no mesmo poder que está disponível a qualquer cristão cheio do Espírito […]. Durante o jejum de quarenta dias, é razoável presumir que Jesus estivesse se fortalecendo e se preparando através da oração e da meditação na Palavra de Deus para a obra que o Pai o enviou para fazer” (Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1607).

 

 

CONCLUSÃO

 

O nosso Inimigo é ardiloso e perverso. Por isso, não podemos ignorar suas estratégias. Contra ele, lutaremos com armas espirituais: Palavra, Oração e Jejum. Essas armas promovem crescimento e fortalecimento para nossa vida ao longo de nossa jornada espiritual. Assim, segundo o modelo de vida do nosso Senhor Jesus, que fez uso dessas armas, podemos vencer as estratégias do Maligno.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

 

1. De acordo com a lição, qual é o sentido que devemos considerar a palavra “arma”?

O sentido metafórico, pois nosso combate não é de corpo a corpo com outra pessoa, mas contra o mal encabeçado pelo Diabo e seus demônios, que se valem do Mundo e da Carne.

 

2. Cite ao menos três estratégias do Inimigo para ludibriar as pessoas.

Arrebatar a boa Palavra do coração (Mt 13.19); buscar altas posições com mentiras (At 5.3); usar pessoas para trair (Lc 22.3,4).

 

3. Cite as três armas espirituais do crente.

Palavra de Deus, o jejum e a oração.

 

4. O que acontece quando aliamos estudo da Palavra, oração e jejum?

Quando aliamos o estudo da Palavra e a oração ao jejum, aprofundamos a nossa intimidade com Deus e nos tornamos mais sensíveis à sua voz.

 

5. O que a Palavra de Deus, o jejum e a oração promovem em nossa jornada espiritual?

A Palavra de Deus, a oração e o jejum promovem crescimento e fortalecimento para nossa vida ao longo de nossa jornada espiritual.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

 

AS NOSSAS ARMAS ESPIRITUAIS

 

Na lição anterior, estudamos que há uma batalha que ocorre no mundo espiritual com efeitos significativos na esfera material. Nesse contexto, enfrentamos inimigos ardilosos que têm a pretensão de nos derrotar e impedir que sejamos instrumentos de Deus para alcançar outras pessoas que carecem da salvação. Os ataques do inimigo ocorrem em várias frentes de batalha nas diversas áreas da vida do crente. São investidas na vida espiritual, para tornar o crente morno espiritualmente; no psicológico, com o fim de fazê-lo desanimar da fé; nas relações sociais, promovendo cisões e contendas entre os crentes; e no conhecimento bíblico, por meio de falsos ensinamentos que tentam corromper a interpretação da Palavra de Deus ou mesmo descredibilizá-la como Escritura inspirada. Diante de tais ofensivas, cabe aos crentes apropriarem-se das armas espirituais que o Senhor coloca à disposição deles, a saber: a armadura espiritual que é composta por várias peças de defesa e uma de ataque (Ef 6.10-18), bem como o jejum, a oração e o conhecimento das Escrituras.

O apóstolo Paulo destaca que as nossas armas são espirituais e poderosas em Deus para destruição das fortalezas (2Co 10.4). A despeito de seu ministério, o Comentário Bíblico Beacon (CPAD) discorre que “Paulo não conduz o seu ministério com armas semelhantes àquelas que são utilizadas pelo mundo: ‘inteligência ou engenhosidade humana, habilidade organizacional, crítica eloquente ou confiança na sedução ou na força da personalidade’. Quando se confia nestas armas, elas se tornam carnais (corporais) ou pecaminosas no contexto do ministério. Elas não têm o poder ‘de destruir’ as fortalezas do inimigo nos corações dos homens. O inimigo não pode ser derrotado em seu próprio nível de guerra. As armas de Paulo (hopla, cf. Rm 13.12, ‘as armas [hopla] da luz’) são poderosas em Deus; elas são ‘divinamente poderosas’. Ele está armado com um tremendo ‘senso daquilo que o Evangelho é — a imensidão da graça nele contida, o terror do julgamento; e foi isto que lhe deu o poder e o levantou acima das artimanhas, da sabedoria e da timidez da carne’” (volume 8, 2006, p.459).

Nesse sentido, o apóstolo Paulo deixa claro que a batalha que travamos não tem a mínima possibilidade de ser vencida com a lógica da esfera terrena. Antes, somente com a capacitação do Espírito, coadunada com a disposição do crente de fazer uso das armas espirituais (a oração, o jejum, a Palavra de Deus e a sabedoria divina revelada ao coração de Seus servos a partir da devoção e da obediência), é que se pode constatar avanços significativos e vitória sobre as forças do mal.