LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS

 

 

2º Trimestre de 2025

 

Título: E o Verbo se fez carne — Jesus sob o olhar do Apóstolo do amor

Comentarista: Elienai Cabral

 

 

Lição 10: A promessa do Espírito

Data: 8 de junho de 2025

 

 

TEXTO ÁUREO

 

E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.(Jo 20.22).

 

VERDADE PRÁTICA

 

A promessa do Pai não se restringe a um grupo particular ou a um período específico, mas inclui todos aqueles que se arrependem e creem no Evangelho.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda — Jo 14.16,26

Jesus garante que enviará o Consolador, o Espírito Santo

 

 

Terça — 1Co 6.17-19

O Espírito Santo habita em nós e nos purifica

 

 

Quarta — Rm 8.9-14

A capacidade vivificante do Espírito Santo

 

 

Quinta — Gl 5.16-22

O Espírito Santo molda em nós o caráter de Cristo

 

 

Sexta — At 1.4,8

A promessa de receber poder por meio do Espírito

 

 

Sábado — At 2.1-4

O maravilhoso derramamento do Espírito Santo

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

João 14.16-18,26; 16.7,8,13; 20.21,22.

 

João 14

16 — E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre,

17 — o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós.

18 — Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós.

26 — Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.

 

João 16

7 — Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei.

8 — E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo.

13 — Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir.

 

João 20

21 — Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.

22 — E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.

 

HINOS SUGERIDOS

 

77, 118 e 120 da Harpa Cristã.

 

PLANO DE AULA

 

1. INTRODUÇÃO

 

Na aula desta semana, iremos explorar a importância do Espírito Santo na mensagem de Jesus dirigida aos seus discípulos em João 14.16-18; 16.7,8,13 e 22.21,22. Não é por acaso que, ao se aproximar da sua crucificação, Jesus confortou os seus seguidores garantindo que não estariam desamparados, mas que receberiam o Espírito como Consolador e Guia. Assim sendo, o nosso objetivo nesta lição é analisar a Promessa do Pai conforme ensinada por Jesus no Evangelho de João, investigar o fato de que o Espírito habita nos discípulos para que estes cumpram a vontade de Deus e, por fim, evidenciar o poder transformador da descida do Espírito no Dia de Pentecostes.

 

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

 

A) Objetivos da Lição: I) Analisar a Promessa do Pai conforme ensinada por Jesus no Evangelho de João; II) Investigar o fato de que o Espírito habita nos discípulos para que estes cumpram a vontade de Deus; III) Evidenciar o poder transformador da descida do Espírito no Dia de Pentecostes.

B) Motivação: A promessa do Espírito não se restringe apenas aos discípulos do passado, mas é uma realidade que está ao alcance de cada crente nos dias de hoje. Não devemos subestimar a presença do Espírito Santo, pois Ele nos habilita a enfrentar os desafios espirituais, a compreender as Escrituras e a conduzir uma vida que exalte a Deus. Dessa forma, somos chamados a abrir os nossos corações para a ação do Espírito e o seu poder transformador.

C) Sugestão de Método: Conforme for abordando cada tema do respectivo tópico, aproveite os primeiros minutos para fazer perguntas que incentivem a participação da turma e promovam uma reflexão mais profunda. Por exemplo, no primeiro tópico, poderia perguntar: “O que representa ter o Espírito Santo como Consolador nas nossas vidas diárias?”; no segundo, “O que significa ser morada do Espírito Santo?”; e no terceiro, “Quais são as mudanças na nossa vida ao receber o Batismo no Espírito Santo?”. Depois de ouvir atentamente as respostas dos alunos, apresente o tópico correspondente de forma a guiá-los para um ensino prático e transformador das Sagradas Escrituras.

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

 

A) Aplicação: O Espírito Santo orienta-nos e consola-nos, além de nos dotar de uma poderosa capacitação para testemunhar o Evangelho de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Não existe uma vida verdadeiramente cristã sem a presença do Espírito Santo.

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

 

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 101, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Recebei o Espírito Santo”, localizado após o segundo tópico, aprofunda o sentido da expressão: “Recebei o Espírito Santo”; 2) No final do terceiro tópico, o texto “A Promessa do Pai” traz uma reflexão significativa a respeito das distinções das duas obras do Espírito Santo: a Regeneração e a Capacitação.

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

Nesta lição, vamos analisar dois momentos significativos: em primeiro lugar, a afirmação de Jesus aos seus discípulos de que eles receberiam o Espírito Santo, que inicialmente atuaria na vida do pecador para promover a conversão (em relação ao pecado, justiça e juízo). Em seguida, estabeleceremos uma ligação entre essa visão regeneradora da Promessa do Espírito em João e a perspectiva capacitadora a respeito do Espírito, que encontramos no Livro de Atos dos Apóstolos, escrito pelo evangelista Lucas.

 

 

Palavra-Chave:

 

ESPÍRITO

 

 

I. A PROMESSA DO PAI

 

1. Jesus enviará o Consolador. No Evangelho de João, capítulo 14, lemos: “ele vos dará outro Consolador” (v.16). Este Consolador é o Espírito Santo que “habita convosco e estará em vós” (v.17). No capítulo 16, é mencionado que quando o Consolador chegar “convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo” (v.8), evidenciando a atuação regeneradora da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade.

2. O Consolador. A palavra grega traduzida como “consolador” é paráklêtos, cujo significado refere-se a alguém chamado para ajudar, encorajar ou interceder por outra pessoa. Assim, um paráklêtos assemelha-se a um amigo que desempenha o papel de advogado ou consultor especial, ou ainda como um assistente que auxilia em momentos importantes. A expressão “outro consolador” designa o Espírito Santo como uma Pessoa. O termo grego állos significa “outro”, indicando assim a distinção dele em relação a outros indivíduos da mesma natureza, reafirmando a singularidade do Espírito Santo em relação às outras duas pessoas da Trindade, mas também a sua igualdade com elas (Jo 14.16).

3. “Não vos deixarei órfãos”. A palavra grega para “órfãos”, presente em João 14.18, é órphanós. Quando Jesus morreu, os discípulos sentiram-se órfãos. Deve ter sido difícil aceitar o fato de que o Senhor, o Cristo de Deus, estava morto. Não foi por acaso que nosso Senhor chamava os seus discípulos de “filhinhos” (Jo 13.33). Nesta relação pessoal entre Jesus e os seus discípulos, nosso Senhor garantia que eles nunca ficariam órfãos, desamparados ou desprezados.

 

 

SINOPSE I

Jesus Cristo garantiu que enviaria o Consolador e que não abandonaria os seus discípulos.

 

 

II. O ESPÍRITO HABITA OS DISCÍPULOS

 

1. João 20.22. É crucial considerarmos o contexto que envolve os versículos 21 e 22 do capítulo 20 de João. Nessa ocasião, o nosso Senhor apareceu ressuscitado e glorificado. A passagem bíblica onde se encontram os versículos 21 e 22 começa no versículo 19 (Jo 20.19-23). Assim, o cenário em que Jesus se apresenta ressuscitado, com um corpo glorificado, remete tanto ao contexto anterior (20.1-20) como ao imediato (20.23-31; 21.1-25) de João 20.22.

2. O sentido de “assoprou sobre eles” o Espírito. O capítulo 20 do Evangelho de João contém um versículo que gera diversas interpretações teológicas divergentes (v.22). No entanto, a Bíblia de Estudo Pentecostal (BEP) oferece uma observação significativa sobre a interpretação deste versículo. Ela esclarece que a palavra grega traduzida como “assoprar” é emphusao, a qual também aparece na versão grega da Bíblia (A Septuaginta) em Gênesis 2.7, significando “fôlego de vida”; e é utilizada em Ezequiel 37.9 no contexto de “assoprar sobre os mortos para que vivam”. Portanto, a expressão presente em João 20.22 sugere que o Espírito foi “soprado” para trazer nova vida, indicando uma perspectiva de regeneração dos discípulos, como uma obra do Espírito ocorrida antes do Dia de Pentecostes.

3. Um episódio anterior ao Pentecostes. Em João 20.22 também se lê: “Recebei o Espírito Santo”. Esta expressão surge como consequência direta da menção a “assoprou sobre eles”, indicando que o Espírito Santo habitou os discípulos naquele momento específico. A partir desse ponto, os discípulos tornaram-se nova criação, completamente regenerados e sendo governados, habitados e vivificados pelo Espírito Santo (Rm 8.9-14; Gl 5.16-26). Posteriormente, o que ocorreu em Pentecostes seria uma segunda obra distinta e capacitadora do Espírito para os discípulos pregarem o Evangelho, começando em Jerusalém até aos confins da terra (At 1.8).

 

 

SINOPSE II

João 20.21,22 refere-se a um acontecimento que ocorreu antes da descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes.

 

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

 

 

RECEBEI O ESPÍRITO SANTO

 

“O versículo 22 relaciona-se com o precedente de maneira diferente. O termo oun não ocorre na narrativa aqui (cf. comentários acima). João declara que ‘havendo dito isso’, Jesus sopra sobre eles e diz: ‘Recebei o Espírito Santo’. Tentemos explicar o que isto significa para os leitores/ouvintes de João quando ele escreveu.

[...] Embrenhemo-nos pouco a pouco pela evidência para alcançarmos uma interpretação mais provável. Os temas de sopro/respiração, doação de vida, criação e o Espírito estão associados em muitos textos, tanto bíblicos quanto extrabíblicos. Note, por exemplo o agrupamento destes temas nos seguintes textos do Antigo Testamento: Gênesis 2.7; 1 Reis 17.21 (só na tradução grega); Salmos 104.29,30 e Ezequiel 37.4-10 (cf. Ez 36.24-27). Fora do cânon do Antigo Testamento, esta crença bíblica tornou-se importante conceito teológico: Sabedoria 15.11; 2 Baruque 23.5. Em Gênesis Midrash Rabá 14.8, dois destes textos são comentados: Gênesis 2.7 e Ezequiel 37.14. O sopro como ritual simbólico, a doação acompanhante do Espírito e a resultante vida e/ou criação estavam profundamente enraizados nas tradições bíblicas. As palavras e ações de Jesus teriam sido bem entendidas. Ademais, com isto, uma das técnicas de Hillel aparece novamente: O que é verdade acerca de Deus no Antigo Testamento, também é verdade acerca de Jesus. Como Deus criou Adão e, depois, Israel, dando o Espírito, assim Jesus na qualidade de Deus, criou a Igreja dando o Espírito” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.611).

 

 

III. A PROMESSA DO PAI NO DIA DE PENTECOSTES

 

1. “De repente”. O aparecimento de Jesus em João 20 refere-se ao período compreendido entre a Páscoa e o Dia de Pentecostes. Após a Ressurreição, o Senhor glorioso aparece aos seus discípulos. Na Páscoa, o cordeiro da expiação foi sacrificado, sendo Jesus o Cordeiro de Deus, conforme estudado ao longo do trimestre. No entanto, cinquenta dias depois da Páscoa, celebrava-se a Festa da Colheita no dia de Pentecostes. Foi ao final deste dia, ainda não concluído, após Jesus ter feito a promessa de recebimento de poder (At 1.4,8), que “de repente” (At 2.2) ocorreu um acontecimento extraordinário: o derramamento do Espírito Santo (At 2.1-4).

2. “E todos foram cheios do Espírito Santo”. Observamos que durante o ato de conversão, o Espírito Santo realiza a Regeneração (Jo 14.17; 16.8-10; Jo 20.22; 2Co 5.17). Contudo, desde que se dá esta obra regeneradora do Espírito, é necessário que os salvos sejam cheios do Espírito e revestidos de poder para testemunho do Evangelho. Assim sendo, especialmente no Livro dos Atos dos Apóstolos, os teólogos associam “ser cheio do Espírito” ao “Batismo no Espírito Santo”, como descrito quando dizemos: “todos foram cheios do Espírito Santo” e consequentemente “começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At 2.4).

3. “E começaram a falar em outras línguas”. O Batismo no Espírito Santo constituiu uma experiência profunda na vida dos discípulos já regenerados em Cristo e essa experiência não se limitou àquele único dia. O cumprimento da promessa abrangeu toda a igreja nascente naquele momento e todas as gerações futuras até a volta de Cristo (At 2.38,39). O falar em outras línguas evidenciou esta obra capacitadora (At 2.11). Apesar de algumas pessoas compreenderem estas línguas nos seus próprios idiomas, eram na verdade expressões espirituais concedidas pelo Espírito que habilitou os discípulos a glorificar as grandezas de Deus. Eram línguas desconhecidas por quem falava, mas compreendidas pelos ouvintes. Assim sendo, as línguas mencionadas por Lucas são evidências físicas visíveis do Batismo no Espírito Santo.

 

 

SINOPSE III

A Promessa do Pai também tem a ver com o derramamento do Espírito Santo conforme aconteceu no dia de Pentecostes.

 

AUXÍLIO TEOLÓGICO

 

 

“A PROMESSA DO PAI. O dom que Deus Pai prometera (Jl 2.28,29; Mt 3.11) é o batismo no Espírito Santo (veja o v.5, nota). O cumprimento dessa promessa é descrito como estar ‘cheio do Espírito Santo’ (2.4). Isto significa que ser ‘batizado no Espírito’ e ‘cheio do Espírito’ são expressões que, às vezes, são intercambiáveis no livro de Atos. No entanto, nem toda referência a estar cheio do Espírito indica o batismo no Espírito Santo. Este batismo no Espírito Santo não é a mesma coisa que passar a ter o Espírito Santo, o que acontece no momento em que uma pessoa aceita o perdão de Cristo, confia a Ele a sua vida, e se torna ‘salva’ espiritualmente (veja o artigo REGENERAÇÃO: NASCIMENTO E RENOVAÇÃO ESPIRITUAL, p.1847). Essas são duas obras distintas do Espírito Santo, frequentemente separadas por um período de tempo (veja o artigo O NOVO E ESPIRITUAL NASCIMENTO DOS DISCÍPULOS, p.1901)” (Bíblia de Estudo PentecostalEdição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1917).

 

 

CONCLUSÃO

 

A Promessa do Pai tem a ver com a regeneração do pecado e com a capacitação do salvo para testemunhar do Senhor Jesus em todos os lugares. Essa promessa perpassa toda a Bíblia, se manifesta completamente em Pentecostes e está presente até hoje para todos os que se arrependerem e crerem no Evangelho. Até a volta do Senhor Jesus, a Promessa do Pai pode se manifestar na vida do pecador, regenerando-o; na vida do salvo, batizando-o no Espírito Santo.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

 

1. De acordo com João 14, conforme apresentado na lição, como podemos perceber o registro de alguns ensinos de Jesus?

O Espírito Santo como Consolador e Regenerador.

 

2. Dê o conceito da palavra “Consolador” de acordo com a lição.

Refere-se a alguém chamado para ajudar, encorajar ou interceder por outra pessoa.

 

3. Quais são as duas expressões em João 20.22 que são muito importantes?

“Assoprou sobre eles” e “Recebei o Espírito Santo”.

 

4. Que obra extraordinária o Senhor Jesus realizou em Atos 2?

O Batismo no Espírito Santo.

 

5. No ato da conversão, o Espírito Santo opera a Regeneração. A partir da obra regeneradora, o salvo precisa de quê?

Desde que se dá esta obra regeneradora do Espírito, é necessário que os salvos sejam cheios do Espírito e revestidos de poder para testemunho do Evangelho.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

 

A PROMESSA DO ESPÍRITO

 

Nesta lição, veremos a promessa acerca do Espírito Santo como o Consolador que seria enviado a estar com os discípulos após a ascensão de Cristo. Veremos também que este mesmo Espírito operaria na conversão do pecador, convencendo-o a respeito do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8). O Espírito Santo também capacita o crente com o revestimento de poder do Alto. Nesse sentido, o evento do Dia de Pentecostes corrobora com o início dos trabalhos realizados pela Igreja, conforme está registrado no livro de Atos dos Apóstolos (2-3). A promessa do Espírito Santo, feita pelo Pai e anunciada por Jesus, descreve a vinda de uma outra pessoa que estaria continuamente com os discípulos todos os dias. No Evangelho de João, essa pessoa recebe o título de Consolador (Jo 14.16, título que evidencia a tarefa do Espírito na vida do crente.

De acordo com Stanley M. Horton, na obra Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal (CPAD), “O Espírito Santo, dentro de nós, começa a esclarecer as crenças incompletas e errôneas sobre Deus, sua obra, seus propósitos, sua Palavra, o mundo, crenças estas que trazemos conosco ao iniciarmos nosso relacionamento com Deus. Conforme as palavras de Paulo, é uma obra vitalícia, jamais completada neste lado da eternidade (1Co 13.12). Claro está que a obra do Espírito Santo é mais que nos consolar em nossas tristezas; Ele também nos leva à vitória sobre o pecado e sobre a tristeza. O Espírito Santo habita em nós para completar a transformação que iniciou no momento de nossa salvação. Jesus veio para nos salvar dos nossos pecados, e não dentro deles. Ele veio não somente para nos salvar do inferno no além. Veio também para nos salvar do inferno nesta vida terrena — o inferno que criamos com os nossos pecados. Jesus trabalha para realizar essa obra por intermédio do Espírito Santo” (1996, pp.397,398).

A obra consoladora do Espírito Santo não se resume a encorajar em momentos de tristeza, mas também a ensinar verdades profundas acerca da fé em Deus nas adversidades. O controle do Espírito Santo sobre a jornada do crente nesta vida terrena está atrelado aos propósitos divinos. Deus não apenas acompanha, mas ensina, adverte e fortalece o crente para o cumprimento da missão para qual o chama a cumprir. Que possamos compreender que a promessa do Espírito não tem a finalidade de preencher nossas necessidades emocionais, embora o Espírito nos conforte em todos os momentos, mas diz respeito a capacitar-nos para o exercício pleno do ministério cristão (2Co 1.4).