LIÇÕES BÍBLICAS CPAD

ADULTOS

 

 

2º Trimestre de 2025

 

Título: E o Verbo se fez carne — Jesus sob o olhar do Apóstolo do amor

Comentarista: Elienai Cabral

 

 

Lição 13: Renovação da esperança

Data: 29 de junho de 2025

 

 

TEXTO ÁUREO

 

E, oito dias depois, estavam outra vez os seus discípulos dentro, e, com eles, Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco!(Jo 20.26).

 

VERDADE PRÁTICA

 

A Ressurreição de Cristo representa o ápice da esperança cristã.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda — Jo 20.3-8

João testemunhou e acreditou na ressurreição de Cristo

 

 

Terça — Jo 21.24

João deu testemunho do que observou

 

 

Quarta — Jo 20.9; Lc 24.46,47

A fé da Igreja baseia-se nas palavras de Jesus

 

 

Quinta — Jo 20.11-16

Maria Madalena avistou o Cristo ressurreto

 

 

Sexta — 1Co 15.3-8

O apóstolo Paulo viu o Cristo Ressurreto

 

 

Sábado — 1Ts 4.13-17

Paulo renovou a esperança daqueles que dormem em Cristo

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

João 20.19,20,24-31.

 

19 — Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco!

20 — E, dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor.

24 — Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.

25 — Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.

26 — E, oito dias depois, estavam outra vez os seus discípulos dentro, e, com eles, Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco!

27 — Depois, disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; chega a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente.

28 — Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!

29 — Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram!

30 — Jesus, pois, operou também, em presença de seus discípulos, muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro.

31 — Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.

 

HINOS SUGERIDOS

 

42, 187 e 400 da Harpa Cristã.

 

PLANO DE AULA

 

1. INTRODUÇÃO

 

A aparição de Jesus perante os discípulos transformou um instante de medo e incerteza em uma renovação da fé e felicidade. Com base nessa afirmação, o primeiro tópico aborda a primeira aparição de Jesus após a ressurreição, evidenciando sua presença viva e triunfante. O segundo destaca o impacto dessa revelação, que trouxe esperança e um profundo sentido de alegria. Por fim, o terceiro tópico explora a forma como Jesus fortaleceu a fé dos discípulos, especialmente a de Tomé, demonstrando que a fé nEle está alicerçada em provas concretas.

 

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

 

A) Objetivos da Lição: I) Analisar a importância da Ressurreição de Jesus como prova de sua vitória sobre a morte; II) Reconhecer como a presença de Jesus transforma tristeza e medo em esperança e alegria; III) Fortalecer a convicção de que a fé em Jesus é fundamentada em sua Ressurreição e em suas promessas eternas.

B) Motivação: Assim como os discípulos enfrentaram dúvidas, medos e incertezas, também enfrentamos desafios semelhantes em nossa jornada de fé. A aparição de Jesus após a ressurreição renovou a esperança, trouxe alegria e fortaleceu a convicção dos discípulos, mesmo em momentos de fraqueza. Essa mesma presença viva de Cristo pode transformar nossas vidas hoje, trazendo esperança renovada e fé inabalável.

C) Sugestão de Método: Comece a aula lendo em voz alta a Leitura Bíblica em Classe, enfatizando expressões que refletem “medo”, “alegria”, “dúvida” e “fé”. Aborde cada tema da lição de maneira sequencial, utilizando recursos visuais como um quadro ou slides para demonstrar como a aparição de Jesus revitalizou a esperança dos discípulos. Durante a apresentação, faça perguntas direcionadas aos alunos, como: “Que lições podemos retirar sobre a paz que Jesus oferece?” ou “Qual é o significado da resposta de Tomé para a fé cristã?”. Para encerrar a aula, desafie os alunos a reconhecer áreas nas suas vidas onde precisam renovar a esperança e confiar plenamente em Cristo.

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

 

A) Aplicação: Conforme a Leitura Bíblica em Classe desta lição, podemos contemplar de que maneira a presença de Cristo pode revitalizar a nossa esperança nos dias de hoje, tal como aconteceu com os discípulos.

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

 

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 101, p.42, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Paz seja Convosco”, localizado após o segundo tópico, contextualiza João 20.20; 2) No final do terceiro tópico, o texto “Senhor meu, e Deus meu!” traz uma reflexão significativa a respeito da bela afirmação de Tomé.

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

Chegamos à última lição deste trimestre. A palavra que a define é esperança. A ressurreição do nosso Senhor simboliza o ponto culminante da esperança cristã. Por meio dela, conseguimos reforçar a nossa fé em Cristo, promover a alegria em vez da tristeza, afastar o medo e acolher a mensagem destemida do Evangelho. Nesta lição, somos convidados a renovar a nossa esperança.

 

 

Palavra-Chave:

 

ESPERANÇA

 

 

I. A APARIÇÃO DE JESUS CRISTO

 

1. “Paz seja convosco!” Na segunda vez que Jesus se revelou aos seus seguidores, tanto homens quanto mulheres, o ambiente era diferente. O sepulcro continuava vazio e os discípulos, ainda receosos, permaneciam escondidos dos olhares dos transeuntes do lado de fora da casa onde estavam reunidos, com portas e janelas fechadas (Jo 20.19). Era uma habitação em algum ponto da cidade de Jerusalém. Já não era mais de madrugada no primeiro dia da semana (20.1), mas sim a tarde daquele mesmo dia em que Maria Madalena comunicou aos discípulos que tinha visto e falado com Jesus ressuscitado (20.19). No entanto, eles mostravam ceticismo quanto à afirmação de Maria Madalena sobre ter encontrado Jesus vivo. Na verdade, os discípulos estavam ainda tomados pelo medo dos judeus e sentiam-se desprotegidos. De fato, tinham fugido para as suas casas quando Jesus foi preso, restando apenas Pedro e João posicionados à distância (Jo 19.27; 20.10). Dias depois, após terem recebido o Espírito Santo como Consolador (20.22,23; cf. 20.26), aqueles discípulos continuavam escondidos com as portas trancadas no mesmo local. Quando Jesus voltou a aparecer entre eles, repetiu por três vezes: “Paz seja convosco!”.

2. O registro das aparições de Jesus ressurreto. Entre a sua ressurreição e a ascensão ao Pai, que ocorreram num período de 40 dias, Jesus apareceu aos seus discípulos em pelo menos dez ocasiões. As suas aparições começaram com (1) Maria Madalena, junto ao túmulo vazio (Jo 20.11-18); (2) seguiram-se as mulheres que retornaram da sepultura para anunciar aos discípulos que o túmulo estava vazio (Mt 28.8-10); (3) depois foi a vez de Pedro (Lc 24.34; 1Co 15.5); (4) e ainda os discípulos que estavam no caminho de Emaús ao anoitecer (Mc 16.12; Lc 24.13-32). Jesus também se revelou aos (5) discípulos reunidos numa casa em Jerusalém, quando Tomé não estava presente (Mc 16.14; Lc 24.36-43; Jo 20.9-25), e (6) posteriormente na presença de Tomé (Jo 20.26-31; 1Co 15.5). A seguir, (7) apareceu a sete discípulos junto ao Mar da Galiléia (Jo 21); (8) depois, fez aparições aos apóstolos e a mais de quinhentos seguidores (Mt 28.16-20; Mc 16.15-18; 1Co 15.6); (9) dirigiu-se ainda a Tiago, seu meio irmão (1Co 15.7); (10) por fim, manifestou-se pela última vez durante a sua ascensão no Monte das Oliveiras (Mc 16.19,20; Lc 24.50-53; At 1.6-12). Todas estas aparições confirmam o fato da ressurreição de Cristo.

3. Preciosas lições. A primeira lição a reter é que a ressurreição de Cristo representa o ponto culminante da fé cristã. Paulo dirigiu-se aos coríntios, afirmando: “E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a nossa fé” (1Co 15.14). A segunda lição revela que a ressurreição é um fato inquestionável que fortalece a certeza e a alegria de saber que Ele está vivo. A terceira lição diz respeito à renovação da esperança e à promessa da ressurreição dos mortos em Cristo (1Ts 4.14-16). Um dia seremos como o nosso Senhor.

 

 

SINOPSE I

A aparição de Jesus Cristo aos discípulos representa o ponto culminante da nossa fé e fortalece a nossa convicção de que Ele está vivo.

 

 

II. APARIÇÃO DE JESUS: ESPERANÇA E PLENA ALEGRIA

 

1. O medo deu lugar à esperança. Com a crucificação, morte e sepultamento de Jesus, o medo, a frustração e, por conseguinte, a desesperança, surgiram no coração dos seus discípulos. A cena dos dois discípulos no caminho de Emaús ilustra perfeitamente esse estado emocional dos seguidores de Jesus (Lc 24.13-35). No entanto, quando Jesus se revela a eles, os seus rostos transformam-se imediatamente. Assim, a esperança substitui o medo e a frustração. O Cristo que venceu a morte renova a nossa esperança e afasta a desesperança.

2. A tristeza deu lugar à alegria. Quando se apresentou aos discípulos e lhes trouxe a paz, “os discípulos se alegraram ao ver o Senhor” (Jo 20.20). A magnífica notícia da ressurreição do Senhor e a sua subsequente aparição eliminaram a tristeza dos discípulos e encheram os seus corações de alegria. Estar na presença de Jesus Cristo ressuscitado é promover uma vida repleta de alegria, onde, mesmo nas situações mais difíceis, conseguimos manter a nossa capacidade de nos alegrar no Espírito de Deus.

3. Esperança e Alegria. A esperança e a alegria são algumas das virtudes cristãs mais relevantes que encontramos no Novo Testamento. O apóstolo Paulo refere-se à virtude da esperança junto da fé e do amor (1Co 13.13). Na Carta aos Gálatas, o apóstolo menciona a alegria como um dos componentes do Fruto do Espírito (Gl 5.22). Assim, tanto a esperança quanto a alegria estavam presentes na manifestação de Jesus aos seus discípulos. Portanto, se cremos no Cristo que venceu a morte, estas duas virtudes devem ser evidentes nas nossas vidas com Ele.

 

 

SINOPSE II

A aparição de Jesus transformou o medo em esperança e a tristeza em plena alegria, renovando os corações dos discípulos.

 

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

 

 

PAZ SEJA CONVOSCO!

 

“As palavras de Jesus, ao entrar, foram: Paz seja convosco!, uma saudação hebraica normal. Mas neste contexto (21,26), e à luz da promessa de 14.27, parece ser um lembrete da ‘sua paz como um presente de despedida para os seus discípulos’. Também é um lembrete, como diz Strachan, de que ‘esta paz não está em conflito com as dificuldades da vida, mas é a paz alcançada através da luta contra um mundo hostil, e da vitória contra este’.

Como testemunhos da intensidade da batalha e da certeza da vitória, Ele lhes mostrou as mãos e o lado (20). Tendo ouvido a saudação de Jesus, e visto as evidências da sua ressurreição, os discípulos se alegraram (‘se encheram de alegria’, Weymouth)” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 7. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.164).

 

 

III. APARIÇÃO DE JESUS: CONVICÇÃO FORTALECIDA

 

1. As dúvidas dissipadas. O episódio da incerteza de Tomé revela a dúvida que surgiu no coração do seguidor de Jesus. Durante algum tempo, Tomé revelou-se cético em relação à ressurreição do Senhor (Jo 20.25). No entanto, quando teve a oportunidade de encontrar Jesus e tocá-lo, todas as suas dúvidas foram prontamente dissipadas. O Cristo ressuscitado eliminou qualquer possibilidade de dúvida nos seus discípulos, reforçando, assim, a fé deles.

2. Fortalecimento da fé. Anteriormente cético, Tomé agora profere uma linda declaração de fé: “Senhor meu, e Deus meu!” (Jo 20.28). Ao longo da história da Igreja, encontramos indivíduos que, antes agnósticos ou céticos, hoje afirmam com firmeza a sua crença em Jesus Cristo como o Deus revelado nas Escrituras. Ter um encontro com o Ressurreto torna impossível continuar a duvidar como uma forma de rebeldia provocada pela idolatria humana (Rm 1.21-23).

3. Fortalecimento da esperança. Além de proporcionar alegria e convicção, o Cristo ressuscitado expande a nossa esperança em relação ao futuro. Segundo as Escrituras, a promessa de que um dia os mortos ressuscitarão e receberemos um corpo glorificado baseia-se na ressurreição e glorificação do Senhor Jesus. Esta era uma doutrina essencial para o apóstolo Paulo (At 24.15; 1Co 15.12-14). Assim, Paulo ensinava e defendia esta verdade ao longo do seu ministério (1Ts 4.14). Portanto, a ressurreição e a glorificação de Cristo servem como antecipação da ressurreição dos salvos que partiram e da glorificação dos nossos corpos.

 

 

SINOPSE III

A aparição de Jesus dissipou as dúvidas, fortaleceu a fé e renovou a esperança dos discípulos.

 

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

 

 

SENHOR MEU, E DEUS MEU!

 

“Tomé deve ter ficado chocado por ver que o seu Senhor ressuscitado tinha estado presente (14.23,28), embora não pudesse ser visto nem por eles, nem pelos demais, naquela ocasião específica (cf. 2.25). Não há nenhuma indicação de que Tomé tenha aplicado os testes que havia exigido. Ao contrário, a fé foi ativada, e Tomé exclamou: Senhor meu, e Deus meu! (28). ‘A ideia central com que se iniciou o Evangelho (1.1) ocorre novamente no seu final: para o cristão fiel, Cristo é o próprio Deus’. Westcott afirma que ‘as palavras, sem dúvida, são dirigidas a Cristo e são uma confissão de sua pessoa... as palavras que se seguiram mostraram que o Senhor aceitou a declaração da sua divindade, como uma verdadeira expressão de fé’” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 7. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.165).

 

 

CONCLUSÃO

 

Durante este trimestre, exploramos ensinamentos valiosos que nos ajudam a entender melhor a divindade de Jesus. O nosso Senhor é eterno; é diferente do Pai, mas igual a Ele; é Deus em sua essência; o Criador de tudo; e, por conseguinte, a fonte de toda salvação e vida espiritual. Este foi um dos propósitos que o evangelista redigiu seu Evangelho: para que possais crer que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e, ao crerdes, tenhais vida em seu nome (Jo 20.31).

 

VOCABULÁRIO

 

Transeuntes: Quem está de passagem, não permanecendo por muito tempo num só lugar.

Ceticismo: Característica de quem é cético; comportamento da pessoa que duvida de tudo; descrente.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

 

1. Como os discípulos se sentiam por ocasião da morte de Jesus?

Os discípulos estavam ainda tomados pelo medo dos judeus e sentiam-se desprotegidos.

 

2. Mencione pelo menos três momentos em que Jesus se manifestou aos seus discípulos.

As aparições de Jesus começaram com (1) Maria Madalena, junto ao túmulo vazio (Jo 20.11-18); (2) seguiram-se as mulheres que retornaram da sepultura para anunciar aos discípulos que o túmulo estava vazio (Mt 28.8-10); (3) depois foi a vez de Pedro (Lc 24.34; 1Co 15.5).

 

3. Quais são as duas virtudes mencionadas pela lição sobre a aparição de Jesus?

Esperança e alegria.

 

4. Qual é a bela afirmação de fé que Tomé proferiu?

“Senhor meu, e Deus meu!” (Jo 20.28).

 

5. Em que eventos da vida do Senhor Jesus fundamenta a promessa de que um dia os mortos voltarão à vida e receberemos um corpo glorificado?

Baseia-se na ressurreição e glorificação do Senhor Jesus.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

 

RENOVAÇÃO DA ESPERANÇA

 

Chegamos ao final de mais um trimestre e rogamos a Deus que as ricas bênçãos continuem a se derramar sobre seu ministério. Neste trimestre, sua classe aprendeu lições preciosas acerca do Evangelho de João e, para finalizarmos, nesta última lição veremos que a esperança do crente é renovada a partir da ressurreição de Cristo. A fé e a esperança dos discípulos foram renovadas quando Jesus lhes apareceu estando todos reunidos com as portas fechadas (Jo 20.9).

Como sabemos pelas narrativas dos Evangelhos, os discípulos estavam arrasados em decorrência da morte prematura de Jesus. Por um momento, perderam a esperança na manifestação do reino messiânico, bem como na restauração de Israel enquanto nação. Mas não somente isso: perderam também a esperança nas promessas proferidas pelo próprio Mestre, de quem aprenderam preciosas lições e na companhia de quem testemunharam grandes maravilhas. Seria este o triste final da manifestação do Filho de Deus ao mundo? O relato de João nos mostra que a história teve um desfecho completamente diferente do que os discípulos imaginavam. O mesmo Cristo que havia sido ultrajado estava agora vivo diante deles (Jo 20.10-18).

O Comentário Devocional da Bíblia (CPAD) afirma: “A primeira reação à descoberta de que o sepulcro de Jesus estava vazio foi de pânico. Alguém devia ter roubado o corpo! João, o ‘outro discípulo’, viu os panos em que Jesus fora envolvido sobre uma laje de pedra e supôs que o corpo de Jesus ainda estava lá. Pedro inclinou-se, entrou e descobriu que os lençóis de linho que envolviam o corpo de Cristo estavam vazios! Não havia nenhum corpo dentro! João entrou e viu os lençóis e os lenço que tinha estado sobre a cabeça de Jesus. A prova era indiscutível. Os dois não entenderam, mas sabiam. Jesus ressuscitara dos mortos. Não existe nenhum acontecimento na história antiga que tenha sido mias documentado do que a morte e ressurreição de Jesus. A prova é indiscutível. As pessoas não têm de entender. Mas qualquer exame cuidadoso do testemunho obriga à crença de que Jesus realmente ressuscitou” (2012, p.709).

Ao testemunharem que Jesus havia ressuscitado, João e Pedro rapidamente foram ao encontro dos demais discípulos para confirmar as palavras de Maria Madalena: Jesus ressuscitou! (Jo 20.1-9). Não era mais só o testemunho dela; eles mesmos contemplaram que a ressurreição era real. Não é só o que lemos ou cremos, mas a experiência com o Espírito Santo nos testifica que nossa esperança no Cristo ressuscitado não é debalde (At 1.8). Ele renova a fé e fortalece por Sua graça até o fim.