Lições Bíblicas CPAD

Jovens

 

 

1º Trimestre de 2015

 

Título: Eu Creio — Revelando ao mundo suas convicções cristãs

Comentarista: Alexandre Claudino Coelho

 

 

Lição 4: Eu creio na inspiração das Escrituras

Data: 25 de Janeiro de 2015

 

TEXTO DO DIA

 

Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça(2Tm 3.16).

 

SÍNTESE

 

A Palavra de Deus é apta para nos ensinar a forma como viver neste mundo, orientando-nos contra o pecado, fazendo a vontade de Deus e anunciando a salvação a todos os homens.

 

AGENDA DE LEITURA

 

SEGUNDA

A Palavra eterna (Is 40.8)

 

 

TERÇA

A Palavra viva e eficaz (Hb 4.12)

 

 

QUARTA

O Autor da Palavra (2Tm 3.15-17)

 

 

QUINTA

Meditar na Lei do Senhor (Sl 1.1-6)

 

 

SEXTA

Homens inspirados por Deus (2Pe 1.20,21)

 

 

SÁBADO

Amar a Palavra do Senhor (Sl 119.97)

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • COMPREENDER a autoria das Escrituras e a sua inspiração.
  • RECONHECER a mensagem da Bíblia e a sua atualidade.
  • CONHECER a inerrância e a confiabilidade das Escrituras.

 

INTERAÇÃO

 

Deus é misericordioso e bondoso, pois mesmo depois da Queda Ele continuou a revelar-se à humanidade. A Bíblia é a revelação direta do Altíssimo ao homem. Sem essa revelação estaríamos perdidos, sem saber o caminho de volta para a reconciliação com o Todo-Poderoso. Examinar a sua Palavra é conhecer sua revelação escrita.

A Bíblia não é uma invenção do homem. Segundo Stanley Horton, “a Bíblia é um livro divino-humano no qual cada palavra é, ao mesmo tempo, divina e humana”. Os escritores foram guiados, conduzidos pelo Consolador a fim de que pudessem escolher as palavras para que a real mensagem do Senhor fosse revelada de uma forma compreensível à humanidade. Podemos ver em cada livro das Escrituras o estilo de cada autor.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

 

Professor, Deus se revelou ao gênero humano de diferentes formas. Na lição de hoje estudaremos a revelação divina mediante sua Palavra. Para enfatizar essa verdade e introduzir a lição, reproduza o quadro abaixo. Ressalte a criatividade divina e o fato de que a Bíblia não somente contém a Palavra de Deus, mas é a inspirada e eterna Palavra de Deus para os homens de todas as gerações.

 

 

TEXTO BÍBLICO

 

Salmos 119.97-105.

 

97 — Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia!

98 — Tu, pelos teus mandamentos, me fazes mais sábio que meus inimigos, pois estão sempre comigo.

99 — Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque medito nos teus testemunhos.

100 — Sou mais prudente do que os velhos, porque guardo os teus preceitos.

101 — Desviei os meus pés de todo caminho mau, para observar a tua palavra.

102 — Não me apartei dos teus juízos, porque tu me ensinaste.

103 — Oh! Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais doces do que o mel à minha boca.

104 — Pelos teus mandamentos, alcancei entendimento; pelo que aborreço todo falso caminho.

105 — Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho.

 

COMENTÁRIO DA LIÇÃO

 

INTRODUÇÃO

 

Hoje trataremos da inspiração da Bíblia Sagrada. Esse é um assunto de extrema importância, pois se entendermos que a Bíblia é a inspirada Palavra de Deus, entenderemos também que não podemos abrir mão dela em nossas vidas, pois ela é a nossa regra infalível de fé e prática. O que Deus quis que soubéssemos foi registrado em sua Palavra, e com certeza podemos crer que o texto que temos em mãos é confiável para o nosso estudo e para a nossa prática cristã.

 

I. AUTORIA DAS ESCRITURAS E SUA INSPIRAÇÃO (2Tm 3.16,17; 1Pe 1.19-21)

 

1. O que se entende por inspiração das Escrituras? Por “inspiração” denominamos o ato de Deus “mover”, “impulsionar” os escritores da Bíblia a que registrassem os acontecimentos e tudo que Deus ordenava que dissessem. Foi uma ação sobrenatural de Deus, por meio de seu Santo Espírito, que conduziu os escritores a transmitir de forma escrita o que seria de fato importante para que soubéssemos sobre Deus, a criação, seu plano de salvação e o que nos aguarda no futuro.

2. Deus ditou as palavras da Bíblia? Há partes do texto sagrado que nos dão a entender que Deus realmente ditou o que foi escrito. Geralmente essas passagens são iniciadas com a expressão “assim diz o Senhor”. Na Bíblia existem aproximadamente 380 passagens que trazem essa expressão (Êx 14.1; Lv 4.1; Is 1.10; Ez 1.3). Entretanto, a maioria das passagens não traz esses termos, o que nos mostra que em alguns trechos das Escrituras Deus teria realmente ditado suas palavras aos autores, ao passo que em outros, não. Isso em nada diminui a inspiração das Escrituras, pois independentemente de terem sido ditadas pelo próprio Deus ou não, os escritores sagrados consideraram toda a Bíblia como inspirada por Deus (2Pe 1.16-21; 1Jo 4.6).

3. O valor da Bíblia para a vida cristã. A Palavra de Deus tem extremo valor para a vida cristã. Deus revelou nela tudo o que precisávamos saber para que tenhamos comunhão com Ele dentro dos moldes divinos, perdão dos nossos pecados e a certeza da vida eterna.

Como a Bíblia levou séculos para ser escrita, devemos nos lembrar que os homens e mulheres dos tempos antigos tiveram uma revelação parcial sobre os planos de Deus para a salvação da humanidade. Nós temos o privilégio de ler a Palavra de Deus na sua inteireza, vendo todo o projeto divino de salvação, desde a criação do homem até a formação do povo de Israel, a vinda de Jesus, o seu ministério e sacrifício, a origem da igreja primitiva até os escritos do Apocalipse.

 

 

Pense!

 

Deus inspirou homens santos a que escrevessem a sua verdade, deixando a mensagem divina registrada para a posteridade.

 

 

Ponto Importante

 

A exatidão das Escrituras Sagradas indica que ela é a revelação de Deus para o homem.

 

 

II. A MENSAGEM DA BÍBLIA

 

1. A mensagem da Bíblia. É na Palavra de Deus que encontramos as verdades da fé cristã, como a realidade do pecado e a salvação proposta por Deus para a humanidade. A Bíblia nos mostra também a origem do povo de Israel, sua história de erros e acertos ao longo dos séculos, e a vinda de Jesus, o Cristo, para resgatar a humanidade do pecado. Mostra a origem da Igreja, a atuação do Espírito Santo orientando os seguidores de Jesus e a mensagem deixada para a Igreja pelas mãos dos apóstolos, com as diversas orientações tanto para líderes quanto para os crentes em geral. Apresenta a realidade da vida após a morte, do céu e do inferno, e o que está reservado no futuro tanto para os que receberam a Jesus quanto àqueles que o rejeitaram. Finalmente, manifesta como as coisas serão quando o mal deixar de existir e a alegria do novo céu e da nova terra.

2. Os escritores da Bíblia. A Palavra de Deus teve diversos autores que, movidos pelo Eterno, escreveram aquilo que lhes era inspirado. Moisés era um legislador. Samuel era um profeta, juiz e sacerdote. Davi era músico, pastor de ovelhas, guerreiro e depois se tornou rei. Isaías era membro da realeza. Mateus era um fiscal da receita, Pedro, um pescador, Lucas era um médico. Alguns escritores eram pessoas bem simples, como Amós, o boiadeiro, e outras tiveram oportunidade de se destacar em seus estudos, como Paulo, mas Deus não fez acepção em momento algum, pois Ele buscou as que pudessem ser úteis nesse ministério. Essas pessoas tinham profissões diferentes, e escreveram em épocas diferentes, mas conservaram uma unidade no tocante à transmissão da mensagem divina.

3. Como devemos ler a Bíblia? Qualquer pessoa pode ler a Bíblia. Uma pessoa não crente também pode ler as Sagradas Escrituras, pois está dísponível em milhares de línguas e dialetos no mundo. Entretanto, é preciso notar que se a pessoa não estiver aberta a entender as verdades ali colocadas, sua leitura talvez não seja frutífera, pois tal pessoa não enxergará ali o plano da salvação e o caminho para a vida plena com Deus.

 

 

Pense!

 

Mais que ler e entender, Deus deseja que pratiquemos o que sua Palavra nos diz.

 

 

Ponto Importante

 

Não podemos ser apenas leitores e ouvintes da Palavra de Deus, temos que ser praticantes (Tg 1.22).

 

 

III. A INERRÂNCIA E A CONFIABILIDADE DAS ESCRITURAS (Hc 3.2)

 

1. O que é inerrância? Inerrância é a qualidade de quem não erra. Como foi Deus que inspirou a sua Palavra, ela não contém erros. Os homens que foram usados por Deus para escrevê-la tinham um sério compromisso não apenas com o registro correto do que viam e ouviam, mas também com a transmissão exata daquilo que Deus os estava inspirando a escrever. Isso traz segurança na confiança e preservação da mensagem.

2. A Bíblia é confiável? Muitas pessoas questionam se o texto que temos em mãos é confiável para estudarmos e aplicarmos à nossa vida. Para esse tipo de questão, precisamos entender que os manuscritos originais não continham erros. As traduções feitas para as diversas línguas passaram pelas mãos de eruditos comprometidos com os estudos das línguas originais, e que se dedicaram a traduzir de forma correta os textos que temos.

3. O processo de transmissão do texto bíblico. O Antigo Testamento foi escrito em hebraico e partes em aramaico, e o Novo Testamento foi escrito em grego. Houve muita dedicação dos copistas em preservar de forma íntegra as Escrituras no processo de transmissão da mensagem divina. Sabemos que há variantes de textos bíblicos, ou seja, cópias com algumas diferenças entre si, mas quando analisadas aprofundadamente, não comprometem a mensagem central nem apontam erros entre um texto e outro.

 

 

Pense!

 

Deus preservou de forma incontestável a sua mensagem ao longo dos séculos, o que nos traz a segurança de que podemos confiar na Palavra de Deus.

 

 

Ponto Importante

 

A Bíblia é a inerrante e eterna Palavra de Deus revelada ao homem.

 

 

CONCLUSÃO

 

Deus inspirou homens a que escrevessem sua Palavra para a humanidade, utilizando-se da linguagem humana para transmitir, de forma inteligível, a sua revelação específica. Hoje temos a Palavra de Deus disponível em nossa língua, e devemos dedicar-nos ao seu estudo, não apenas para conhecê-la, mas para que cumpramos os mandamentos do Senhor. Portanto a Bíblia é a inspirada, inerrante, infalível e completa Palavra de Deus.

 

ESTANTE DO PROFESSOR

 

COMFORT, Philip Wesley. A Origem da Bíblia.
RENOVATO, Elinaldo, Deus e a Bíblia.

 

HORA DA REVISÃO

 

1. O que é inspiração das Escrituras?

Por "inspiração" denominamos o ato de Deus "mover", "impulsionar" os escritores da Bíblia a que registrassem os acontecimentos e tudo o que Deus ordenava que dissessem.

 

2. Deus ditou todas as Palavras da Bíblia?

Há partes do texto sagrado que nos dão a entender que Deus realmente ditou o que foi escrito. Geralmente essas passagens são iniciadas com a expressão "assim diz o Senhor". Entretanto, a maioria das passagens não traz essa expressão, o que nos mostra que em algumas passagens das Escrituras Deus teria realmente ditado suas palavras aos autores, ao passo que em outras, não.

 

3. Quem Deus buscou para escrever sua Palavra?

Ele buscou legisladores, profetas, juizes, sacerdotes, músicos, pastores de ovelhas, guerreiros, administradores e conselheiros, pescadores, etc. Usou homens de diferentes culturas e posições sociais.

 

4. O que é inerrância?

Inerrância é a qualidade de quem não erra.

 

5. Você crê na infabilidade da Bíblia?

Resposta pessoal (é importante que você conheça o que seu aluno pensa a respeito para poder ajudá-lo e orientá-lo).

 

SUBSÍDIOS

 

“Uma mudança notável da terminologia que resultou dos debates na área da inspiração das Escrituras foi a preferência pelo termo ‘inerrância’ ao invés de ‘infabilidade’. Isso tem a ver com a insistência de alguns no sentido de que podemos ter uma mensagem infalível com um texto bíblico errante. ‘Infabilidade’ e ‘inerrância’ são termos empregados para se aludir à veracidade das Escrituras. A Bíblia não falha; não erra; é a verdade em tudo quanto afirma (Mt 5.17,18). Embora tais termos nem sempre hajam sido empregados, os teólogos católicos, os reformadores protestantes, os evangélicos da atualidade (e, portanto, os pentecostais ‘clássicos’) têm afirmado ser a Bíblia inteiramente a verdade; nenhuma falsidade ou mentira lhe pode ser atribuída. A doutrina da inerrância é derivada mais da própria natureza da Bíblia do que de um mero exame dos seus fenômenos. ‘Se alguém crê que a Escritura é a Palavra de Deus, não pode deixar de crer que seja ela inerrante’. A Escritura não falha porque Deus não pode mentir. Consequentemente, a inerrância é a qualidade que se espera da Escritura inspirada. O crítico que insiste em haver erros na Bíblia (em algumas passagens difíceis) parece ter outorgado para si mesmo a infabilidade que negou às Escrituras. Um padrão passível de erros não oferece nenhuma medida segura da verdade e do erro. O resultado de negar a inerrância é a perda de uma Bíblia fidedigna. Se for admitida a existência de algum erro nas Sagradas Escrituras, estaremos alijando a verdade divina, fazendo a certeza desaparecer” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1ª Edição. RJ; CPAD, 1996, pp.107-9).

 

Caro professor, “de acordo com Luckesi, ensinar não significa ir para uma sala e ‘despejar’ sobre os alunos uma quantidade de conteúdos. Muitos infelizmente agem dessa forma, contribuindo para que haja, segundo Paulo Freire, uma ‘educação bancária’, em que o aluno não é sujeito da sua própria aprendizagem, mas apenas um receptáculo. Ele não pensa, apenas recebe o que lhe é ensinado. O resultado é um grupo de pessoas sem capacidade de reflexão. Fica então a pergunta: O que é ensinar? Segundo Paulo Freire, ‘ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou construção’. Dentre as várias concepções de ensino, vejamos uma que é bem basilar: Ensinar é ‘estimular’, ‘guiar’, ‘orientar’ o processo de ensino-aprendizagem. Segundo Regina Célia C. Haydt, ‘ensinar é a atividade pela qual o professor, através de métodos adequados, orienta a aprendizagem do aluno’. O ensino precisa ser centrado no aluno, e não no professor ou no conteúdo. Todas as nossas ações didáticas devem ser elaboradas pensando no aluno, visando a sua aprendizagem” (BUENO, Telma. Educação Cristã: Reflexões e Práticas. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.20).